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Música do Brasil

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Pantaleão lança seu EP de estreia “Labirinto”

Tão incomum quanto o seu nome, a banda Pantaleão significa tudo que seu nome atrai: força, beleza, robustez. O som dos quatro músicos vai do calmo ao agitado sem assustar: blues, rock, música folclórica e experimentalismo são os ingredientes dessa mistura agridoce que ganha novos contornos com o lançamento do EP de estreia da banda, “Labirinto”.

O nome exótico veio do personagem principal do livro “Pantaleão e as Visitadouras”, escrito pelo peruano Mario Vargas Llosa. Na estória, o jovem capitão é enviado para a Floresta Amazônica, a fim de resolver um problema de abstinência sexual da tropa do exército. A narrativa moderna, que une cartas e relatos a elementos sexuais e visuais da América Latina, é uma ode à cultura, que vai ao encontro dos conceitos suscitados pela banda e apresentados nos singles “Carnaval” e na épica “Clifford Brown”.

Muito jovens e juntos há pouco tempo, André Buarque (voz e violão), Paulo Valente (saxofone, flauta e teclados), Pedro Salek (bateria e percussão) e Arthur Trucco (baixo e vocais de apoio) são maduros em suas canções, o que fica evidente no trabalho. Gravadas no estúdio Camelo Azul em dois meses, as músicas trazem um clima descontraído e fluido.

“O que nos motivou realmente a gravar as canções foi a nossa surpresa com sua qualidade. Elas têm uma força particular e falam por si só, precisávamos dar a elas o espaço que mereciam. Agora chegou a hora de entregar nossos bebês ao mundo”, revela André Buarque.

Influenciado pelas canções de Bob Dylan e Gilberto Gil, que trazem o espírito trovador em suas composições, André Buarque também busca a contação de histórias em suas letras. “Gosto de elaborar as letras até o momento em que há uma unidade, uma progressão nas palavras. Não precisa ser necessariamente um enredo, mas é importante sentir que se está passando uma mensagem”, conta André.

Mas qual a mensagem que ele deseja passar com suas letras? André Buarque diz que “a arte não se finaliza, se abandona”. Por mais difícil que seja finalizar um projeto, renunciando ao perfeccionismo natural de um músico, o jovem compositor não se priva de buscar novos passos. “A evolução está em completar  uma canção e tentar fazer a próxima soar melhor ainda. Um dia de cada vez”, finaliza.

 

Ouça “Labirinto”:

Spotify: http://bit.ly/LabirintoSpotify

Deezer: http://bit.ly/LabirintoDeezer

Google Play: http://bit.ly/LabirintoGooglePlay

iTunes: http://apple.co/2pOn9rC

Valciãn Calixto recria “Imperfeito”, de Pato Fu, em coletânea

Desconstruir músicas marcantes do Pato Fu é o objetivo da coletânea “O Mundo Ainda Não Está Pronto”, que presta tributo ao grupo mineiro em dois discos com a participação de nomes destaques do cenário nacional. Direto do Piauí e representando a cena TrisTherezina, o cantor Valciãn Calixto apresenta a sua interpretação de “Imperfeito” no primeiro volume da coletânea, que reúne um total de 30 faixas e artistas variados para homenagear uma das bandas mais marcantes do rock nacional.

“Imperfeito” é um bom exemplo da sonoridade fluida do Pato Fu, que nesta música explora seu lado mais pop em uma letra divertida sobre o fim de um relacionamento. Dando seu próprio toque à canção, Valciãn Calixto traz uma mescla de sua personalidade musical única, ritmos regionais e o clima descontraído da canção, que faz parte do álbum “Isopor” (1999).

“Assim que fui convidado para o projeto, havia escolhido outra música, não lembro qual agora. Mas em seguida mudei de ideia assim que lembrei de ‘Imperfeito’, sempre curti essa faixa. Então eu quis fazer algo totalmente diferente do meu primeiro disco e até do meu single mais recente, mas que ainda assim fizesse parte da minha vivência musical. Mirei no brega e acertei o forró! ‘Imperfeito’ nasceu pra ser um forró romântico”, relembra o cantor, que como uma geração inteira de brasileiros, conheceu o som do Pato Fu ainda na adolescência.

A gravação aconteceu em casa e em família, no Calistúdio. Enquanto Valciãn executa guitarras, baixo, escaleta e canta, Marciano Calixto toca percussão (congas, repinique, triângulo, jam black, carrilhão), flauta e faz backing vocals. Já Marlúcio Calixto assume os teclados. O trio assina a produção e os arranjos da faixa.

“O Mundo Ainda Não Está Pronto” é um lançamento dos sites Hits Perdidos e Crush em Hi-Fi, já disponível no site https://www.omundoaindanaoestapronto.com.br/ para audição gratuita. Também participam do tributo Antiprisma (SP), Berg Menezes (PE), Capotes Pretos na Terra Marfim (CE), Der Baum (SP), Djamblê (SP), Eden (BA), Dum Brothers (SP), Estranhos Românticos (RJ), FELAPPI e Marcelo Callado (RJ), Floreosso (SP), Gabriel Coelho e Renan Devoll (SP), Gilber T e os Latinos Dançantes (RJ), Horror Deluxe (MG), João Perreka e os Alambiques (SP), Lucas Adon (SP), Lerina (SP), Mel Azul (SP), Molodoys (SP), Paula Cavalciuk (SP), Pedroluts (SP), Serapicos (SP), Silvia Sant’anna (SP), Subcelebs (CE), The Cabin Fever Club (SP), The Outs (RJ), Theuzitz (SP), TucA e Thaís Sanchez (PB), Venus Café (RJ) e Yannick com Camila Brumatti (SP).

O lançamento vem na esteira do novo single de Valciãn Calixto, “Má Vontade Boa Intenção”, que antecipa seu próximo álbum de estúdio e sucessor do elogiado “FODA!”.

 

Ouça “Imperfeito” por Valciãn Calixto:

 

Ouça “Triz”, a nova música de Almir Chiaratti

Após o disco “Bastidores do Sorriso” e o single “Terceiro Turno”, Almir Chiaratti começa a dar o gostinho do seu próximo lançamento. Com letra e música do cantor (produção é do Eugenio), “Triz” exibe arranjos encorpados e cheios de personalidade, junto de nuances marcantes do violoncelo. Uma verdadeira virada na carreira do artista.
 
Tomado pela beleza de uma fotografia tirada no posto 11 da praia do Leblon, Chiaratti inspirou-se em composições contemporâneas para criar mais caminhos em sua trajetória musical. A ideia de um texto corrido sobre a imagem transformou-se em “Triz”. “Foi um exercício completamente novo na forma como eu componho e eu adorei ter chegado num resultado que me agrada”, diz ele.
 
Abrindo mão da autoprodução, Almir une forças com Eugênio Dale, que transportou todo o conhecimento como cantor e compositor no processo. As horas de discussão foram regadas de conversas, frases e pausas para ouvir canções de Madonna, Radiohead, Grupo Rumo e Arrigo Barnabé. Junto com o time, o musicista Federico Puppi presenteia a faixa com as cordas tangidas do violoncelo.
 
“É muito bom trabalhar com músicos que além de exímios instrumentistas são absolutamente apaixonados e vibram com o seu trabalho, sabe? Eu acredito que todos esses detalhes e essa energia se refletem no resultado final: as cordas do Puppi, a bateria do Barbanjo, os teclados do Anderson, os baixos do Leonardo e do Pedro, o cuidado da Suely com a minha voz e a dedicação do Sergio e do Eugenio fizeram minha canção chegar num nível que eu jamais imaginaria”, ressalta Almir.
 
“Triz” reflete parte da sonoridade do próximo álbum de Chiaratti e consolida artisticamente o cantor em uma liberdade criativa nunca antes vista. É a nova versão de Almir como músico, uma singularidade do compositor carioca dentro da cena brasileira. “Essa canção define grande parte da sonoridade do novo CD. Trabalhamos muito nela, mas como há um álbum inteiro pela frente, tudo pode ganhar muitas nuances novas. A gente quer esse som, com essa pressão, muito grave e o resto ainda vou descobrir”, promete ele.
 
Ouça “Triz”:

 

O melhor do Blues com Leonardo Uoya

Natural de São Paulo, Leonardo se consolida no cenário musical de Blues, R&B e Soul Music nacional com a proposta de apresentar os gêneros musicais norte-americanos combinando o grave do contrabaixo e o sentimento da voz. É bem presente em sua vida musical a cultura norte Americana dos anos 50/60/70.

Com cinco anos de carreira o músico em 2016 fez apresentações pelo sul e sudeste do país. No momento segue divulgando conteúdos audiovisuais com releituras e músicas autorais enquanto finaliza seu CD , "Mojoman" que será apresentado em diversos estados do país.

Ainda sobre o cd o cantor afirma que todas as letras se referem a um caso romântico da vida dele ou alguma situação que passeou.

Confira nessa playlist a trilogia dos vídeos da session “Classics of the Blues”: https://goo.gl/00cpSO

Um pouco mais sobre Leonardo Uoya.

Léo que já tocou em outras bandas, hoje apesar de levar a carreira solo produz alguns tipos de shows com músicos parceiros em formatos como Power Trio, Quarteto e Big Band. Tem influências de Albert King, Freddie King, BB King, Eric Clapton, Robert Johnson, Ray Charles.

Para ele o que chama mais atenção no Blues é como o sentimento é demonstrado através da músisca, “São três acordes fáceis de serem tocados, porém muito difíceis de serem transmitidos”, comenta o Cantor.

Conheça mais sobre o cantor:  https://www.facebook.com/leouoya

Contato para shows: leoleonardouoya@gmail.com

 

Banda niteroiense Clangendum comenta o cotidiano urbano no single “Lucina”

Um rock com uma mistura alucinante de estilos, indo da música regional a ritmos africanos, com tons de MPB e psicodelia: essa é a marca registrada da Clangendum. Prestes a lançar seu álbum de estreia, a banda niteroiense divulga “Lucina”, primeira amostra do novo trabalho e uma crítica ao comportamento urbano brasileiro.
 
A rotina da vida é base da poesia da Clangendum, que não esconde em seus versos um forte cunho social e preocupação com o papel da arte na vida em uma metrópole. No vídeo do novo single, a banda narra o cotidiano, usando o movimento da própria cidade como metáfora e mostra imagens dos grafittis sendo apagados pela atual gestão da prefeitura de São Paulo como representação visual da canção.
 
“As imagens de artes de rua sendo apagadas são exatamente o que amarram a ideia da composição. Nos versos ‘Será que tá bom? Escondendo paredes rabiscadas com tinta vermelho batom’ descrevemos tudo que sempre esteve e permanece ao contrário no nosso país, e continua sendo mascarado todos os dias, em qualquer lugar, a todo momento e em todos os âmbitos da nossa sociedade”, conta o vocalista e guitarrista Breno Gouvêa.
 
O nome da banda vem do latim e significa som. O puro e simples som é a busca de Breno junto de Rama (guitarra), Caio Daher (percussão, gaita e voz), Erlim Bittencourt (baixo) e Pedro Donzeles (bateria) desde o primeiro registro da banda, em 2014, com o single “Colapso”. Desde o ano passado, quando a Clangendum lançou no seu canal do YouTube um show ao vivo gravado na Toca do Bandido, a maturidade e a evolução da banda eram sensíveis e, com ela, veio a necessidade de dar um passo maior.. A partir desse trabalho, iniciou-se uma parceria com o produtor Julio Alecrim, responsável pela mixagem e masterização do trabalho e da co-produção do álbum de estreia intitulado “PsicoDisco”.
 
“O PsicoDisco tem início pela necessidade da banda de lançar seu primeiro trabalho de estúdio, onde pudesse mostrar sua personalidade. As influências de qualquer banda são abrangentes demais, exatamente por se tratar de uma reunião de pessoas com influências diversas. O caminho foi pinçar essas diversas características pessoais e transformar em uma coisa homogênea com o passar do tempo, para que a Clangendum tivesse uma sonoridade e estilo próprios, o que não significa restringir-se a um determinado nicho”, explica Breno.
 
Previsto para ser lançado nesse mês, o álbum traz um conceito forte e único, com canções que possuem vida própria ao serem ouvidas individualmente, mas que foram concebidas e estruturadas para formar um universo único.
 
“Queríamos fazer um contraponto ao modo de se consumir música atualmente, uma ‘era do shuffle’, pode-se assim dizer, trazendo de volta uma perspectiva de tempos passados onde ouvia-se um disco inteiro e em ordem cronológica, com extrema coesão, quase como uma história contada. E assim foi feito”, antecipa Breno.
 
Ouça “Lucina” e assista o clipe:
 
 
 

 

Radicado em NY, compositor carioca transforma em música poemas de autor americano

Vinicius Castro 23_crédito Tiago Chediak.jpg

 

A poesia e a música estão de mãos dadas. Notando isso, o compositor Vinicius Castro resolveu musicar, arranjar e produzir nove poemas do americano Patrick Phillips. O álbum chamado “Broken Machine Project” traz canções de rock, folk e jazz com um toque da musicalidade brasileira, e conta com a participação de nove cantores da cena independente de Nova York. O trabalho encontra-se disponível nas principais plataformas de música digital.

Antes de se tornar música, os poemas habitavam as páginas dos livros “Boy” (2008) e do finalista do National Book Award “Elegy for a Broken Machine” (2015). Mas tornaram-se concretos para Vinicius Castro quando, por acaso em um metrô de NY, ele descobriu o poema “Heaven”, em uma série chamada “Poetry in Motion” (Poesia em Movimento, em tradução livre), que espalha inúmeras poesias pelos vagões dos metrôs novaiorquinos.

“Eu li essa poema e achei muito bonito. Ele falava do céu no sentido de paraíso não como um lugar, mas como um tempo”, explica Vinicius. “Eu tirei uma foto e postei no Facebook, falando que era a definição mais bonita que tinha lido. E minha sogra comentou que achou muito legal e que daria uma boa música. E eu pensei: é, vou musicar esse poema”, revela.

Forte na tradição da poesia latino-americana, o ato de musicar um poema não é comum na cultura americana. Enquanto vemos Manuel Bandeira recriado por Secos e Molhados, Torquato Neto na voz de Gil ou Caetano e João Cabral de Melo Neto recriados por Chico Buarque, o projeto de Vinicius foi visto como inovador por seus parceiros. O “Broken Machine Project” é a união da essência estética dos versos de Patrick Phillips, íntimos e focados na esfera familiar, com a pesquisa sobre a musicalidade americana, realizada por Castro.

“Poesia é uma forma de arte solitária. Só acontece quando estou sozinho. Então ter essa sensação de colaboração, que o que faço foi o combustível para a criação de outros artistas é incrível. Me faz sentir muito menos solitário na arte”, conta Patrick Phillips. “Isso é algo que sempre invejei em músicos: vê-los juntos e imaginar como seria legal fazer o que faço na companhia de amigos”.

Muito mais do que apenas musicar poemas, um dos objetivos do projeto é refletir a música americana. Talvez por isso as canções tenham sido gravadas gravadas inteiramente nos apartamentos dos músicos novaiorquinos. Vinicius Castro levou seu estúdio móvel para porões, quartos e áticos no Brooklyn, Bronx e Queens, usando o metrô de NY, claro. Por mais poético que soe esse modo DIY de gravar um álbum, Vinicius Castro conta sobre as dificuldades que encontrou pelos trilhos:

“Já tentou subir e descer as escadas do metrô carregando quilos de equipamento? (risos) A outra dificuldade foi gravar em ambientes que não são tratados acusticamente numa cidade tão barulhenta quanto NY. Mas fiquei muito feliz que o resultado tenha sido tão bacana e que ter tido o processo de gravação na casa dos instrumentistas tenha trazido esse clima intimista para o disco”, conta.

Artista multifacetado, Vinicius não é estreante neste tipo de iniciativa. Após seu primeiro disco, “Jogo de Palavras” (2010), ele trabalhou no projeto de home studio e vários intérpretes Som na Sala durante todo o ano de 2012. Na ocasião, musicou o “Soneto XXV”, de Pablo Neruda, que chegou a ser regravado no disco “Flor”, de Daíra Saboia. Ele também transformou em canção o poema “A criança que ri na rua”, de Fernando Pessoa, presente no EP “Prematura”, de Taiana Machado. Com o grupo CRIA, seu projeto de música infantil, lançou “A Família” (2013), e foi indicado para o Prêmio da Música Brasileira.

Já o homenageado, o poeta americano Patrick Phillips, é conhecido por sua habilidade em contar histórias sobre a complexa dinâmica dos relacionamentos familiares. Durante sua carreira, a sua obra recebeu prêmios como a Fullbright Fellowship da Universidade de Copenhagen (2010), Kate Tufts Discovery Awards (2005) pelo seu primeiro livro “Chattahoochee” (2004), National Endowment for the Arts Fellowship (2009), e a Guggenheim Fellowship pelo seu último livro “Elegy for A Broken Machine”. E entre os poemas que foram selecionados para o projeto, “The Guitar” recebeu o Lyric Poetry Award da Poetry Society of America; enquanto o “Spell Against Gods” recebeu o 2011 Pushcart Prize.

As canções, como os poemas, trazem reflexões sobre a vida e suas diferentes facetas. Abrindo o disco, a “Spell Agains Gods” é uma espécie de oração ateia, em que deuses oram para os humanos. Dessa forma, o rock vintage aparece acompanhado do órgão hammond de Eric Finland, a guitarra de Justin Mayfield e a voz de Lucia Stavros. Já em “The Singing”, a atmosfera suaviza ao falar sobre uma mãe que nina o seu filho. A interpretação é de Ian Wexelbaum, que também é o baixista da faixa.

O jazz surge na música “Old Song”, em que o trompete de Alex Nguyen se une ao contrabaixo do brasileiro Eduardo Belo e flerta com a voz de Julie Hill. Enquanto o poema do velho violão arranhado, que questiona a noção da eternidade, “The Guitar”, é interpretado por Benji Kaplan, em um folk arranjado com um violão e quarteto de cordas. O rock reaparece na canção “Elegy after midnight”, que conta com uma bateria pesada, baixo e guitarras distocidas, a tabla de Jonathan Singer, e a voz de  Katie Louchheim.

Um piano quebrado encontrado na rua ganhou poema de Patrick Phillips e agora se transforma na música “Piano”, acompanhado do virtuosismo de Devon Yesberger no instrumento-título, e a voz de Krithi Rao. O folk se une ao pop na faixa “Everything”, com acordeon do brasileiro Vitor Gonçalves, e cantada por Kyla Quinn, que dá novas cores ao cantar sobre a guerra civil americana. O pop permanece na próxima canção, “Falling”, que descreve paixões que surgem e desaparecem no metrô de NY, com voz de Aaron David Gleason.

E o disco termina como tudo começou, com o poema “Heaven”, o mesmo que Vinicius Castro encontrou no metrô de Nova York, em 2015. O folk inspirado em Bob Dylan e no bluegrass clássico traz a delicadeza da voz de Maya Solovéy em versos pesados como “It will be the past. And it will last forever” (será passado/e durará para sempre”).

“Não tem como você fugir das suas raízes. E eu comecei a perceber isso ao ensinar as músicas para os americanos. Alguns ritmos e melodias que, para mim, pareciam quadradas e pra eles não eram. Eles tinham alguma dificuldade de entender algumas adiantadas rítmicas, algumas atrasadas que são tipicamente brasileiras e a gente nem nota o quão estão enraizadas na gente”, reflete Vinicius Castro.

O projeto colaborativo “Broken Machine Project” já está disponível para audição gratuita na web e nas principais plataformas de música digital.

 

Mais informações: http://www.viniciuscastro.com.br/broken/broken.html

 

Ouça “Broken Machine Project”:

 

Spotify: http://migre.me/wk3KR

Deezer: http://migre.me/wk3Nb

iTunes: http://migre.me/wk3XG

Google Play: http://migre.me/wk3Ox

YouTube: https://youtu.be/FNrLRZ1dvTs

Soundcloud: http://migre.me/wk3M7

NX Zero divulga dois novos singles “Sintonia” e “Nessa Cidade”


Nessa sexta-feira (26) o NX Zero divulgou em sua página do Facebook e canal do Youtube dois novos singles: “Sintonia” e “Nessa cidade”.

Segundo o baterista Daniel Weksler “São letras que mostram nosso momento, com arranjos que resumem o que hoje escutamos e curtimos, que te façam dançar”, contou em nota sobre o novo trabalho.

 

A banda recentemente anunciou que gravará um novo DVD ao vivo dia 14 de junho em São Paulo, na Audio Club e os ingressos já estão sendo vendidos, como você viu aqui.

“Sintonia” e “Nessa cidade” já estão disponíveis nas plataformas digitais Spotify, Deezer, Google Play, iTunes, Groove, Tidal, Napster e Youtube.

 

 

Fonte: Nação da Música

Gragoatá lança disco de estreia com influências indie e tropicalistas

Uma tarde de outono, nem tão quente e nem tão fria. Uma água de coco e a brisa do mar para acompanhar. A cena descrita é a imagem suscitada no disco de estreia da banda Gragoatá, formada em Niterói (RJ), no corredores do campus que leva o mesmo nome da Universidade Federal Fluminense (UFF). O álbum conta com 10 faixas e é fruto de uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo. A produção ficou por conta de Renan Carriço (Facção Caipira, Overdrive Saravá) e o trabalho é um lançamento da gravadora Coqueiro Verde.

Formado por Rebeca Sauwen, Fanner Horta e Renato Côrtes, o Gragoatá é uma das promessas da cena musical brasileira em 2017. O trio fluminense traz no currículo apresentações diversas, como no projeto internacional “Sofar Sounds”, e concertos no Teatro Municipal de Niterói e Teatro da UFF. Na mídia, eles ficaram conhecidos em 2015, após a participação de Rebeca no programa The Voice, da Rede Globo, e no hit “Linda, Louca e Mimada”, da banda Oriente.

Essas experiências foram mais do que um incentivo para lançar uma série de vídeos. A canção mais conhecida, “Passarinho”, caiu na boca do público e fez a banda ganhar muitos fãs. Ainda em 2015, eles começaram a pré-produção do primeiro álbum, desenvolvendo as composições e arranjos em uma fazenda na região de Raposo, em Itaperuna (RJ).

Definido por Renato Côrtes como um disco de contrastes, o registro contou com composições de Côrtes e Fanner, além de parcerias com outros compositores e com a banda Barcamundi. “O disco é essencialmente água. Salgada e doce. Nesse contraste de serem tão parecidas e tão diferentes”, ressalta Renato.

Do baião à MPB, do tropicalismo ao indie. As influências variadas da banda se refletem na sonoridade da Gragoatá, que soa tão brasileira quanto universal. Violão de nylon e de aço. Acordeon, synths, gaita, bandolim e escaleta, além do clássico trio bateria, guitarra e baixo. Todos os instrumentos aparecem em harmonia, ajudando a comunicar as sensações de músicos que trazem a poesia na veia.

O disco foi mixado por Renan Carriço (Facção Caipira, Overdrive Saravá) e Igor  Bilheri, no Estúdio Toca da Cotia (Niterói/RJ), enquanto a masterização ficou por conta de Felipe Rodarte (Toca do Bandido). A produção musical é de Renan Carriço e do trio Gragoatá, e a produção executiva é de Lilian Kerbel e da Gragoatá. A arte da capa é de Rodrigo Toscano.

 

Ouça “Gragoatá”:

Spotify: https://open.spotify.com/album/69ZRcwTyqQ9SJfRA3Rjegv

Deezer: http://www.deezer.com/album/40597361

Tidal: https://listen.tidal.com/album/73235807

iTunes: https://itunes.apple.com/br/album/gragoatá/id1229774497

Youtube (vídeo full album): https://youtu.be/3GJouRQsB0E

Youtube (playlist faixa-a-faixa): https://www.youtube.com/watch?v=Tc3Ry1OGuvc&list=PLrzr8ul1N3DrZh0tnqOXnZDTuujUo2-17

 

Projeto Língua Franca lança novo álbum e divulga clipe de “Ideal”

 

Nessa sexta-feira (26) Rael publicou em seu canal do Youtube o clipe da nova música “Ideal” do projeto “Língua Franca”, junto com Emicida, Capicua e Valete.

O vídeo mostra várias pessoas, inclusive algumas na terceira idade, dançando em um enorme salão. Ele foi dirigido por Gabi Jacob, que já trabalhou com o rei da rima no clipe “Mandume”.

 

A faixa está presente no novo álbum do grupo, que também foi lançado nessa sexta (26), possui 10 faixas e leva o nome do projeto.

Além de “Ideal”, recentemente, outras duas faixas de “Língua Franca” já haviam sido divulgadas, “Ela” e “A Chapa é Quente” foram liberadas em março e abril, respectivamente.

O CD já está disponível nas plataformas digitais Spotify – no player a baixo -, Google PlayNapster e iTunes. Ouça:

 

Confira o clipe:

 

 

Fonte: Nação da Música

“Navegador”: Mallu Magalhães libera nova música

 

Mallu Magalhães lançou mais uma faixa inédita nesta sexta-feira (26). “Navegador” foi a canção escolhida.

Ao contrário de “Você Não Presta”, essa é mais calma e a letra fala sobre otimismo perante as dificuldades encontradas ao longo do caminho. A cantora foi alvo de críticas recentemente devido ao videoclipe do primeiro single e fez uma postagem em seu Facebook sobre isso.

 

“Navegador” está disponível nos streamings: Deezer, Apple Music, Napster e Google Play e Spotify. A cantora também liberou um “pseudo-vídeo” em sua conta oficial no youtube. Ouça:

 

 

 

Fonte: Nação da Música

 

Capital Inicial divulga nova versão de “Belos e Molhados” com Seu Jorge

 

Nessa quarta-feira (24) o Capital Inicial publicou em seu canal do Youtube uma nova versão da canção “Belos e Molhados”, que conta com a participação de Seu Jorge.

A divulgação foi feita através do Facebook da banda, que liberou um pequeno trecho da canção, chamando os fãs para verem a versão completa na outra plataforma e comentar o que acharam.

 

A faixa faz parte do “Acústico NYC”, o segundo trabalho do grupo nesse formato, que foi gravado em 2015, a música original que pertence ao álbum “Todos os lados”, lançado em 1989.

 

 

Fonte: Nação da Música

A Banda Mais Bonita da Cidade está à beira do mar em clipe de “Tempo”

 

A Banda Mais Bonita da Cidade lançou na ultima sexta-feira (19), o seu novo clipe “Tempo”. Esse é o primeiro single do álbum “De Cima do Mundo Eu Vi o Tempo”.

O vídeo mostra as perspectivas de tempo protagonizada pela vocalista Uyara Torrent, que aparece em diferentes cenários como praia, apartamento e floresta. A direção é de Biel Gomes e produção da Bloco Filmes.

 

Como você viu aqui, o grupo irá lançar o novo disco, que sai dia 17 de junho nas plataformas digitais.

 

 

Fonte: Nação da Música

Mais uma vocalista abandona o XCalypso por causa de Ximbinha

 

 

Não está nada fácil para Ximbinha. Depois do divórcio com Joelma e de ver o Calypso chegando ao fim, o guitarrista resolveu “começar de novo” com o XCalypso. Com nova formação, a banda daria continuidade à mistura de ritmos feita pelo Calypso.

Mas a fórmula não vem dando muito certo. Com menos de 3 meses de banda, a primeira vocalista do grupo, Thábata Mendes, pediu pra sair. Apesar de não falar muito sobre o assunto, o motivo teria sido o mau humor e as ofensas de Ximbinha (relembre aqui).

No fim da semana passada, o XCalypso sofreu outra baixa: a vocalista que substituiu Thábata também pediu para sair.

Leya Emanuelly alegou que foi agredida verbalmente por Ximbinha, em um caso semelhante ao de Thábata.

 

 

A cantora explicou através de seu Instagram: “Saí porque não conseguia me manter no Pará, e já não conseguia ter um relacionamento profissional e pessoal saudável com meu ex-patrão. Peço desculpas a todos os fãs e admiradores, não falei quase nada antes sobre minha saída da banda Xcalypso, pois havia um contrato que me impossibilitava de fazer qualquer pronunciamento a respeito e só recebi uma cópia depois que vim embora. (Meu advogado está cuidando disso). Gostaria de esclarecer alguns pontos”, começou a explicar.

Sem citar nomes, Leya desabafou: “Me sentia mal, pois ‘vesti a camisa’ de uma pessoa que posteriormente sem o mínimo de respeito se julgou no direito de me insultar, gritar, e fazer julgamentos com palavras baixas, denegrindo a minha imagem e meu caráter.”

A cantora continua: ”A gratidão acabou ali. Nunca recebi um pedido de “Desculpas” em nenhuma das vezes que esse tipo de cena aconteceu. A algum tempo já vinha me sentindo “impotente” devido a essas e outras situações, que infelizmente já transpareciam no meu trabalho. Estou me tratando, pois tive crises de ansiedade constantes e não sabia o que estava acontecendo comigo… Tive problemas com insônia, tonturas, audição, vocal, ansiedade, depressão… Por isso vim para casa, para perto das pessoas que se preocupam comigo.”

 

 

Leya se mudou do Pará para voltar à sua cidade natal, no interior do Pernambuco. Leya era backing vocal do xCalypso e assumiu o posto de vocalista com a saída de Thábata Mendes, em 2016.

 

Fonte: Cifra Club News

Joelma lacra em entrevista sobre DVD novo: ‘escolhi seguir em frente’

 

Joelma está lançando o primeiro DVD ao vivo de sua carreira solo. Avante – Ao Vivo em São Paulo marca a nova fase da cantora, que enfrentou um 2016 de rupturas – tanto da banda que consagrou o seu sucesso, o Calypso, quanto de seu ex-marido, Ximbinha (agora com “x”).

E mesmo que a cantora venha colhendo frutos na caminhada solo, o assunto principal em torno dela ainda é a separação.

A mídia quer saber, o tempo todo, se Joelma conseguiu mesmo sacudir a poeira e dar a volta por cima após as traições e polêmicas que o ex-casal protagonizou, sendo um prato cheio para os sites de fofoca.

Mas os haters já podem mudar a pauta: Joelma está indo muito bem, obrigada.

“Conheci histórias de mulheres com 10 anos [de separação] e que ainda não superaram. Eu não aceito isso. Em três meses, eu estava de pé”, disse Joelma ao G1.

“Claro que o ser humano cai. Mas ficar no chão, eu não fico não. Eu escolhi perdoar e seguir em frente”, encerrou o assunto. Joelma não permitiu mais que o foco das perguntas fosse o ex-marido ou as polêmicas com sua atual banda – onde não para nenhuma vocalista. Joelma não quer saber.

Mas ela  fala com a alegria quando o assunto é o seu projeto novo – que é “100% Joelma”, como ela mesma garante. “Desde gravação até os arranjos, participei de todo o processo dessa vez”.

Com participações de Ivete Sangalo e Solange Almeida (Ex-Aviões), o DVD pode ser interpretado como uma homenagem à força feminina.

 

 

Joelma falou sobre essas participações mais que especiais: . “Tenho admiração grandiosa pelas duas, são mulheres fortes, poderosas. Têm uma energia boa”, garantiu.

 

 

O repertório transmite toda a segurança da cantora em sua nova fase.

Faixas como “Mulher Não Chora” e “A Página Virou” demonstram a força da cantora, que caminha em trajetória solo, mas acompanhada por milhares de fãs fiéis e também de sua organizada equipe de bailarinos – a maioria fez questão de seguir Joelma com o fim do Calypso.

 

Fonte: Cifra Club News

“Má Vontade Boa Intenção”: Valciãn Calixto antecipa novo disco com single inflamado e cheio de ritmos

Valciãn Claixto - Preto e Branco por Eryka Alcântara.JPG

 

Uma música sem receio de falar a que veio e um artista irrefreável em sua trajetória ascendente na cena independente nacional. A história já é conhecida: músico se muda para o Rio de Janeiro ou para São Paulo em busca de reconhecimento da mídia do que é considerado o centro cultural do país. O assunto é uma das críticas presentes no inflamado single “Má Vontade Boa Intenção”, de Valciãn Calixto. A música anuncia o segundo disco do cantor e compositor, e já está disponível no Bandcamp e YouTube.

Verdadeira crítica geracional, o single precede a mistura rítmica que já é marca registrada de Valciãn desde o disco de estreia, FODA! (2016), considerado um dos melhores do ano em diversas listas. As composições do músico surgem de experimentações unindo diversas influências, mas sem definir rótulos. Com uma percepção maior das diversas sonoridades, Valciãn acredita em uma unificação de gêneros musicais, no fim do separatismo e do elitismo nas artes.

Ferina e agressiva, música traz em sua melodia uma prévia do que será o próximo trabalho do músico: um passeio por vários ritmos, entre eles a swingueira, o rock, o reggae e o afrobeat. Já a letra é um desabafo sobre a cultura brasileira e seus comportamentos.

“A letra ataca diretamente a cultura e o pensamento provinciano que impede o brasileiro de realizar qualquer ação positiva, seja para si, seja para outrem. Isso contribui para a manutenção da atual conjuntura no país, assim como a morosidade que percebo em parte dos artistas do Piauí, como se pode ouvir na terceira estrofe da música”, explica Valciãn.

A famigerada terceira estrofe traz a ideia de que é preciso sair da zona de conforto para crescer. Na visão do cantor, alguns dos artistas piauienses que conseguiram reconhecimento tiveram que migrar do estado - Torquato Neto, Frank Aguiar, Marcelo Evelin, Renato Piau e outros. O músico alega que a razão para essa partida obrigatória é devido à falta de investimento e à renovação de público. Por isso, ele foi um dos criadores do coletivo e selo Geração TrisTherezina, que incentiva a união dos músicos e criadores da região, movimentando a cena local para uma exposição em nível nacional.

“Tapar os olhos para isso é burrice. Não tem investimento, não há cadeia produtiva, casas de shows abrem e fecham sem que percebamos. Mesmo a nível de Nordeste, se qualquer artista quiser se estabelecer, tem de sair para tocar no eixo sudeste do Brasil, Baiana System e Cidadão Instigado são bons exemplos. A Geração TrisTherezina ainda tem muito o que conquistar, muito mesmo, tanto profissionalmente quanto a nível de projeção, mas já notamos nossos nomes sendo mencionados fora do Piauí, o que demonstra uma vitória pequena quanto à terceira estrofe do single”, finaliza.

O novo álbum de Valciãn Calixto deve ser lançado no começo do segundo semestre de 2017.

 

Ouça “Má Vontade Boa Intenção”:

https://valciancalixto.bandcamp.com/track/m-vontade-boa-inten-o

 

 

Canção inédita “Sofia” junta as revelações Rubel e Ana Muller

Amigos desde antes do reconhecimento do público, Ana Muller e Rubel trocam composições e conversas desde 2015. Aproveitando a recente ida da cantora ao Rio de Janeiro, dentro da turnê de divulgação de seu primeiro EP, Rubel subiu ao palco para, ao violão, dividirem a canção “Sofia”, de autoria da Ana e em versão do músico.

Ainda inédita, a música foi composta para ser tema do filme de mesmo nome do diretor Wagner Dantas, com estreia ainda não definida. “Sofia” fala sobre valorizar o que tem e devolver o amor que recebe. “A canção fala ‘Deve ser tão bom ter sempre um passo que vem logo ao lado do seu passo, que lhe dê a mão’. A Sofia sentia falta dessa reciprocidade. Então a grande mensagem dessa música é valorizar o que é recíproco e como isso é maravilhoso”, explica Ana Muller.

Rubel lançou recentemente o clipe de “Ben” e está em fase de finalização de seu segundo disco, a ser lançado ainda este ano com patrocínio da Natura. Já Ana está fazendo shows pelo Brasil divulgando seu primeiro EP, auto intitulado, passando por todas as regiões do país com várias datas esgotadas ou com segunda sessão.

Com mais de 13 milhões de views apenas no Youtube, Ana Muller está comemorando o primeiro milhão de audições nas plataformas de streaming do seu EP homônimo de estreia.

 

Dentro de si está a nossa verdade: Peixefante em seu disco de estreia

Lançado pela Dull Dog Records (Brvnks, Black Drawing Chalks) e disponível em todas as plataformas digitais e em versão física, o álbum homônimo da Peixefante foi produzido pela própria banda, tem nove faixas e é o primeiro long play do grupo desde a sua formação, em 2015. A gravação aconteceu em dezembro de 2016, com mixagem em março de 2017 no Complexo Estúdio e masterização em abril de 2017, no Up Music estúdio, em Goiânia, cidade natal do quinteto.

A poética envolvida nas letras busca um olhar pra dentro de si mesmo. Fala sobre a realidade ser apenas um reflexo da mente e que qualquer resposta que procuramos, no fim, sempre vai estar dentro de nós mesmos. O disco funciona como uma espécie de livro de crônicas, onde cada conto expõe um mundo de diferentes ideias fantasiosas. Cada canção tem uma atmosfera muito própria e exibe uma banda em constante transformação, mas entrosada dentro de sua amálgama de influências.

A variedade rítmica do disco é um dos seus destaques. Segundo Arthur Ornelas (teclados, guitarras e vocais), “A intenção é de sempre se renovar a cada trabalho, como os Beatles fizeram ao longo de toda a discografia. Nunca ficar preso a um estilo só”. Há o rock em “Homem Sol”, carro chefe do disco; folk em “Banzo”, o primeiro single disponibilizado; Pop psicodélico em “Tchaikovsky”, post rock em “Ermitão” e por ai vai, sem perder a homogeneidade.

É um registro que conversa com o cenário independente mundial, e principalmente o nacional, ao falar do psicodelismo de uma forma mais pop e alternativa, alinhando ainda influencias nacionais setentistas com um pouco de música clássica para criar uma versão digital do que seria ‘música para viajar’. Dentro de sua proporção, é como um Sgt. Peppers do cerrado ou um Ummagumma com sotaque. Peixefante (o disco) desenha o momento de uma banda pronta para experimentar após um longo período se encontrando como, enfim, um grupo.

Sobre Peixefante:

Criada entre 2014 e 2015, a Peixefante tem em sua formação Luique (baixo e voz), Enzo Sprung (bateria e voz), Lipito Melo (teclados, violão e voz), Arthur Ornelas (teclados, guitarras e voz) e Walter Navarrete (guitarras), os três últimos amigos desde a infância e fundadores originais do grupo.

A junção de dois animais no nome vem do conceito da transformação. Pink Floyd, Beatles, Mutantes, Alceu Valença, Zé Ramalho, Tchaikovsky e Schubert são as principais influencias da banda e tem elementos identificados no EP Lorde Pacal (2015, independente) e no disco Peixefante (2017, Dull Dog Records).

 

Netvno une MPB, som livre e influências de diversas correntes musicais no EP “Primeira Estação”

Quatro canções foram o suficiente para a Netvno mostrar a que veio. Com a pré-estreia de “Janeiro”, “Pra ela”, “Avenida Brasil” e “Manha”, o quinteto do interior do estado de São Paulo apresentou em vídeo a sua sonoridade embebida em referências melódicas doces e arranjos sofisticados. Agora, é a hora de conhecer o EP “Primeira Estação”, lançamento que chega aos principais serviços de streaming de música e marca o debut do projeto. O destaque é para sua sonoridade única, mesclando inspirações que perpassam a música popular brasileira e ritmos estrangeiros como pop, rock, reggae e jazz.

 

As influências múltiplas fazem da Netvno um som livre e sem amarras, marca da sua geração da novíssima MPB. Leveza e intensidade se encontram em suas composições, ora encantando por um sambinha embalado pela guitarra (“Pra ela”), ora criando camadas climáticas em linhas de baixo nostálgicas (“Manha”). Por vezes, a melodia ecoa tons de modernização da bossa (“Janeiro”) e, em outras, leva a um balanço percussivo (“Avenida Brasil”).

 

O primeiro trabalho da banda prima pelas instrumentações bem trabalhadas, porém sem soar pretensioso. O mérito é também das letras, que funcionam como singelas crônicas urbanas e criam uma identificação instantânea. Sentimentos como calmaria e solidão contrastam com anseios e inquietudes, tudo isso inspirado pelas cores e vibrações de cada estação do ano.

 

Quando a Netvno começou, há quatro anos, só existia a vontade de fazer música instrumental. Com influências que flutuam entre ritmos do Brasil, o alternativo e o pop, a banda é a prova de que não há limites para a música. Em 2015, os músicos gravaram suas primeiras composições: “Janeiro” e “Lis”, em versões nunca lançadas. Apenas no início de 2017 foi que o EP “Primeira Estação” começou a ganhar forma, já com a voz de Aglaia funcionando com um novo instrumento e  embalando as guitarras de Diego Morais e Fred Negrini, a bateria de Murilo Gonçalves e o baixo de Bruno Castro.

 

“Todo o período em que a Netvno existiu anterior a este lançamento nos serviu a todos como uma fase de amadurecimento enquanto compositores e músicos. Embora nem todos os membros figurem como compositores nas faixas deste EP, todos nós escrevemos letra e música”, lembra Diego.

 

A gravação do EP foi parte da Tabla Sessions, com produção da Combo Music, responsável pela captação, mixagem e masterização. A opção pela pré-estreia em vídeo mostra uma forte conexão com o imagético, presença marcante nas letras, que remetem a paisagens urbanas, enquanto a levada das canções lembra o embalo do mar, levando o ouvinte por águas pouco navegadas. Para a banda, cada canção é a oportunidade de uma jornada sinestésica e de sensações.

 

Ouça o EP “Primeira Estação”:

 





 

Assista aos vídeos:

 



“Avenida Brasil”: https://youtu.be/vDVWoKeaz_Y

Mallu Magalhães apresenta disco novo com concerto em Lisboa: veja vídeo de “Você Não Presta”

Mallu Magalhães irá apresentar o seu novo álbum, de título Vem, com um concerto no Teatro Tivoli, em Lisboa, a 24 de outubro, pode a BLITZ adiantar.

A artista brasileira, a viver em Portugal há alguns anos, tem anunciado vários concertos no Brasil e revela agora esta data especial em Portugal.

Sucessor de Pitanga (2011), Vem foi produzido por Marcelo Camelo e sai já em junho.

Os bilhetes para o concerto de Mallu Magalhães no Tivoli custam entre 10 euros e 25 euros.

No Instagram, a paulista vem antecipando o álbum novo com vários posts. Veja aqui algumas dessas mensagens:

 

 

Entretanto, foi revelado o vídeo da primeira amostra de Vem, "Você Não Presta". Veja aqui:

 

 
 
Fonte: Blitz

Lutre lança disco de estreia co-produzido pela banda carioca Ventre

Intensidade é a palavra-chave para descrever a banda goiana Lutre, com suas composições que prezam por uma delicadeza sincera e uma crueza sonora. No processo de criação de seu primeiro disco, eles se associaram a uma outra banda conhecida pelas mesmas características: a carioca Ventre. O resultado pode ser conferido no recém-lançado “Apego”, já disponível nas plataformas de música digital.
 
“Conhecemos a Ventre num show que fizemos juntos em março de 2016, no Complexo Estúdio (Goiânia). Logo após o show, numa conversa em volta da mesa de merchandising deles, nos convidaram pra gravar um EP em seu estúdio no Rio de Janeiro. Sem saber como reagir direito, aceitamos e logo já corremos pra ver datas em que todos pudessem estar juntos e comprar as passagens”, conta Chrisley Hernan, baixista da banda.
 
Ele forma a banda junto de Marcello Victor (guitarra e vocal) e Jefferson Radi (bateria). O power trio de rock alternativo surgiu em 2015 e no pouco tempo de existência, já passou por palcos importantes como o Festival Bananada e Festival Vaca Amarela em sua tour nacional. Em janeiro de 2016, lançaram seu primeiro EP e miram alto com o lançamento de “Apego”.
 
Pensado originalmente como um EP, o álbum traz contornos novos ao som da Lutre, com sonoridades diferentes e experimentais com a impulsividade, característica marcante nas letras da banda que falam do dia-a-dia, das relações e de como é sobreviver no caos mental ou da própria cidade.
 
‘’’Apego’ é um conjunto de inquietações de alguns semi adultos que vivem numa cidade caótica e bombardeada por arte em geral. Este é nosso primeiro disco e ele sem sombra de dúvidas foi a melhor experiência já vivida por cada um de nós”, conta Chrisley.
 
Ouça “Apego”:
 
 

“Alucinação”: novo vídeo da série Daíra Canta Belchior relembra um dos maiores sucessos do cantor

Em 2016, “Alucinação” completou 40 anos de presença marcante na discografia indispensável da música brasileira, trazendo composições como “Apenas um rapaz latino-americano”, “Velha roupa colorida” e “Como nossos pais”. A faixa-título logo se tornou um dos grandes sucessos de Belchior e agora ganha uma releitura de Daíra, cantora carioca que na última semana inaugurou uma série de vídeos ao vivo entoando parte de sua obra. Com o segundo vídeo deste projeto, Daíra oferece uma homenagem ao artista, cujo falecimento foi noticiado no último domingo.
 
A inesperada despedida a um dos grandes ídolos da nossa música acabou por transformar este lançamento, já planejado, em um tributo. Mais do que nunca, se torna importante cantar Belchior, apresentar suas canções a uma nova geração e saudar a importante obra que ele deixa para o cancioneiro popular brasileiro. Em face do luto de seus familiares e de um país inteiro, surgem ainda mais motivos para se cantar Belchior e celebrar suas composições.
 
Há mais de quatro décadas, o artista se tornou uma das vozes que cantavam as inquietudes de uma geração marcada por revoluções culturais, políticas, raciais e sexuais. Em “Alucinação”, a intensidade de sua interpretação entrega o momento de mudanças que ecoa até hoje no contexto sociocultural do país.
 
Esse é um dos motivos porque sua obra sempre se manteve atual. Desde o ano passado, Daíra vem fazendo o resgate de algumas dessas canções em um show especial, que agora ganha a forma de uma série de vídeos e, no segundo semestre, se transforma em um álbum completo, com lançamento do selo Porangareté. Para a série Daíra Canta Belchior, performances intimistas vão mostrar o impacto destas canções na música brasileira.
 
Já a vivência com a obra de Belchior começou bem antes, ainda na infância. Daíra conheceu “Como nossos pais”, na voz de Elis, e “Apenas um rapaz latino-americano” na voz de seu pai, adepto de cantá-la em karaokês imitando a voz do cantor.
 
“Quando comecei esse show em homenagem a ele, não sabia qual a proporção que isso iria tomar na minha vida. Tentei entrar em contato com pessoas que poderiam dar a notícia para o Belchior, de que eu estava fazendo esse show e falar para ele do disco, que já está pronto. Até mesmo irmãos dele entraram em contato, mas disseram não poder ajudar porque não sabiam mesmo onde ele estava. E então, quando soube da notícia, desabei... Não teria como separar ou dissecar os sentimentos. Nessa nossa profissão é mesmo assim, a gente escuta a letra de uma pessoa e acha que a conhece, fica próximo, íntimo dela de alguma forma. Só me resta acreditar que depois de um ano de trabalho e esforço para erguer essa homenagem, ele possa escutar de onde quer que ele esteja”, analisa Daíra, que estreou a série de vídeos com a canção “Princesa do meu lugar”.
 
Jovem voz da música brasileira, Daíra tem sua inspiração na MPB e acaba por revelar contornos folk e blues nas releituras que integrarão o novo álbum. As canções são reinterpretadas e recriadas com uma nova roupagem. Assim como na série de vídeos, o vocal tem a companhia do violão de Rodrigo Garcia, que também assina a direção e produção musical. Para o vídeo de “Alucinação”, Augusto Feres complementa a sonoridade com sua guitarra de 12 cordas.
 
Assista “Alucinação”:
 

 

Assista “Princesa do Meu Lugar”: https://www.youtube.com/watch?v=XC9_LRGvwNY

Conheça Cat Vids, projeto solo de Pedro Spadoni

Cat Vids é o projeto solo do músico paulistano Pedro Spadoni. Iniciado em 2017 com o EP “Radical”, o trabalho traz cinco músicas, já disponíveis nas plataformas de streaming.
 
Inspirado por diferentes vertentes do indie, o projeto carrega referências que vão desde o rock alternativo de Modern Baseball e Ovlov até o lo-fi de Good Morning e Elliot Smith, além de elementos de britpop. Segundo o músico, seu EP de estreia foi composto de maneira despretensiosa, como parte de sua filosofia “do-it-yourself”.
 
“Esse projeto é o meu primeiro solo, em que eu fiz tudo mesmo. Eu estava com as músicas na mão e deu vontade de gravar. Foi meio que acontecendo. Gravei as demos em casa e gostei, decidi apresentar pro Paulinho (Senoni), que gostou e me ajudou com a produção no estúdio. Mas há elementos gravados em casa, como as linhas de violão. Em ‘People’, por exemplo, gravei violões no banheiro de casa", conta o músico.
 
Sobre as composições, devaneia: "No geral, escrevo porque isso me ajuda a entender o que eu estou sentindo, e as músicas desse EP falam basicamente de relacionamentos. As letras de ‘Radical’ são bem íntimas, mas universais, já que somos todos humanos e passamos por experiências parecidas. A gente fica o tempo todo querendo se distinguir, mas somos muito mais parecidos do que achamos” reflete Pedro.
 
Produzido e mixado por Paulo Senoni, o projeto contou com a participação de Aécio de Souza (Gravação/Estúdio Aurora), Fernando Sanches (Masterização/El Rocha), Arthur D’Araújo (Arte) e Lud Lower (fotografias).
 
Ouça “Radical”:
 
Conheça Cat Vids:
 

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