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Música do Brasil

Música do Brasil

Adriana Calcanhotto prepara novo CD infantil

Adriana Calcanhotto está em estúdio finalizando seu segundo projeto infantil. Depois de rodar Brasil e viajar ao exterior com o show de lançamento do CD Maré, Adriana encerrou a turnê com três apresentações no Teatro Tom Jobim (Rio) no final de agosto e volta ao universo lúdico de Partimpim.
 

O primeiro disco dedicado ao universo infantil foi lançado com grande sucesso em 2004 e teve DVD ao vivo editado no ano seguinte. Antes, porém, o trabalho já estava gravado quando foi posto na geladeira por cinco anos. Na época do lançamento do primeiro projeto, Adriana já planejava uma discografia paralela para sua Partimpim.
 

 

Fonte: Ziriguidum

"Esse é meu xodó", diz Alcione sobre seu novo disco

Cantora lança novo álbum com várias participações especiais

 

Com mais de 30 anos de carreira e mais de 30 discos gravados, Alcione lança mais um álbum, Acesa, e logo avisa no início da entrevista para o Terra: "Esse é o meu xodó".

 

Acesa, lançado em uma parceria da Sony Music com a Indie Records, inclui sambas como Eu Não Domino Essa Paixão, Quem Dera e Nair Grande. A cantora explica que o álbum serviu para dar espaço para algumas canções que não entraram em seu trabalho anterior. "O CD tem músicas que eu já tinha guardado e não queriam que elas se perdessem no outro disco", afirmou.

O novo álbum ainda conta com O Samba me Chamou (participação do grupo Revelação), Chutando o Balde (com Simoninha) e Eu Vou Pra Lapa, parte da trilha sonora de Caminho das Índias e um pedido da autora da novela. "A Glória Perez me pediu um samba para o núcleo da Lapa. Pedi a música para o Serginho Meiriti e Claudinho Guimarães e eles arrebentaram", disse.

Sobre as participações, Alcione não economizou elogios. "Minha irmã falou que quando ouviu essa música pensou no Simoninha cantando. Ela é muito antenada e ouve todo mundo", contou. "Pedi pra ele fazer o arranjo e a música ficou ótima. Liguei pra ele e disse 'preciso que você faça essa música comigo'", explicou.

Já sobre o grupo Revelação, que participa da canção O Samba Me Chamou, a cantora explica que vem acompanhado o trabalho dos jovens desde o início. "Eu dei uma intimida no pessoal do Revelação, essa música é a cara deles. É um grupo sério que trata o samba com muito carinho e respeito", afirmou.

Entusiasmada com o a cena atual da música brasileira, Alcione mostra sua empolgação com nomes de Diogo Nogueira e Maria Rita. "O Diogo Nogueira está ótimo, já está no DNA dele. Gravou até com o Chico Buarque agora. Além do Chico ser o que é, ele foi parceiro do pai dele e conheceu o Diogo quando era pequeninho", disse. "Gosto muito de Maria Rita cantando. Ela tem muito swing, muito do balanço da mãe dela cantando. O DNA fala alto. Nessa hora não tem jeito", completou.

"Tem muita gente fazendo coisa boa na nossa música. A juventude tem se interessado muito pelo samba, chorinho. A música brasileira é a mais bonita do mundo", explicou.

Escalada para cantar no Brazilian Day deste ano, marcado para acontecer em 6 de setembro, em Nova York, Alcione mostra sua expectativa para dividir o palco do evento com Elba Ramalho, Victor e Leo e Carlinhos Brown.

"Nunca cantei para mais de um milhão de pessoas. Estou com uma expectativa boa. Quero matar a saudade desses brasileiros que estiverem lá. Vai ter de tudo pra todo mundo", disse.
 

 

Fonte: Terra Música

Detonautas lança álbum acústico

 

Já está nas lojas (no Brasil) o novo álbum da banda Detonautas Roque Clube. O novo trabalho é um disco acústico que traz registrado um show gravado em 28 de abril deste ano no Pólo de Cine e Vídeo, no Rio de Janeiro.

O álbum “Acústico” é o quinto registro na discografia da banda e traz 14 músicas na versão em CD, incluindo uma versão para “Até Quando Esperar”, clássico da banda Plebe Rude. A edição em DVD traz 18 faixas e uma outra versão, “Mais Uma Vez”, de Renato Russo. Também há duas músicas novas: “Só Nós 2” e “O Inferno São os Outros”.

Confira o repertório do CD e DVD “Acústico”:

CD
01. O Retorno De Saturno
02. Sonhos Verdes
03. O Dia Que Não Terminou
04. O amanhã
05. Nem Me Lembro Mais
06. Olhos Certos
07. Dia Comum
08. Até Quando Esperar
09. Quando O Sol Se For
10. O Inferno São Os Outros
11. Só Nós Dois
12. Medley - Só Por Hoje/Tênis Roque
13. Outro Lugar
14. Você Me Faz Tão Bem

DVD
01. O Retorno De Saturno
02. Sonhos Verdes
03. O Dia Que Não Terminou
04. O Amanhã
05. Nem Me Lembro Mais
06. Olhos Certos
07. Tô Aprendendo A Viver Sem Você
08. Dia Comum
09. Até Quando Esperar
10. Quando O Sol Se For
11. O Inferno São Os Outros
12. Verdades Do Mundo
13. Tudo Que Eu Falei Dormindo
14. Mais Uma Vez
15. Só Nós Dois
16. Medley - Só Por Hoje/Tênis Roque
17. Outro Lugar
18. Você Me Faz Tão Bem

 

Fonte: Território da Música

Arnaldo Antunes lança "Iê, Iê, Iê" em Setembro

O novo álbum de Arnaldo Antunes, Iê, Iê, Iê, chega às lojas do país em setembro. Este é o oitavo disco de inéditas do ex-Titã – o anterior foi Qualquer, de 2006, apesar de Arnaldo ter lançado no ano seguinte o CD/DVD Ao vivo no estúdio.

O trabalho foi produzido por Fernando Catatau, guitarrista do Cidadão Instigado. Entre as músicas do repertório, estão "A Casa É Sua", "Envelhecer", "Luz Acesa", "Longe", "Meu Coração" e "Invejo". Veja abaixo a capa:

 

 

Fonte: IG Música

Rodriguinho conta em entrevista que não segue moda no lançamento do DVD

 

Pouco depois de lançar o CD "Uma História Assim", Rodriguinho manda para as lojas o DVD que registra esse mais recente trabalho, gravado ao vivo no Rio de Janeiro. Por telefone, o cantor conversou com a Webradiofm sobre o lançamento a que se dedica neste instante.

Acostumado com o sucesso desde que era do grupo Travessos, quando tinha só 16 anos e vendia milhões de discos, Rodriguinho continua fazendo shows lotados por onde passa. Orgulha-se do público recorde de 70 mil pessoas que já conseguiu juntar, mas frisa mais ainda em sua trajetória a mudança em seu jeito de cantar: "Claro que agora com quase 30 anos minha voz mudou e ficou melhor", diz. As viseiras, que eram marca registrada do cantor também ficaram para trás, mas ele nem sente falta do visual de menino: "Cheguei a ter mil, que eram dadas pelo patrocinador da época, mas parei faz tempo de usá-las".

Dessa mesma época o estilo de compor e cantar conhecido como pagode romântico ficou para trás: “Não tenho nada contra e guardo orgulho desta fase, mas não representa mais o que faço hoje”, explica.

Hoje, Rodriguinho está de bem com a vida. Depois de passar por problemas sérios com o empresário de seu antigo grupo (ele até saiu da banda e encarou a carreira solo) o cantor se converteu mas, ao contrário do outros cantores protestantes, não mudou o repertório para o gospel. Segundo ele, as mensagens que pode passar continuam em suas músicas e no seu trabalho.

E dessa forma, Rodriguinho nem quer saber de mudar seu jeito para ficar na moda. Na sua opinião o “samba de mesa” - que é a onda da vez - não tem a essência que pretende seguir.

E pelo coro de oito mil fãs cantando os versos de seu CD no show gravado ao vivo, também não é o que o público

 

Fonte: WebRadio FM

Racionais MC's lançam novo álbum no mês de novembro

Depois de um hiato de três anos sem lançar um disco, os veteranos Racionais MCs vão lançar seu novo álbum no próximo mês de novembro, ainda sem nome, capa e data definidas.

Esse será o sexto trabalho de estúdio de Mano Brown, KL Jay e companhia, que estão mantendo as novas faixas sob segredo militar. Além disso, as informações do site UOL ainda apontam para um lançamento feito apenas em CD, sem o apoio da internet.

O último lançamento do grupo serve como dica ta estratégia de trabalho do grupo. 1000 Trutas, 1000 Tretas foi gravado ao vivo e lançado em 2006 pela gravadora dos próprios Racionais, que segundo reza a cartilha, facilita a chegada do seus discos até o comercio ambulante.

A banda continua em silêncio enquanto trabalha na finalização do novo álbum e terá total controle sobre o produto final, como de costume.

 

Fonte: Virgula Música

Entrevista com Marcelo D2: Rapsambatudo

De passagem pelo Sudoeste, Marcelo D2 falou sobre a sua relação com Portugal e deu conta da admiração por artistas como Sam The Kid, Da Weasel e Buraka Som Sistema.

 

O que significa regressar a Portugal?
É um país muito especial. A relação entre Portugal e o Brasil é muito próxima. Vir cá e tocar fora do Brasil, um país que também fala português é fantástico. Infelizmente, nunca estive em Angola nem em Moçambique. A música é universal mas é óptimo perceber que as pessoas me entendem. São culturas diferentes que falam a mesma língua.

 

E, neste caso, é uma música que vive muito da palavra...
No Brasil, sim. Fora, nem tanto. Tenho andado em digressão pela América do Sul e ninguém fala português mas as pessoas gostam. A palavra é importante quando se entende mas a música está lá.

 

De onde veio a ideia de cruzar rap com samba e música tradicional brasileira?
Não fui o primeiro a fazê-lo no mundo. Nos anos 60, houve americanos a tocar bossa-nova. Eu terei sido o primeiro a ir ao fundo. Pesquisei, chamei sambistas. Tenho uma missão pela frente que não tem necessariamente a ver com o sucesso. Era pobre e agora estou aqui a dar concertos e entrevistas. Tenho que dar o máximo pela música.

 

Mas os discos do Marcelo D2 vendem bastante...
Vendem bastante mas eu não paro de trabalhar (risos).

 

Em palco, usa um colar. Qual é a sua relação com os símbolos visuais do rap?
Isso vem de África. As tribos locais são assim. Usam colares, gostam de extravagâncias. Não me incomoda esse lado exibicionista do hip hop americano. Hoje, há um presidente negro e isso é muito importante. Eu falo do hip hop por ser uma cultura. Acho que eleva a auto-estima dos jovens. Era o que o James Brown dizia: «I`m black and proud». O rap é apenas a música. Eu não sou negro mas sinto.

 

Como é o panorama do rap brasileiro? A Portugal só chega o Marcelo e, no máximo, o Gabriel o Pensador.
Há muita coisa mas no underground. Há muita gente a fazer rap em todo o mundo mas nem sempre da melhor forma. Há muita gente que se fecha em estúdios a samplar mas depois falta qualquer coisa. Um bom concerto, uma boa frase. Há que procurar mais.

 

O que pensa de grupos como Cansei de Ser Sexy ou Bonde do Rolê que renegam a tradição local?
Adoro Cansei de Ser Sexy. É como a história do hamburger. Música boa é música boa. Bonde do Rolê não gosto tanto. Gosto mais de funk como o DJ Marlboro ou a Deize Tigrona. Mas Cansei de Ser Sexy é lindo. É a nossa resposta a Nova Iorque ou a Londres.

 

Chegou a passar algum tempo em estúdio com Sam The Kid. Alguma vez chegaremos a ouvir esse material?
Gravámos uma remistura do «Desabafo» que eu nunca acabei. Quando chegar ao Brasil, vou mandar-lhe. Tive alguns problemas e muito trabalho mas esta semana quero tratar disso. Acho o Sam brilhante. Ouvi-o e despertou-me logo a atenção. Já conhecia os Da Weasel mas o Sam é fantástico. Ele foi o primeiro poeta contemporâneo português que eu entendi. No Brasil, conhecemos grandes poetas portugueses mas que não são novos. O Sam é muito inteligente e sabe usar as palavras.

 

Os Da Weasel estarão mais perto do que era o Planet Hemp...
É natural. É a década de 90. Foi a primeira banda portuguesa que ouvi e gostei. Depois, conheci-os e fui almoçar com eles a Almada. Adoro o Carlão (Pacman). Já não o vejo há muitos anos.

 

E os Buraka Som Sistema? Conhece?
Não conhecia mas tudo o que ouvi é muito bom. É um pouco como o funk carioca. Parece a mesma tribo mas de lugares diferentes. É um som quase tribal. Tem um bombo boom boom.

 

Fonte: Disco Digital

Terra Samba grava CD para o Carnaval

Nos seus 15 anos, o Terra Samba presenteia seus fãs com seu novo CD. Nele, canções inéditas como "Nunca Mais" de Levi Lima (da Via Circular), Rubem Tavares e Fabinho O"Brian, e "Sorte No Amor", composição de Raoní Telles. O álbum conta também com grandes sucessos da banda como "Deus é Brasileiro", "Liberar Geral", "Boneco Doido" e "Manteiga". No novo trabalho a banda aposta em levadas românticas e um pouco do sertanejo moderno, tudo isso com um toque de axé. Hoje, a banda é liderada por Mano Moreno, artista conhecido por sua passagem pelo "Bragaboys", e Márcio Bahia, além do veterano Mário Ornelas, que está com o grupo desde o inicio.

 

Fonte: Carnasite

Entrevista com Leonardo

 

latinopessoas

 

Ele lançou seu novo DVD há duas semanas. É um dos artistas mais populares do país, mais queridos no meio musical e um dos melhores contadores de história da música sertaneja.

Como anunciado anteriormente, o Universo Sertanejo traz hoje uma entrevista especial com o cantor Leonardo.

 

 

 

Universo Sertanejo: Você tem o disco mais vendido da história da música sertaneja (mais de três milhões com o álbum de 1990). Já parou para pensar que esse número jamais será superado?

Leonardo: Não tinha pensando nisso, não. Claro que este número é importante e me deixa muito feliz porque é uma conquista do Leandro e Leonardo, mas da música sertaneja também. Mas fico pensando o quanto seria bom se a nova geração pudesse ter a mesma oportunidade de vendas nós tivemos. Até 10 anos atrás a gente lançava um disco e tinha certeza que venderia no mínimo um milhão de cópias. Aliás, o disco já saía com 600, 700 mil cópias colocadas. Hoje este número é impensável. Os artistas novos foram prejudicados também porque as gravadoras perderam a capacidade de investimento. Os artistas que vendiam muito bancavam os que estavam começando. Hoje é muito mais difícil para todos nós.

 

US: Em uma entrevista com o Cesar Augusto (produtor de Leandro e Leonardo e de Leonardo solo), ele me disse que tem uma lembrança muito nítida de ver jovens, em caminhonetes caras, ouvindo Leandro e Leonardo com o vidro aberto, para mostrar que ouviam sertanejo. Você viveu essa transformação, mas era claro para você que havia um público novo interessado em vocês?

L: Rapaz, lembro sim. No começo da nossa carreira, eu mais o Leandro não tocávamos em lugar chique de jeito nenhum (risos). O povo rejeitava “nóis”, chamavam de caipira, de brega, de tudo quanto é coisa (risos).

Depois de um tempo as coisas começaram a mudar e as casas como Olympia, em São Paulo, e o Metropolitan, no Rio de Janeiro, abriram as portas para nós. Foi aí que descobrimos que muita gente ouvia música sertaneja, mas tinha vergonha de falar. O preconceito era muito grande. Acho que começou essa mudança pelo povo mais jovem mesmo, que achava a nossa música animada e divertida, boa para embalar uma farra com os amigos ou xavecar as meninas.

 

US: Na época em que você começou a fazer sucesso, a pirataria era só de fitas K-7, não conseguia atrapalhar muito mercado fonográfico. O que essa pirataria causa diretamente no seu trabalho?

L: A pirataria atrapalha a vida de todo mundo e claro que mexeu com a carreira da gente também. Já falamos que os números de hoje nem chegam perto dos números passados, mas não podemos esquecer que a pirataria cresceu também porque o preço do CD e do DVD é muito alto. Não dá para concorrer com os piratas. Mas temos uma notícia boa, já está quase aprovado um projeto que acaba com o imposto sobre os CDs e DVDs. Se passar pelo Congresso e o governo apoiar, isto vai ajudar muito porque vai reduzir o preço para os fãs. Vai custar menos 35%, faz muita diferença.

 

US: Guardadas as devidas proporções, o que se vê hoje na música sertaneja, pode ser comparado com o que vocês fizeram há 20 anos, no que diz respeito a incorporar novos elementos a um estilo já existente?

L: Com certeza. A música sertaneja se renova de tempos em tempos e isto é muito bom porque o povo está sempre ouvindo, não cansa. Eu costumo dizer que o que esta turma está fazendo agora foi o que nós fizemos em 1986, 1987. Naquela época a música sertaneja falava muito das coisas do campo, da mata e os arranjos eram bem tradicionais. Nós chegamos quebrando tudo (risos).

As letras falavam mais de amor e até de cama, por que não? Amor e cama têm tudo a ver, não? (risos). E também modernizamos os arranjos, é isso que os novos sertanejos estão fazendo, modernizando o estilo. Fico impressionado com a quantidade de duplas que a gente vê hoje. Tem muita coisa boa, mas tem muita tranqueira também. Acho que o tempo vai acabar peneirando e vai sobrar o que é bom.

 

US: O que você acha do Sertanejo Universitário?

L: Acho que foi uma novidade boa porque renovou o nosso segmento. Já pensou que desgraça se a música sertaneja parasse no tempo, se ficasse só com a nossa geração? Seria uma mesmice que ninguém aguentaria. Acho muito bom que novos estilos apareçam, o problema é que muitas duplas acabam confundindo simplicidade com coisa mal feita. Eu não gosto de ouvir uma música mal produzida, mal feita. Mas eu fico feliz demais de ver a nossa música sertaneja muito bem representada na voz dessas novas duplas.

 

US: Você gosta de alguma dupla atual?

L: Eu sou muito fã de Victor e Leo, eles têm um estilo próprio que marcou demais, muita personalidade artística. Gosto muito também do João Bosco e Vinicius, Jorge e Matheus, Zé Henrique e Gabriel, João Neto e Frederico, são todos feras, e outros que estou começando a ouvir. Também tem uma promessa feminina que acredito muito, a Paula Fernandes, que está no nosso escritório. Tem uma voz linda, canta demais, tem tudo para estourar, mas não sei dizer como será o futuro, porque o sucesso hoje é muito passageiro. Parece que o povo enjoa logo e já quer novidade. Eu sou do tempo em que os fãs acompanham a carreira do artista entra ano, sai ano. Agora é um negócio de doido, parece música descartável. Talvez por isso, pelo excesso de produtos, muitos talentos acabam se perdendo e não conseguem durar o tanto que merecem, mas eu apostaria nesses que falei.

 

US: A grande maioria das duplas novas baseia seus trabalhos em regravações, principalmente de músicas dos anos 1990. Isso não é um indício que depois de vocês, ficou um espaço em aberto que ninguém conseguiu preencher? Suas regravações mais antigas nesse seu novo DVD devem-se ao fato de você ter percebido esse interesse por parte do público?

L: Esta pergunta é muito interessante. Acho que isto significa que as duplas daquela época, Leandro e Leonardo, Zezé e Luciano, Chitão e Chorou e outros mais, têm um repertório muito bom, e para o público jovem estas músicas são inéditas. Imagina só a briga que é hoje para encontrar uma música boa, com tantos artistas novos? É mais fácil pegar uma música já testada, dar uma cara nova e trabalhar. Isso, para nós, é um grande elogio e eu fico feliz que o povo regrava as minhas músicas.

Eu iria regravar alguns sucessos antigos de Leandro e Leonardo de todo jeito, porque a nossa primeira idéia era fazer uma homenagem ao Leandro que teria o nome de “10 Anos de Saudade”. Depois eu desisti porque achei que as pessoas iriam achar que era um oportunismo meu. Mas fiquei com vontade de regravar algumas músicas, então nós fizemos uma pesquisa através do meu site e pedimos que os fãs indicassem quais músicas eles queriam que eu cantasse nesse novo projeto. Foram uma surpresa para mim as músicas que foram escolhidas. O povo lembrou de músicas que nós nem trabalhamos, é sinal que é fã mesmo e conhece o nosso trabalho. E claro que quando você regrava, tem que atualizar os arranjos. Eu dei uma modernizada, mas mantive as características dos arranjos originais de Lenadro e Leonardo, como os metais, que ninguém mais usa e eu não dispenso.

 

US: Você tem um projeto artístico além da música?

L: Olha, eu não tenho não. O povo que trabalha comigo vive inventando umas coisas diferentes para eu fazer, mas acho que cada macaco no seu galho. Eu sei cantar, não sou ator. Mas no futuro, quem sabe? O Daniel, por exemplo, está mandando muito bem como peão violeiro da novela “Paraíso”. Mas acho que eu não daria conta, não. Só se fosse um filme sobre Leandro e Leonardo, desde que eu não tenha que ser o ator.

 

US: -Você é um dos poucos artistas que ainda possui fã-clubes bastante numerosos e muito ativos, que vivem trocando informações, discutindo sua carreira e até sua vida pessoal. Qual sua relação com suas fãs e o que você pode deixar de recado para elas?

L: O que vou dizer para essas fãs maravilhosas? Depois de tantos anos de carreira, são 25 já, ter pessoas que ainda se interessam por você e pelo seu trabalho é uma alegria muito grande. Só tenho que agradecer por tanto carinho e dedicação e espero poder retribuir pelo menos um pouco de tudo que recebo delas. Meu povo, eu amo vocês e se depender de mim, vou ficar velhinho cantando para vocês. Isso se vocês me agüentarem até lá, claro.Fiquem com Deus. Um super beijo do Leo para vocês.

 

Fonte: Universo Sertanejo

Nasi, Ex-vocalista do Ira, vai gravar primeiro DVD solo em setembro

O emblemático Nasi, ex-vocalista do Ira!, revelou em recente entrevista ao site da MTV que está preparando seu primeiro DVD solo e que as gravações acontecerão ainda no mês de setembro.

De acordo com o próprio cantor, o vídeo deve sair de forma independente logo após o carnaval de 2010 e talvez ganhe uma versão em CD a ser lançada no mesmo período.

"O DVD vai dar um panorama sobre toda a minha carreira, e também das coisas mais diversas que eu gosto na música", comentou o cantor, que ainda afirmou que não vai gravar músicas mais antigas de sua ex-banda.

A explicação para isso foi dada pelo próprio Nasi, que afirmou que os trabalhos revisionistas lançados pelo Ira! na última década são mais do que suficientes para cobrir toda a carreira passada da banda. Porém, ele não exclui a possibilidade de regravar faixas como Tarde Vazia e Por Amor.

Confirmadas no repertório estão os covers Rockxixe (do mago Raul Seixas) e O Tempo não Para (de Cazuza), duas faixas inéditas e mais uma versão para a música Verdades e Mentiras, gravada em 1984 por sua primeira banda, os Voluntários da Pátria.

Nasi ainda comentou que haverão algumas participações de nomes como Eddie, Picassos Falsos e de uma vocalista para a regravação da canção Por Amor , regravada pelo Ira! no Acústico MTV.

 

Fonte: Virgula Musica

Daniela Mercury grava parceria com Wyclef Jean, ex-Fugees

A cantora baiana Daniela Mercury gravou uma parceria com o rapper norte-americano Wyclef Jean, famoso por seu trabalho de produção com outros astros do hip hop e por ser integrante do cultuado Fugees.

O ex-parceiro da diva Lauryn Hill gravou com a cantora brasileira a faixa Life Is Beatiful, que une o tradicional clima samba-reggae da obra de Daniela com uma batida de R&B produzida por Wyclef.

A faixa será lançada no álbum Canibália, que chega às lojas ainda em setembro com cinco capas diferentes, o que servirá como estímulo para a compra do disco nesses tempos tão difíceis para o mercado fonográfico nacional.

"Canibália é a celebração da nossa mestiçagem. É um manifesto de afeto. Um convite a livre fruição da arte", declarou Daniela em comunicado oficial à imprensa. "Uma homenagem a criadores e criaturas. Nasci canibalista, exacerbadamente antropofágica, sem pudor de misturar tradição e invenção."

 

Fonte: Virgula Música

Alcione fala sobre Acesa, 34º álbum de estúdio, que mistura samba e baladas

Alcione tem em sua voz e em seu carisma os ingredientes essenciais de sua sonoridade, que varia entre o suingue do samba e a autoridade de quem canta sobre amor e desilusão como poucas. Em seu 34º álbum de estúdio, Acesa, que chega às lojas em agosto pela Sony Music, a cantora transita com naturalidade entre o batuque e faixas românticas, em um trabalho que reúne 14 canções reunidas pela cantora ao longo dos anos.

“Muitas dessas faixas eu já tinha escolhido e guardado para quando houvesse outra oportunidade. A faixa-título, por exemplo, já tinha sido selecionada para o CD anterior, mas não deu para gravá-la na época”, contou a cantora, também conhecida como "Marrom".

A abordagem mais voltada para o samba, segundo ela, não poderia ter sido mais acertada. “O samba sempre dá certo. Ele sempre está aí, atraindo quem gosta de música brasileira, que sabe que o nosso som é um dos melhores do mundo”, contou ela, esbanjando simpatia na hora de falar sobre o processo de criação de seu novo álbum.

“Nós chutamos o balde mesmo. Tivemos muita dedicação para escolher entre 50, 40 músicas e esticamos as madrugadas para dar conta de tudo”, explicou.

De acordo com Alcione, as novas músicas possuem letras um pouco mais ousadas, seguindo tendência de seus últimos discos. “No meu CD anterior [Uma Nova Paixão, de 2005] , eu falo ‘não posso dar mole/senão você créu’ [em Meu Ébano], algo que antes não teria coragem de cantar”, conta.

"Os homens acham que nós não falamos essas coisas, sabe? Mas nesse álbum eu estou tranquila para fazer o que quero. Sempre tive liberdade, claro, mas agora me sinto mais segura.”

Na novela das oito

Uma das músicas de Acesa, Eu Vou Pra Lapa, escrita por Telma Tavares em parceria com o baiano Roque Ferreira, já está fazendo sucesso antes mesmo de o disco sair. A faixa está na trilha sonora da novela Caminho das Índias, da rede Globo.

“A produtora da novela encomendou que eu interpretasse uma música para o núcleo da Lapa da novela. Quando vi essa música, sabia que era perfeita para simbolizar os diferentes estilos presentes nessa localidade, tão rica musicalmente”, afirmou ela, que fez uma participação especial em um dos episódios da novela cantando em uma roda de gafieira.

Com o disco lançado, Alcione se prepara para se apresentar em Portugal na próxima segunda-feira (24) e, após uma rápida passagem pelos EUA, pretende começar a turnê de seu novo álbum. Segundo ela, já está confirmada uma apresentação no Canecão, no Rio de Janeiro, em dezembro, e São Paulo deve ganhar datas nas próximas semanas.

Por enquanto, ainda não há prazos para novos projetos. Mas, quando vierem, uma coisa é certa: “Não posso sair do samba. Sou Mangueira desde sempre, né?”, diverte-se a cantora.

 

Fonte: Vírgula Música

Os Mutantes em escuta

 
Os Mutantes disponibilizaram no site da Stereogum o tema 'Anagrama', a segunda amostra para o seu primeiro disco em 35 anos, "Haih Or Amortecedor" (capa na foto).

Para ouvir o tema basta seguir este link. 'Anagrama' foi escrito por Sérgio Dias em parceria com Tom Zé e dá o protagonismo vocal a Bia Mendes, membro da nova formação da banda. Há uns meses, o Stereogum já tinha estreado um outro tema chamado 'Teclar', interpretado por Sérgio Dias, um dos dois membros fundadores d'Os Mutantes, que ainda estão no grupo (o outro é o baterista Dinho Leme). Para ouvir 'Teclar' basta clicar aqui.

"Haih Or Amortecedor" tem edição marcada para o dia 8 de Setembro nos Estados Unidos, com o carimbo da Anti-Records.

 

Fonte: Cotonete

"Usamos a internet a nosso favor", diz tecladista do Skank sobre prêmio por ações de distribuição de música

Juliana Coutinho/Divulgação

Skank leva troféu de melhor videoclipe e iniciativa no Prêmio Multishow (18/08/2009)

 

Foi por causa de uma webradio, de participação em programas na internet e interação online com os fãs, entre outros projetos, que o Skank levou, na última terça-feira (19), o troféu "Iniciativa" no Prêmio Multishow 2009. A categoria, nova na premiação, contabiliza os votos de um júri especializado para escolher o artista que merece reconhecimento às ações de distribuição de música em novas mídias, como o celular e a internet.

Para o tecladista Henrique Portugal, o prêmio representa a busca da indústria fonográfica pelas formas alternativas de promover e comercializar música. "Ainda não existe uma solução pronta para a melhor forma de se comunicar com o público. Todas as gravadoras, sites e lojas virtuais ainda estão testando. A internet mudou tudo. Essa é a grande interrogação", disse o músico ao UOL.

Assista Skank ao vivo no UOL Megashow
Ouça os discos do Skank na Rádio UOL
Samuel Rosa ensina a tocar "Sutilmente"
Visite o site oficial do Skank

Na premiação, Regina Casé, que entregou o troféu ao grupo, lembrou que o Skank foi pioneiro ao lançar em seu site oficial uma webradio com canções escolhidas pelos internautas. A banda também foi a primeira a participar do Megashow, programa musical exclusivo do UOL, gravado com nomes de destaque do cenário pop nacional.

Também junto ao UOL, promoveu uma videoaula para ensinar os fãs a tocarem no violão a música "Sutilmente". "Há anos o internauta pode comprar aquelas revistinhas de cifras, mas por que não usarmos o site para fazer essa representação de como tocar a música? E por que não o próprio artista ensiná-la? A gente fala que é uma versão tupiniquim do jogo 'Guitar Hero'", brinca Henrique.

Além de ter sido a primeira a lançar aplicatico para iPhone, a banda criou também um canal de notícias por celular e um projeto --o "Vote no Bis"-- para que o público escolhesse, durante os shows da turnê "Estandarte", as músicas tocadas no fim da apresentação. "Isso deu uma movimentação diferente às nossas apresentações", conta.

O tecladista diz também que a internet e a comunicação direta com os fãs já ajudou o Skank em diversos aspectos. "A tecnologia é muito rápida, para o bem ou para o mal. Não dá para negar que a web prejudicou muitos artistas com pirataria, mas em compensação é uma grande aliada e já nos ajudou desde a seleção do álbum ao vivo em Ouro Preto até a escolha do novo single".

Segundo Henrique, a banda quer ter a tecnologia como uma ferramenta aliada. "Acho que o mais importante é não tornar-se escravo ou engessado. Não acho que postar no Twitter 24 horas seja a melhor forma, por exemplo. O ideal é escrever o que realmente é interessante. Queremos usar a internet a nosso favor".

A banda, líder em indicações no Prêmio Multishow, levou também o título de melhor videoclipe por "Ainda Gosto Dela", eleito por votação do público.

 

Fonte: UOL Música

Marisa Monte e Seu Jorge ganham como melhores cantores no Prêmio Multishow de Música Brasileira

 

Marisa Monte recebe seu prêmio

 

A cantora Marisa Monte e o cantor Seu Jorge foram os artistas que receberam dois dos prêmios mais cobiçados na noite desta terça-feira, 18, na entrega do Prêmio Multishow de Música Brasileira. Marisa levou para casa o troféu na categoria Melhor Cantora e também Melhor DVD pelo lançamento de “Infinito Ao Seu Redor”. Seu Jorge levou para casa o troféu de Melhor Cantor.

A banda Skank também recebeu dois troféus: Melhor Videoclipe, por “Ainda Gosto Dela”, e na categoria Iniciativa. A homenageada deste ano foi a cantora Rita Lee, que recebeu o prêmio das mãos de sua neta, Izabella, de 3 anos. Antes da entrega um vídeo com imagens da cantora desde a infância, passando pelos Mutantes e em carreira solo, com narração de seu filho Beto Lee, foi exibido no telão.

Abaixo as lista dos ganhadores da 16ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira:

Melhor DVD
Marisa Monte

Melhor Instrumentista
Débora Teicher (Scracho)

Melhor Show
Capital Inicial

Revelação
Banda Cine

Melhor Clipe
Skank (Ainda Gosto Dela)

Melhor CD
Agora - NX Zero

Prêmio TVZé
Ivete Sangalo - Dalila (Kadu Gauer)

Melhor Música
Amado - Vanessa da Mata

Iniciativa
Skank

Melhor Cantor
Seu Jorge

Melhor Cantora
Marisa Monte

Melhor Grupo
Fresno

 

 

Fonte: Território da Música

Ivete Sangalo será heroína de desenhos animados

Ivete Sangalo será heroína de desenhos animados

 

 

Ivete Sangalo vira desenho animado
 

Cantora vai trocar o microfone por um bastão em «Ivete Stellar e a Pedra da Luz»

 

Ivete Sangalo vai ser a protagonista de desenhos animados em 3D. A baiana publicou esta segunda-feira, dia 17, no seu Twitter um link que dá acesso ao trailer daquilo que será o filme.

 

«Ivete Stellar e a Pedra da Luz» foi o nome escolhido para a história de uma cantora que luta para restaurar a alegria no universo, tendo de lutar conta um imperador maligno. Ivete Sangalo vai ter, então, de substituir o microfone por um bastão.

Ainda sem data prevista de estreia, sabe-se já que o filme se encontra em fase de produção e captação. Foi também divulgado pelo site brasileiro Ego que os desenho animados contam com Renato Barreto como realizador e estão a ser produzidos pela Cacoemotion.
 

 

Fonte: IOL Música

Ney Matogrosso finalizando novo álbum de estúdio

 

O cantor Ney Matogrosso está em estúdio finalizando as gravações de seu novo álbum. A informação foi divulgada pela gravadora EMI Music através da conta no Twitter. Não foram dados detalhes sobre este novo trabalho, mas a previsão é que o álbum esteja nas lojas no início de outubro.

No final do mês passado Ney Matogrosso foi anunciado como o vencedor do Prêmio Shell de Música Brasileira. Este foi o segundo ano que um intérprete é o ganhador do prêmio. A entrega será em um show no Rio de Janeiro em data ainda não anunciada.

 

Fonte: Território da Música

Os Titãs abrem baú de imagens

Filme com gravações amadoras conta história da banda

 

 

A história dos Titãs é contada no cinema de maneira muito peculiar. O filme A vida até parece uma festa, dirigido por Oscar Rodrigues Alves, parte de um rico acervo de gravações amadoras feitas pelo vocalista Branco Mello.

Com a intimidade de ser um dos rapazes, a câmera de Branco está ligada desde a década de 80 registrando a intimidade, a estrada, as reuniões e as inúmeras viagens. Entre registros em VHS, Super 8 e Mini DV, foram mais de 200 horas de material que serviram de matéria prima para o roteiro amarrado por Branco e Oscar. Depois de uma curta passagem pelas salas de cinema, o divertido filme ganha edição em DVD pela Warner Music com direito a extras com cenas excluídas e alguns clips na íntegra.

Ao longo de 95 minutos a câmera de Branco mostra uma banda em mutação. Em um dos trechos mais surpreendentes a banda aparece em 1982 no lendário Teatro Lira Paulistana tocando uma pré-versão de Bichos escrotos que fica em alguma prateleira entre a vanguarda e os Mamonas Assassinas; corte para o estúdio onde a banda grava o clássico LP Jesus não tem dentes no país dos banguelas vestindo roupas de um rock pesado . Outra divertida surpresa mostra os primeiros programas de auditório, passando desde o já clássico Chacrinha até as bizarrices de Gugu Liberato.

Entre clips, histórias engraçadas, cenas de bastidores e piadas internas as imagens caseiras trazem o dia-a-dia de uma banda de rock. A vida acontece entre aeroportos, palcos e camarins improvisados. Passa o grande sucesso comercial do Acústico e as reuniões para decidir o título de um álbum. Mas nem só de festa vive o filme dos Titãs. O roteiro também toca com coragem por assuntos delicados, como a prisão de integrantes da banda e a morte do guitarrista Marcelo Frommer. A saída de Nando Reis e Arnaldo Antunes também é encarada com sinceridade pela banda.

A vida até parece uma festa narra a história de uma maneira peculiar. Auto-biografia visual enriquecida com o baú de imagens da banda, conta a saga dos Titãs. Mas mostra, além de tudo, a história de um grupo de amigos. Fazer parte de uma banda de rock é o sonho de diversos meninos, mas esses oito meninos transformaram a fantasia em realidade.

 

 

Fonte: ZiriGuidum

Esqueceram o samba reggae?

Esqueceram o samba reggae?

A música baiana é conhecida por sua grande mistura, criando ritmos que encantam brasileiros e estrangeiros. Com tanta variedade, às vezes algumas importantes vertentes parecem ficar esquecidas durante a renovação, como pode estar acontecendo com o samba reggae.

Mais que um ritmo, o samba reggae trouxe uma reinvenção da música. O estilo diferenciava-se do reggae convencional, que baseava-se no baixo e guitarra, apresentando agora a harmonia entre instrumentos como taróis, repiques e tambores. As letras das musicas encantavam ao mesmo tempo em que conscientizavam e chamavam a atenção da população sobre as questões referentes ao negro.

Com uma forte influência do movimento rastafári, tem Bob Marley como seu principal ícone, o samba reggae tornou-se uma das maiores formas de expressão da negritude, mostrando para as pessoas através de sua música a beleza do negro, sua luta na sociedade durante a história, sua cultura, entre outros aspectos.

A musicalidade negra ganhou as ruas e passou a ser ouvida por todos através de entidades como Ilê Aiyê, Malê Debalê, Olodum, Ara Ketu, Badauê, Afreketê, Mundo Negro, importantes organizações culturais atuantes no movimento negro e nomes como Gilberto Gil. Posteriormente artistas como Margareth Menezes e Daniela Mercury também tornaram-se grandes aliadas e junto aos nomes citados entre outro fortes nomes da música afro, mantêm viva a energia do samba reggae, que tem em sua história musical incontáveis clássicos que narram a beleza e luta negra.

Hoje parece que a história é meio esquecida e no meio da música o samba reggae não é encontrado com muita facilidade nos repertórios de muitas bandas, principalmente nas que fazem parte da chamada “renovação do axé”. A beleza dos tambores e repiques antes acentuados, agora não é escutada com tanta clareza e as músicas tocadas nos show normalmente limitam-se aos sucessos atuais.

Será que a essência deste fenômeno chamado samba reggae – dono de uma história muito mais vasta que o resumo apresentado neste texto – não merece um reconhecimento maior? Falta atualmente a ela um lugar de destaque nos repertório, que com o passar do tempo podem tornar-se monótonos e sem conteúdo histórico.

Salve Daniela Mercury, Margareth, grupos afros e as demais bandas e artistas que ainda valorizam o samba reggae!

 

Fonte: Axezeiro

Simone volta com grande trabalho

   Em Na veia cantora junta boa safra de inéditas e revela compositor Paulo Padilha

 

Depois de interpretar inéditas de Ivan Lins e de rodar o país ao lado de Zélia Duncan com o show/CD/DVD Amigo é casa, Simone volta com um novo trabalho de carreira. Em Na veia, CD lançado pela Biscoito Fino, a cantora baiana visita seu leque de autores queridos e acerta ao revelar o paulistano Paulo Padilha. Com bom repertório de tom animado, o CD traz apenas quatro releituras.

Simone tem discografia irregular. No final da década de 70 a cantora lançou três trabalhos antológicos. Durante a década de 80 patinou no brega com repertório popularesco e arranjos pausterizados que marcaram sua voz. Desde a segunda metade da década de 90 Simone vem tentando recuperar o prestígio inicial, nem sempre com bons resultados.

Na veia, o novo CD, é desses bons títulos da discografia recente de Simone. Para encontrar esse resultado ela se uniu ao baixista e produtor Rodolfo Stroeter. O resultado é um disco ao mesmo tempo popular (no bom sentido) e cheio de classe. Até mesmo a inclusão de uma releitura de um samba de Agepê é tratado como resgate cult. Simone encerra o disco valorizando o hit Deixa eu te amar, que projetou o cantor na década de 70.

Da mesma época Simone volta ao politizado Gonzaguinha com a deliciosa Geraldinos e Arquibaldos. Depois de recentes releituras da cantora Célia e do grupo As Chicas, Simone mostra que a música tem muita força e sedução, uma das obras-primas do compositor. Outro grande clássico vem da obra de Paulinho da Viola, com o samba Ame. Simone mostra ótima versão, mas não chega perto da leitura apoteótica de Leila Pinheiro no álbum Mais coisas do Brasil ao vivo, de 2001.

O CD joga nova luz sobre o talentoso compositor paulistano Paulo Padilha, que lançou seu primeiro disco em 2006. Desse ótimo Samba deslocado descolado samba Simone escolheu a faixa Love para abrir seu novo trabalho e acertou. Pouco antes Paulo Padilha também foi gravado por Marcos Sacramento com Dia santo também comprovando a boa fase do compositor. Outra surpresa é que Simone, pela primeira vez, mostra uma composição própria feita em 1973 em parceria com Hermínio Bello de Carvalho e só agora gravada: Vale a pena tentar.

O novo repertório de Simone é formado de boa coleção de inéditas como Pagando pra ver, parceria de Abel Silva e Nonato Luís vestida com balanço pop contagiante. Martinho da Vila traz o samba Na minha veia, irresistível parceria com Zé Catimba que batizou o disco. O baixista Dé Palmeira comparece com duas novidades: Bem pra você é uma charmosa balada composta com Marina Lima e Certas noites, com Adriana Calcanhoto, que tem clima sensual. Adriana volta ao final do disco com Definição da moça com letra de Ferreira Gullar. Simone também ganha em dobro músicas de Erasmo Carlos que assina sozinho Migalhas e divide com Marcos Valle Hóstia.

Na veia é boa surpresa. Simone acerta na bem temperada receita, nas releituras e na coleção de inéditas. Bom momento que comprova que a cantora, sem querer se reinventar, ainda mantém a mão dos bons trabalhos. Para toda uma geração que conheceu Simone apenas com o repertório da década de 80 apagar qualquer má impressão. 

 

 

Fonte:ZiriGuidum

Pitty lança seu novo trabalho

"Que pena que acabou, vocês são pessoas ótimas, adorei. Um dia a gente se encontra em uma mesa de bar!"

Foi assim, à vontade, que a cantora Pitty despediu-se de Gabriela Leme, 15, Lara Morais, 19, Mayara de Carvalho, 16, e Tainá Machado, 15.

A descontração marcou a conversa entre a artista baiana e o quarteto de integrantes do grupo de apoio do Folhateen. O encontro rolou em um bar escolhido pela artista, na rua Augusta, em São Paulo.

Além da carreira de Pitty e de seu terceiro álbum de estúdio, "Chiaroscuro", que chegou às lojas neste mês, foram tema da entrevista adolescência, medo e traição. Confira trechos.

Mayara - Como você escolheu o nome do disco?

Pitty - Durante a produção do álbum alguém falou sobre "chiaroscuro". Fui pesquisar e descobri que existe uma tradução literal, que é o claro e o escuro, mas há outras nuances também --é uma técnica de pintura que tem a ver com o uso de luz e de ausência de luz. Achei que tinha a ver com o som que a gente estava fazendo.

Tainá - As letras falam bastante de sentimento. Dá a impressão de que o CD é reflexo do seu momento.

Pitty - É o retrato de um momento, é bem pontual. O que eu era alguns anos atrás não é o que sou hoje, embora eu seja a mesma pessoa. É a mesma, mas é outra, sabe? É meio doido. Acontece com todo mundo.

Gabriela - Então suas letras são todas autobiográficas?

Pitty - Eu não diria autobiográficas. São pessoais. Não contam uma história que aconteceu comigo de fato, às vezes é minha visão de alguma coisa que aconteceu com outra pessoa. Gosto de escrever para descobrir alguma coisa sobre mim.

Gabriela - Antes de você descobrir que ia ser cantora, já escrevia?

Pitty - Eu tinha diário, lá pelos oito anos. Aquele de chavinha e tudo. Um monte de coisa besta escrita, mas que para mim era a coisa mais importante do mundo. "Ai, o menino da escola olhou para mim hoje." Encontrei na banda a oportunidade de escoar meus escritos.

Lara - Seus álbuns são totalmente diferentes entre si.

Pitty - As pessoas que evoluíram com a gente entenderam o processo. Senti que a gente começou a falar para uma galera que tem mais bagagem musical. Você faz a sua parada, ela vai para o mundo e as pessoas gostam ou não gostam. Mas, se eu pudesse escolher o público que vou ter, seriam as pessoas que gostam do que eu faço porque o compreendem.

Gabriela - Tem uma música no disco novo que fala sobre medo [não por acaso, chamada "Medo"]. Queria que você falasse dos seus.

Pitty - Quando eu era mais nova, com a idade de vocês, eu saía na rua às 4h da manhã, pedia carona... não tinha medo de nada. Hoje, olho para trás e falo: "Você era louca!" Talvez eu fosse inocente. Leio o jornal e vejo gente morrendo por nada. A nossa vida não vale nada...

Lara - Às vezes vale um tênis.

Pitty - Exatamente! E tenho medo da velhice. Não de ficar velha, mas de isso ser um elemento limitador, fisicamente. Não ter mais a mesma energia.

Lara - Você acha que a mulher de 30 é mais legal que a de 18?

Pitty - Nesse caso eu falo por mim mesma. Estou numa fase massa fisicamente e, ao mesmo tempo, numa fase massa de cabeça. Não há toda aquela insegurança da adolescência. Estou no auge. Tenho que aproveitar.

Gabriela - Na adolescência você se sentia meio diferente?

Pitty - Sim. Eu não gostava da mesma coisa que os outros. Eu morava em um lugar em que todo mundo gostava de axé, mas eu gostava de rock. Depois de um tempo, me acostumei.

Gabriela - Você costuma sair?

Pitty - Depende do lugar. Procuro não deixar de fazer nada. Nos lugares a que vou a galera é tranquila, ninguém me enche o saco. Vou fazer o quê, ficar trancada em casa?

Gabriela - Vi uma entrevista sua sobre traição e você deu um depoimento de que, se fosse traída, ia querer saber e...

Pitty - Para mim, traição não é seu parceiro ter vontades e desejos, porque todo mundo tem. Traição é eu não saber das coisas que acontecem com ele. Se tiver que acontecer alguma coisa --não é que eu queira--, eu gostaria de ser cúmplice. Saber o que está acontecendo, resolver juntos. Isso é cumplicidade.

Gabriela - É um conceito legal, mas, na prática, não funciona...

Pitty - Nem a fidelidade!

Gabriela - Mas é meio difícil encontrar alguém que abra o jogo...

Pitty - É muito difícil para quem fala e para quem ouve. Quem está preparado? Alguma de nós está? Não sei se eu estou. Vou tentando me preparar.

 

Fonte: Folha Online

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