Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Música do Brasil

Música do Brasil

Daniela lança álbum em que canta hits de Elis, Fagner e Legião Urbana

 

Daniela Mercury regrava sucessos associados às vozes de Elis Regina (1945 - 1982), Fagner e da banda Legião Urbana no álbum O axé, a voz e o violão, lançado neste mês de setembro com distribuição da gravadora Biscoito Fino. No disco, que reproduz gravação ao vivo do show originalmente intitulado A voz e o violão, a cantora baiana interpreta O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc, 1979), Noturno (Caio Silvio e Graco, 1979) e Há tempos(Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos e Renato Russo, 1989) em roteiro que prioriza basicamente sucessos da música afro-pop-baiana rotulada como axé music.

 

Sem uso de percussão, Daniela canta axé somente com o toque do violão de Alexandre Vargas no disco que perpetua apresentação feita pela artista no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), em 13 de novembro de 2015. O álbum O axé, a voz e o violão totaliza 22 faixas. A edição deluxe inclui dois vídeos em faixa multimídia intitulada História da rainha.

 

Fonte: G1

Emanuelle Araújo lança 1º disco solo e busca provar que não é só carnaval

A cantora Emanuelle Araújo (Foto: Divulgação)
 

Emanuelle Araújo já puxou trio elétrico, cantou pop rock, fundou a banda de samba Moinho e se apresentou ao lado da Orquestra Imperial, além de manter paralelamente a carreira de atriz. Agora, aos 40 anos, lança seu primeiro disco solo, "O problema é a velocidade", um retorno ao samba, mas também uma imersão na MPB.

Ela conta que sempre alimentou a ideia, mas nunca teve problema com a velocidade. "Fui muito preenchida pelos meus trabalhos coletivos. Eu gosto do coletivo, sempre estive rodeada por pessoas muito talentosas", explica.

Produzido pelo badalado Kassin, que já trabalhou com nomes como Adriana Calcanhotto, Los Hermanos e Erasmo Carlos, o álbum tem composições de Arnaldo Antunes, Zeca Veloso e Paulinho Moska, entre outros. "Pela forma como escrevem, dão força à palavra".

Com esta estreia, Emanuelle quer mostrar que não é só carnaval, rótulo que a "angustiava" na sua época de vocalista da banda Eva. "Talvez esse disco tenha aberto a porta para o meu romantismo, para lugares mais profundos da minha alma", avalia. "Ele é mais silencioso."

Enquanto também se prepara para lançar a novela "A lei do amor", em outubro, e o filme "O rei das manhãs" (em que encarna a dançarina Gretchen), em 2017, ela falou ao G1 sobre o caminho até o disco solo, a rejeição a estereótipos e o lado ruim da fama.

G1 - Você tem uma trajetória musical muito eclética. Qual a marca desse trabalho e o que ele traz de diferente dos outros?
Emanuelle Araújo - As pessoas têm uma avaliação de que eu sou uma cantora com uma relação muito forte com a festa. E eu sou mesmo, mas não só isso. Talvez esse disco tenha aberto a porta para o meu romantismo, para lugares mais profundos da minha alma. É um trabalho que é apenas meu. Não é só a Manu do carnaval, ele é mais silencioso

G1 - Depois de começar no axé e transitar por vários gêneros, como achou o caminho desse novo repertório?
Emanuelle Araújo - Não acho que estou chegando em algum lugar. Não acho que o disco chega, ele acontece. Eu sou muito concentrada no momento. O que está no disco é o que eu me tornei. Você vai amadurecendo, se apoderando de sensações, se empoderando de energia... É a Emanuelle de 40 anos.

 

 

G1 - Você tem trabalhos considerados sofisticados, como as participações na Orquestra Imperial, mas também é uma artista popular. O que acha dessa distinção?
Emanuelle Araújo - Não gosto de rótulos. Quando alguém me encaixa numa prateleira, tenho que ficar respondendo as expectativas dessa prateleira. Estar fora disso me dá liberdade. Quando fui cantora de carnaval, era considerada só isso, o que me angustiava, porque eu não era só isso. Me considero uma artista da música popular brasileira, e isso abrange muitas coisas. O mais maravilhoso é alcançar, comunicar, chegar ao público.

G1 - Por que demorou tanto tempo para lançar um disco solo?
Emanuelle Araújo - Sempre tive esse projeto na minha cabeça, mas nunca tive pressa porque sempre fui muito preenchida pelos meus trabalhos coletivos. Eu gosto do coletivo, sempre estive rodeada por pessoas talentosas, desde a Bahia [como vocalista da Eva] até a Moinho. Eu queria que o disco acontecesse na verdade de um momento, em que eu pudesse estar dedicada a isso. Agora eu senti que era hora. O caminho foi natural. Fui com calma, procurando os compositores, buscando antes de mais nada ter um repertório. Esse álbum brota da maturidade do meu momento.

G1 - Como chegou nesse time de compositores?
Emanuelle Araújo - Eles partem do meu afeto, seja por admiração ou porque têm uma relação de amizade comigo. Eu já tinha uma sensação de que o disco partiria da palavra, da poesia. Queria muito entender o que eu queria dizer. Por isso, convidei poetas, músicos que, pela forma como escrevem, dão força à palavra. De conversas íntimas, saíram as canções. Esse disco acabou criando uma cara própria de forma natural e sincrônica. As músicas têm uma relação, conversam entre si, mesmo sem isso ter sido programado.

 

 

G1 - Estar na TV e no cinema alavanca sua carreira musical? Ou o contrário?
Emanuelle Araújo -
Esse é um pensamento mais de produtor. Eu sou artista, não penso nessas coisas. Não faço um trabalho pensando nisso, faço porque me interessa, porque acho que pode me acrescentar. Não penso em questões empresariais. Eu acho que ser regido por esse tipo de coisa é perigoso. As consequências eu recebo de braços abertos.

G1 - Está mais difícil ser artista no Brasil conturbado de hoje?
Emanuelle Araújo -
A gente se inspira nos conflitos. Eles nos fazem ir mais fundo ao pensar sobre o que está acontecendo. A arte também parte da crise. Acho que em momentos difíceis podem acontecer coisas maravilhosas. Mas isso requer coragem. Precisamos estar atentos, fortes e sensíveis à verdade das coisas, ao coletivo. Ser artista no mundo é um ato de coragem. Ser artista num momento de crise é um ato de coragem, força e poder.

G1 - Acha que está faltando coragem no meio artístico?
Emanuelle Araújo -
Quem sou eu pra dizer o que falta? Não me levo muito a sério para dizer isso. Percebo que as pessoas estão pensando mais. O que eu desejo é que o pensamento não fique só na superfície, que vá fundo, que as pessoas busquem pesquisar, saber mais sobre tudo.

G1 - No ano passado, você gravou com Nanda Costa ‘Me erra’, uma música que fala sobre desvantagens na fama. Em que medida a falta de privacidade te incomoda?
Emanuelle Araújo -
Para falar a verdade, isso não me afeta tanto. Meu jeito de ser é tão simples, claro e direto que eu sinto que a imprensa me respeita bastante até. Eu passo por essas coisas sendo direta e franca. Lido com todas as pessoas do mesmo jeito, isso me conforta. Essa glamourização da vida pessoal depende muito de como o artista se comporta.

 

Gonte: G1

Entrevista | Wilson Sideral: Músico fala de tributo a Cazuza ao lado de Rogério Flausino

Wilson Sideral e Rogério Flausino são irmãos, mas nunca tiveram um projeto musical juntos. Pelo menos não profissionalmente. Eles chegaram a ter uma “bandinha” de rock na adolescência. E agora eles criaram um tributo ao Cazuza que além de homenagear um ídolo, ainda é envolto por uma carga emocional que tem tudo para cativar os fãs.

Conversamos com Wilson Sideral para saber de onde surgiu essa ideia, o que o show "Flausino & Sideral cantam Cazuza" mostrará aos fãs e também para que ele nos contasse como foi musicar um poema do Cazuza que foi "Nossa, uma coisa que eu não tenho nem palavras pra dizer...", como qualquer um pode imaginar. Ela ficou um “bolero blues”.

Simpático, solícito, empolgado e transbordando nostalgia, Sideral falou da infância, de viver de música e de seus ídolos. E falou sobre a família. E enquanto conversávamos ao telefone, eu ouvia seus filhos brincando, gritando e chamando o pai ao fundo. Sem querer, as crianças davam ênfase ao discurso dedicado do músico.

Com apoio da Lucinha Araújo, mãe do Cazuza, e da Sociedade Viva Cazuza, o show tributo estreia em São Paulo no dia 20 de setembro, depois passa pelo Rio de Janeiro no dia 27, Recife no dia 04 de outubro, Natal no dia 05 e Fortaleza no dia 06. Os ingressos para todas as apresentações estão à venda no www.ingressorapido.com.br.

É a primeira vez que você e seu irmão Rogério Flausino fazem um projeto musical juntos. A pergunta óbvia é: por que não rolou nada antes?

Wilson Sideral:
A pergunta é óbvia, mas é difícil de responder. Bom, a gente é do interior, de Alfenas [cidade ao sul do estado de Minas Gerais] e foi lá que a gente começou, muito cedo, eu com 10 e o Rogério com 13, com uma bandinha de rock. Nosso tio era gerente de uma casa de shows e a gente estava sempre lá, vendo como funcionava, como montava as coisas, vendo e aprendendo com os músicos. Passamos a infância e adolescência tocando juntos. É dessa época a influência do Cazuza e de bandas do rock brasileiro dos anos 80, Paralamas, Cazuza, Barão, Legião... Isso moldou quem a gente é.

A gente sempre quis ser músico, desde pequeno. Quando eu completei 18 anos e passei no vestibular, o Rogério se formou em ciências da computação, mas a gente tinha dito pros nossos pais que queria mesmo era viver de música. Mas não dá para viver de música numa cidade do interior, então a gente quis mudar. Eu recebi um convite para tocar numa banda chamada Omeriah que começou junto com o Skank e então fui pra Belo Horizonte. Inclusive foi um dos integrantes do Omeriah quem indicou o Rogério pra uma banda que estava procurando vocalista e que se chamava J. Quest. Foi nesse momento que a gente se separou profissionalmente - embora tenhamos continuado a morar juntos, no mesmo apartamento, e comendo pão com mortadela. A gente compunha sem parar e foi numa dessas que surgiu a canção "Fácil", que foi um dos primeiros hits do Jota Quest.

Então, a gente sempre foi parceiro de composição, mas não estávamos tocando juntos. E sempre que a gente vai pra Belo Horizonte a gente acaba tocando junto, vai ver um show de amigos, dá uma canja. Nessas canjas a gente acaba tocando as coisas da nossa infância e adolescência: Cazuza, Legião...

E foi daí que surgiu essa ideia de homenagear o Cazuza?

Wilson Sideral:
A gente estava querendo fazer isso há muito tempo. Começamos a bolar esse show em janeiro de 2015 e em outubro a gente fez um show em Belo Horizonte, numa festa, pra testar. Foi tão legal que a gente se empolgou. Na época passamos por alguns problemas familiares: perdemos nossa mãe, que lutou contra um câncer por quatro, cinco anos. Isso até acabou dando um empurrão pra gente fazer as coisas acontecerem. A gente queria fazer alguma coisa juntos, afinal somos irmãos. Mas você acaba protelando. E a nossa mãe falava pra aproveitar a vida, fazer as coisas hoje pois não se sabe o dia de amanhã. E aí vem a frase na cabeça: "O tempo não para". E aí a gente resolveu nos dar essa diversão. O Rogério toca pra caramba com o Jota e eu toco todo fim de semana. A gente merecia respirar e fazer algo nós dois, tocar outras coisas. É uma coisa de irmão, de paixão, de homenagem a um ídolo. E também é uma oportunidade de mostrar aos mais jovens um pouco daquela época, um pouco do Cazuza. Eu tenho um filho de 13 anos e perguntei pra ele se os amigos dele sabiam quem era Cazuza. E a maioria não conhece. Ou só conhece "Exagerado". E é uma obra tão fantástica!

Mas o maior empurrão que tivemos foi da Lucinha Araujo, mãe do Cazuza. Um dia o Rogério pegou o violão e começou a tocar Cazuza e ela ouviu e se apaixonou. E incentivou esse projeto. Ela abençoou o projeto. A Sociedade Viva Cazuza também se envolveu. É um movimento. Um movimento de amor. É para propagar a poesia do Cazuza, sua música e sua mensagem. É também um trabalho de conscientização, sobre os portadores do vírus HIV. E são dois irmãos levando alegria para todo mundo.

Tem esse lado de alegria, de estar com seu irmão, mas também tem uma coisa muito intensa, por causa da sua mãe, e muito nostálgica, por conta de rememorar sua infância com seu irmão...

Wilson Sideral:
Com certeza! É muito nostálgico. No show rola um mix de emoções: tem hora que arrepia, tem hora que a gente vai ao êxtase, tem hora que a gente chora. Tem de tudo. Mas arte é para isso, é para tocar a emoção. Passa um livro na nossa cabeça, com a nossa história, passando pelas fases do Cazuza, o roqueiro, o revolucionário e o do amor. O Cazuza era um cara apaixonado pela vida e pelo amor. E ele foi um cara guerreiro, que expôs sua doença. Isso toca muito forte, é meio tenso. Mas o que faz tudo ficar mais leve é a família, é estar ao lado do meu irmão. É uma coisa pra gente matar nossa saudade também. É como passear pela nossa essência, olhar para dentro de nós mesmos.

A direção musical do espetáculo é sua e o release diz que você quis manter os arranjos originais das canções...

Wilson Sideral:
Sim, 95% do show mantem o original. Somos apaixonados não só pelas músicas, mas pelos fonogramas. Aquele timbre, aquele brilho específico de um disco, os arranjos... E o Cazuza sempre foi um cara muito bem acompanhado, seja com o Barão ou na carreira solo. Sempre ótimos músicos. A gente quis respeitar essa sonoridade. Tem tributo que muda os arranjos demais e fica aquele trem que as pessoas não conseguem reconhecer nem se emocionar. Então a gente pensou: "não vamos inventar moda, não. Pelo contrário, vamos tentar tirar igualzinho. Ou o mais parecido possível". Estaremos com um naipe de metais, faremos os solos de sax. Vamos respeitar esses fonogramas históricos.

Só tem duas músicas que são diferentes. Uma é "Exagerado", que é a versão que eu já havia gravado em um disco meu. E a música inédita...

O poema inédito "Não Reclamo" que você musicou... Essa você teve que criar os arranjos. Aliás, a música toda. É uma responsabilidade grande, não é?

Wilson Sideral:
Poxa! Nossa, uma coisa que eu não tenho nem palavras pra dizer... Eu fiquei namorando o livro da Lucinha Araujo, "Preciso Dizer que te amo", com todas as letras e poemas do Cazuza. E depois que a Lucinha viu o Rogério tocando Cazuza, ela falou "tem umas letras do Cazuza sem música, vocês não querem fazer, não?" Claro que a gente queria. Imagina a honra de poder dizer pros meus filhos que eu tenho uma parceria com o Cazuza! Eu fiz duas músicas e tem uma terceira a caminho. Nessa primeira rodada de shows a gente vai mostrar só uma, que é a "Não Reclamo". É uma música que fala de um amor sofrido. Ele estava na fossa quando escreveu, é um desabafo. Eu viajei nas músicas dele, nas letras e coloquei um lado blues na música. Ficou um bolero blues. Logo mais a gente vai fazer um registro dela em estúdio, a ideia é lançar como um single. Estamos conversando sobre reverter o valor de vendas para a Sociedade Viva Cazuza.

A série de shows começa em São Paulo, dia 20/09, e já tem mais quatro datas agendadas. Como serão esses shows?

Wilson Sideral:
A gente fez duas apresentações antes. Uma foi aquela que eu te falei, numa festa fechada. A outra foi um show em abril deste ano, em Goiânia [veja trecho abaixo], que foi o primeiro teste oficial, com uma plateia maior. Agora o show pronto está pronto. De uns tempos pra cá comecei a trabalhar com edição de vídeo, então eu criei um conteúdo de vídeo que será projetado nos shows. Eu recuperei vídeos de quando eu e o Rogério éramos molequinhos, inclusive cantando Cazuza. Shows da nossa bandinha, eu com 11, 12 anos, tocando "O tempo não para", "Bete Balanço". Também fiz um trabalho de pesquisa, até ripei umas coisas no YouTube, do Cazuza, então vai ter uma porção de vídeos. E a gente vai cantar sincado com eles. Isso vai ajudar a contar uma história, a nossa história, a do Cazuza. Vai ter uma carga emocional. E como vai ser em teatros, vai ter um livreto que as pessoas vão receber...

 

Vocês pretendem fazer o Brasil todo?

Wilson Sideral:
Vão fazer outras cidades, mas tem que conciliar com nossas agendas, a do Jota Quest e a minha. Porque esse é um projeto paralelo nosso. A gente vai devagar, tranquilo. Agora a gente faz esses shows, no verão faz mais um pouco. A galera está curtindo a ideia, pois já tem um pessoal ligando e querendo contratar o show! Mas não é uma coisa comercial. É muito mais um projeto artístico, em parceria com a Sociedade Viva Cazuza. Que bom que as pessoas estão querendo. Mas a gente tem que respeitar os outros compromissos.

 

Fonte: Território da Música

Nando Reis lança “Só Posso Dizer”, primeiro single de novo disco

 

O músico Nando Reis lançou, nesta sexta (16), a música “Só Posso Dizer”. A canção é o primeiro single do vindouro disco de inéditas de Nando, “jardim-pomar”, que será lançado em novembro.

A canção é uma verdadeira declaração de amor e foi composta por Nando Reis. Sobre a música, o cantor comentou: “É uma dessas músicas que parecem que já vêm prontas assim que surge a primeira frase e melodia, quase como num sonho. Jack Endino me disse que parece uma música de outro tempo. Faz sentido , ela cita Lupcínio Rodrigues.”.

Para ouvir “Só Posso Dizer”, basta você acessar o link https://ONErpm.lnk.to/SoPossoDizer e escolher sua plataforma digital favorita.

 

Fonte: Cifra Club