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Música do Brasil

Música do Brasil

Ivete Sangalo prepara novo DVD para março

Novo DVD de Ivete Sangalo será gravado em clima intimista

Novo DVD de Ivete Sangalo será gravado em clima intimista
 

O novo DVD de Ivete Sangalo, Pode Entrar, deve ser lançado em março. Gravado no estúdio instalado na casa da cantora, o DVD reunirá artistas e amigos em gravações mais intimistas.

 

Segundo Ivete, o DVD está em fase de finalização das imagens, já que serão utilizadas várias tomadas em diferentes situações. "Ele traz momentos íntimos e queremos lançar em outro formato".

Já em relação ao projeto de gravar um DVD no Madison Square Garden, nos Estados Unidos, será adiado. "Estamos no meio de uma crise. Não seria justo que a comunidade brasileira se visse obrigada a ir num show de um artista brasileiro num momento desses", afirmou ela.

 

Fonte: Terra Música

Alexandre Pires chega hoje a Portugal

DR 

 

O CD/DVD Em Casa ao Vivo, que marca o regresso do cantor dos Só Pra Contrariar, já está no Top de vendas no Brasil e o artista promete mostrá-lo por cá, no Coliseu de Lisboa (23 Abril), no Pavilhão Rosa Mota, no Porto (24 Abril) e a 5 Julho, no Delta Tejo.
 

Porquê Em Casa ao Vivo?

O título nasceu porque gravámos este DVD na minha cidade natal em Uberlândia, a 8 Jan. 2008. Era um desejo que eu tinha também de gravar este projecto na minha cidade, por ser tão especial, onde canto temas da minha trajectória musical, desde o inicio dos Só Pra Contrariar, até às músicas mais actuais.

Foi um momento especial, gravar na sua cidade natal, no dia dos seus anos?

Foi uma noite muito mágica, que teve mais de 150 pessoas envolvidas. Foi um sonho realizado, no dia do meu aniversário. Foi um grande presente que recebi, até pelo calor do público. Estamos a viajar pelo Brasil todo e o público está a gostar muito do DVD. Em 2008, parámos com os trabalhos internacionais e começámos a dedicar-nos exclusivamente a este projecto e ao Brasil.

Este já era um projecto que queria fazer ou sem a Ivete Sangalo não teria acontecido?

Em 2007, comecei a desenvolver o projecto e a pôr tudo no papel. Na altura estava a conversar na Internet com a Ivete sobre trabalho e ela curtiu muito. Ali começou uma parceria totalmente espontânea. Ela deu muitas ideias e indicou vários profissionais. Convidei-a para participar no projecto. Foi muito bom, porque além de uma grande amiga há 12 anos é uma pessoa muito querida com óptimas ideias. Acabou por dar muito certo, mesmo a participação dela a cantar.

O projecto ficou mais especial pelos artistas que convidou?

Quando se participa em alguma coisa, tem que haver uma verdade, um carinho e foi o que aconteceu com todos: Daniel, Alcione, Revelação, Perlla, Yola Araújo e Anselmo Ralph. São além de amigos, participações mais do que especiais.

E o resultado ficou exactamente o que esperava?

Superou as minhas expectativas. O DVD é um projecto mais complexo do que um CD, pela parte visual, cenografia, iluminação. Tudo isso tem de andar de mão dada com a música. Ensaiámos bastante e o resultado final agradou-me muito. E você também fica feliz quando o público também está feliz.

Esperam ter em, Portugal o sucesso que teve no Brasil?

O público português é maravilhoso. Tenho óptimas lembranças de todas as vezes que fui a Portugal. Foram sempre espectáculos maravilhosos. É um povo por quem os brasileiros têm uma grande admiração. É um sonho atravessar o oceano e chegar a outro país e as pessoas conhecerem a sua música. Sempre nos receberam de braços abertos. E estamos aí em Abril e tenho a certeza que vai ser maravilhoso, como das outras vezes.

 

Fonte: Destak

A nova "ciranda"

 

O novo álbum do cantor e compositor Alceu Valença, "Ciranda Mourisca", reúne obras desconhecidas do artista pernambucano, muitas delas com timbres acústicos e influência do Oriente. Com doze faixas autorais, o CD marca a estréia do cantor na gravadora Biscoito Fino. Alceu pesquisou temas gravados ao longo de seus 35 anos de carreira: "Busquei um conceito sonoro e poético, de uma maneira leve e transparente. Pesquisei minha discografia e descobri que várias canções haviam passado despercebidas na época em que foram lançadas. São músicas consideradas Lado B, que não chegaram a tocar no rádio", explica. As "velhas" canções do álbum são: "Pétalas", "Amor que vai" e "Maracajá" (todas do disco "Maracatu, Batuques e Ladeiras", de 1994); "Dia Branco", "Molhado de Suor", "Mensageira dos Anjos" e "Dente de Oriente" (do LP "Molhado de Suor", de 1974); "Chuva de Cajus" e "Sino de Ouro" (de "Estação da Luz", de 1985); "Íris" (presente no álbum "Leque Moleque", de 87); "Loa de Lisboa" ("Andar, Andar", de 1990); e finalmente "Parti da Ciranda da Rosa Vermelha", única inédita na voz do cantor. A composição foi gravada originalmente por Elba Ramalho.

 

Fonte: Sucesso

Cansei de Ser Sexy tem remix para download gratuito

A banda brasileira Cansei de Ser Sexy, conhecida pelas iniciais CSS, disponibilizou para download gratuito no MySpace a versão remixada de uma faixa da banda canadense Chromeo.

 

CSS (foto) remixou "Fancy Footwork" e a disponibilizou para download gratuito

CSS (foto) remixou "Fancy Footwork" e a disponibilizou para download gratuito

 

Trata-se de "Fancy Footwork", que vem acompanhada de um vídeo que também pode ser visto na página.

O clipe mostra a criação de um tênis que terminam se transformando em monstros.

Clique aqui para assistir ao vídeo. No final da página é possível baixar a nova versão brasileira de "Fancy Footwork".

 

Fonte: Folha Online

Ana Carolina grava canção de Martinho da Vila

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Ana Carolina regravou o samba Filosofia de Vida, de Martinho da Vila, com aval do compositor.

A versão vai ser trilha do documentário batizado com o nome do samba, que está no CD e DVD lançado em 2008, O Pequeno Burguês.

O filme trará a historia de Martinho da Vila e terá direção musical de Marco Mazzola, produtor dos últimos álbuns do sambista.
 

 

Fonte: Virgula Música

Calypso lança álbum com participação da filha de Joelma e Chimbinha

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Para comemorar seus 10 anos, a banda Calypso vai lançar novo álbum com a participação especial da filha de Joelma e Chimbinha, Yasmin. A menina, de quatro anos, canta Luz de Deus ao lado da mãe, no projeto que chega às lojas em março.

Além de Yasmin, o álbum também traz os compositores românticos Edu Luppa e Marquinhos Maraial, e os levantadores de toadas dos bois Caprichoso e Garantido do Festival de Parintins. O nome do CD ainda será decidido por Chimbinha nesta semana.

 

Fonte: Virgula Música

Victor & Leo lançam álbum em espanhol

A dupla Victor & Leo atravessa fronteiras com um novo lançamento. Após o imenso sucesso no Brasil, a dupla estreou no mercado fonográfico latino com uma compilação de grandes sucessos cantados em espanhol.

“Nada es Normal” foi lançado em outubro do ano passado no México e em breve estará disponível também em edição nacional. Além do CD, o lançamento traz um DVD com um curta-metragem com trechos de shows, videoclipes e uma galeria de fotos.

Confira abaixo o repertório:

CD
01. Recuerdos de amor
02. Amigo apasionado
03. Nada es normal
04. Sigo extrañandote
05. Fotos
06. Nada
07. Eres tú
08. Nueva York
09. Mariposas
10. Sabías

DVD
01. Victor & Leo cortometraje
02. Nada es normal
03. Nada es normal - En vivo
04. Nada es normal - Casa de campo
05. Fotogaleria

 

 

Fonte: Canal Pop

Alceu Valença revisita própria obra

 
Compositor retoma músicas menos conhecidas e imprime cores orientais

 

Alceu Valença de leve, sem o forró na guitarra e nem seu baião tropicalista. Em seu novo CD o compositor emoldura em arranjos acústicos algumas músicas de seu "lado b". Ao mesmo tempo em que joga holofotes sobre canções menos conhecidas, busca novidade trazendo a elas um certo ar oriental. Essa é o clima que imprime em Ciranda mourisca, primeiro trabalho do artista pela Biscoito Fino.

A idéia nasceu a partir de Ciranda da rosa vermelha, hit com Elba Ramalho mas até então inédita com o compositor. Daí o cantor passou em revisão sua discografia, escolhendo músicas que não foram parar nas rádios e nem nas coletâneas. "As flores voam e voltam noutra estação", justifica em Pétalas, original do CD Maracatu, batuques e ladeiras, de 1994. Desse trabalho Alceu resgata também as músicas Amor que vai e Maracujá.

Alceu brilha em Sina de ouro que, assim como Chuva de cajus, foi pescado do LP Estação da luz, lançado em 1985. O olhar é amplo, e Alceu revê sua carreira voltando a seu primeiro LP individual , Molhado de suor (1974), de onde vem Dia branco, Molhado de suor, Mensageira dos anjos e Dente de oriente. Originalmente registrada em Leque moleque, de 1987, Alceu retoma Íris.

O clima "mourisco" das cirandas de Alceu aparece pelo timbre dos violões que o artista divide com Paulo Rafael, seu parceiro no palco desde 1975. O disco também tem força caprichada na percussão, dividida entre os músicos Edwin de Olinda e Jean Dumas que misturam o caxixi africano, o triangulo nordestino e tabla indiana. "Busquei uma harmonização instrumental leve, com violas que remetem à música moura, ao Nordeste Ibérico", explica Alceu no release. "Cirandas são aboios litorâneos, é a música de beira de praia", compara o compositor que nessa viagem ainda inclui paisagens portuguesas em Loa de Lisboa.

Ciranda mourisca é, em princípio, um trabalho de intérprete. Buscando repertório em sua própria obra, Alceu Valença se reinventa em novas roupagens. Compositor de rica inspiração, seu imenso leque de canções tem importância suficiente para permitir esse tipo de projeto. Pegando o caminho do Oriente, Alceu cantor revisita Alceu autor em um CD renovado, soando como novidade.

 

Fonte: ZiriGuidum

Mallu Magalhães em entrevista!

É “linda e cheia de graça”. Se não morasse em São Paulo, muitos confundi-la-iam com a mítica Garota de Ipanema, imortalizada no clássico de Tom Jobim, tal é a sua capacidade e vontade de fazer o mundo sorrir… Dona de uma fragilidade espontânea e duma voz meiga que já «arrasou» um dos maiores países do mundo, Mallu Magalhães rumou, na semana passada, a um Portugal frio e chuvoso, para duas breves actuações TMN. O Palco Principal não podia deixar de marcar presença e – claro – tentar descobrir o que vai na cabeça – e, também, no coração – de uma menina de 16 anos que tem o Brasil a seus pés!

 

 

 

 

Palco Principal – Em meados de 2007, as tuas primeiras composições começavam a surgir no mundo virtual. Um ano e meio depois, pode dizer-se que tens o Brasil a teus pés e – testemunha quem assistiu aos teus showcases em Portugal - te preparas para inundar outros países com a tua voz e graciosidade! Na tua opinião, o que estará por trás de tamanha rendição?

Mallu Magalhães – Apesar de parecer meio tosco, continuo a acreditar que todo este reconhecimento se deve ao simples facto de sempre ter seguido o meu coração – um coração que me tem guiado através de intuições e vontades, ainda que de forma, por vezes, imperceptível. Estou, realmente, convicta que terá sido esse o «segredo» que me terá proporcionado toda esta visibilidade, todas estas solicitações, enfim, todo este sucesso!


PP – E “toda esta visibilidade, todas estas solicitações, todo este sucesso” não assustam uma garota de 16 anos, que sempre tocou na sua intimidade e nunca pensou ou, sequer, sonhou tornar-se numa cantora profissional?

MM – Na verdade, nunca senti qualquer ansiedade ou receio em relação ao que me tem vindo a acontecer – uma disposição para a qual a minha estrutura familiar tem sido fundamental, pois apoia-me, aconselha-me e acalma-me, sempre que as coisas enlouquecem um pouco. Assim sendo, tenho encarado todas estas imprevisibilidades de forma tranquila, tentando aproveitar ao máximo cada transformação, cada evolução, enfim, cada passo que vou dando. Faço por privilegiar o lado positivo deste «fenómeno», curtir a «farra» inerente, sorrir para os desafios, e – claro – ser feliz!

 

 

PP – Que sonhos e ambições restam a um artista que, com 16 anos de idade, já subiu aos maiores e mais prestigiados palcos do seu país, já conquistou milhões de fãs e já protagonizou capas e capas de publicações especializadas?

MM – Agora que me apercebi que a música é, efectivamente, a minha vida, pretendo, daqui para a frente, consolidar a minha carreira e crescer com ela, sempre ajudando os outros, sempre tentando melhorar o mundo.


PP – Esse mundo que referes… vai ter novidades da Mallu Magalhães brevemente?

MM – Penso que sim, até porque já se encontram reunidos todos os temas que irão integrar o meu próximo álbum. Espero, inclusive, terminar a respectiva gravação até ao próximo mês de Julho.

 

 

PP – Podemos, então, contar com um novo registo da Mallu ainda em 2009. Podemos contar, também, com uma digressão de promoção do novo disco por território português?

MM – Neste momento, ainda desconheço qual vai ser a abrangência dessa digressão. Irá, com certeza, percorrer todo o Brasil – o que já implica dezenas e dezenas de actuações - e, caso me seja proposto actuar além-fronteiras, irei, certamente, aceitar o convite.

 

 

PP – Como exemplo, que és, duma nova geração de artistas que se auto-promoveu através de portais musicais online, que conselho deixarias para os artistas registados no Palco Principal, que se encontrem em início de carreira?

MM – Tarefa difícil a minha… No fundo, penso que é essencial cada artista se aceitar como é e usufruir das potencialidades das redes sociais com esse mesmo intuito: mostrar as suas composições tal como são, sem preconceitos, sem medo. É só ir colocando….feliz…feliz por ser!

 

 

 

 

 

Fonte: Palco Principal

Marcelo Camelo nas lojas


Chega hoje às lojas o disco de estreia a solo de Marcelo Camelo, "Sou" (capa na foto).

 
As 14 faixas do álbum foram todas produzidas pelo ex-Los Hermanos, com a colaboração de convidados como Dominguinhos e Mallu Magalhães, ela própria prestes a estrear-se ao vivo no nosso país.

«Neste disco deixei-me seguir por um signo de distracção. Deixei-me apaixonar passivamente pelas coisas. Não escolhi muito. Percebi que isso acaba por apontar para um lugar no meu coração. Em vez de ser um exercício racional e lógico. É uma sobreposição de ideias que tem mais a ver com a ambiguidade dos sentimentos. A escolha dos convidados e do título foi também muito afectiva, é quase como se o disco fosse sobre eles», disse-nos Marcelo Camelo numa entrevista que pode recordar aqui.

 
O músico brasileiro já veio mostrar as canções da estreia a solo ao nosso país, num concerto no Super Bock em Stock em Dezembro do ano passado. Saiba como foi esse espectáculo neste link.

Aqui fica o alinhamento de "Sou":

 
1. Téo e a Gaivota
2. Tudo Passa
3. Passeando
4. Doce Solidão
5. Janta
6. Mais Tarde
7. Menina Bordada
8. Liberdade
9. Saudade
10. Santa Chuva
11. Copacabana
12. Vida Doce
13. Saudade
14. Passeando
 
Leia aqui a crítica ao disco de Marcelo Camelo.
 
Fonte: Cotonete

Álbum solo de Rita Lee de 1973 surge em edição não-autorizada

Desta vez não teve quem segurasse. Impedido duas vezes de vir à luz, aquele que seria o LP de estreia de Rita Lee fora dos Mutantes ganha sua primeira prensagem 35 anos depois de ter sido gravado. A edição é histórica, caprichada, limitada. E pirata.

 

Rita Lee, em 1975, que teve LP de estreia prensado em edição pirata

Rita Lee, em 1975, que teve LP de estreia prensado em edição pirata

 

São apenas mil cópias numeradas --500 em CD, outras tantas em luxuoso vinil de 180 gramas. Tudo é inventado: a ilustração psicodélica da capa, o selo "original" da Philips, a quantidade e a ordem das faixas. Chegaram ao preciosismo de reproduzir o número do CGC da gravadora na contracapa.

Até o título do álbum foi trocado. Se tivesse sido lançado quando nasceu, em 1973, ele se chamaria "Tutti-Frutti". Na versão pirata, virou "Cilibrinas do Éden" --nome da dupla que Rita montara com a cantora Lucia Turnbull quando se desligou dos Mutantes, um ano antes de registrar essas faixas.

"Tutti-Frutti" foi gravado ao vivo em dezembro de 1973, no estúdio Eldorado, em São Paulo, sob os olhos de uma pequena plateia. "Foi o primeiro disco que o Liminha produziu", lembra o baixista Lee Marcucci. "A gente era muito novo, estava cheio de gás. Dá para ouvir isso na música que a gente fazia."

"Eu estava louca para ser parte de outra banda, meu negócio não era ser 'front stage'", diz Rita, que na época somava 26 anos. "Preferia que a Lucia fizesse os solos de voz e de guitarra para eu ficar lá atrás só nos 'shubirú dau dau' e nos poucos instrumentos que consegui recuperar dos Mutantes. Tudo o que eu queria era pertencer a uma gangue, dividir a grana igualmente entre todos, dividir as parcerias mesmo que ninguém mais tivesse composto nada."

André Midani, então diretor da gravadora, queria transformar Rita numa estrela e não gostou dessa política coletiva. Interditou o trabalho antes de ele ir à fábrica. "Tutti-Frutti" (nome que batizou também a banda de apoio de Rita Lee) caiu no buraco negro dos porões da gravadora e só foi redescoberto no final dos anos 90 --conforme noticiado pela Folha na ocasião.

 

Direitos

Uma edição "oficial" chegou aos limites de ser lançada, sob os cuidados do pesquisador Marcelo Froes. "Infelizmente, um dos membros não topou o valor e pleiteou que o disco seria um trabalho de banda, e não um disco solo de Rita Lee, e que os royalties artísticos deveriam ser rateados. Rita não concordou e o assunto ficou enterrado", ele lamenta.

 

 

O membro em questão é Lucia Turnbull. Hoje, ela afirma que tudo não passou de uma "falha de comunicação". "Propus uma conversa entre as partes para a gente chegar a um ponto em comum, mas nunca mais fui procurada. Não entendi o porquê dessa reação, afinal é natural você fazer um trabalho e ganhar por ele", diz. E enfatiza a importância de o álbum vir à tona de forma oficial: "Tudo é documento. E, mais que is­so, acho esse trabalho um barato. É puro, inocente. Uma fase superlegal do trabalho da Rita e de nós todos".

Ao que tudo indica, a edição pirata foi produzida na Espanha pela obscura gravadora Nosmokerecords. Indícios levam a crer que se trata de uma iniciativa de brasileiros que moram na Europa.

Conseguir um exemplar do álbum não é tão difícil. Eles estão disponíveis em alguns sebos do centro de São Paulo, em sites como Mercado Livre e eBay e de pequenas lojas estrangeiras. Uma cópia em vinil chega a custar salgados R$ 400.

"E esse preço só vai aumentar", garante Alexandre Lopes, do sebo Cel-Som Discos. Ele comprou oito exemplares de uma distribuidora espanhola.

 

Fonte: Folha Online

Arnaldo Antunes prepara dois álbuns inéditos para março

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Um dos artistas brasileiros mais completos da atualidade, Arnaldo Antunes, está se preparando para lançar dois novos álbuns no próximo mês de março, com propostas completamente diferentes entre si.

Como de costume, o incansável ex-Titã uniu-se a seus diversos parceiros para tocar simultâneamente os dois projetos, chamados Pequeno Cidadão e Iê Iê Iê.

O primeiro será um álbum infantil, produzido em parceria com grandes nomes como a produtora Taciana Barros, o compositor Antônio Pinto (que compôs trilhas para Cidade de Deus e Senhor das Armas) e o ex-guitarrista do IRA!, Edgar Scandurra.

Antunes disse em entrevista ao jornal A Folha de São Paulo que, apesar do nome, o álbum não tem objetivos educativos e que as faixas foram escritas simplesmente para divertir os guris de plantão.

Já o álbum Iê Iê Iê está sendo produzido para ser um passeio musical pelo som que moveu o mundo durante a década de 60. Mas o compositor promete uma visão atual do estilo, não saudosista.

Duas músicas compostas ao lado dos parceiros Tribalistas, Marisa Monte e Carlinhos Brown, estarão presentes no novo disco

"Será um disco de gênero, mas com uma visão contemporânea, sem saudosismo", comentou Arnaldo Antunes

 

Fonte: Virgula Música

Rita Lee grava duas músicas inéditas em disco ao vivo

Rita Lee aproveita registro ao vivo para gravar músicas novas

 

Parceria inédita de Rita Lee com Roberto de Carvalho, Insônia ganha registro no CD e DVD que a roqueira vai gravar ao vivo nos shows agendados para o próximo fim de semana na casa Vivo Rio. Rita traz seu show Pic Nic de volta ao Rio para fazer o registro do espetáculo pela série Multishow ao Vivo.

 

Além de Insônia, outra inédita, Nóia, parceria de Rita com o filho Beto Lee, turbina o roteiro, aberto com uma seqüência de hits (Flagra, Mutante, Jardins da Babilônia e Bem-me-Quer).

Já oficializada como cidadã carioca, em título recebido em maio da Câmara dos Vereadores, a cantora paulista termina o show com a marchinha Cidade Maravilhosa.
 

 

Fonte: Terra Música

O melhor do pop português em Bossa Nova

Márcia Barros é brasileira e vive em Portugal há vários anos. Confessou ao Destak, que começou por querer transformar Xutos & Pontapés em bossa nova, mas acabou por se estender pelo melhor da pop portuguesa. Bossa Nova está nas lojas a partir de hoje.

O pop português presta-se bem a ser convertido em bossa nova?

Não dá para generalizar. Cada música é um caso. Com cada música tem de se experimentar e ver se dá ou não.

Como seleccionou as músicas?

Eu e os meus colegas tivemos a ideia de fazer Xutos & Pontapés em bossa. Como eu conheço-os bem e há uma proximidade pessoal grande, achei que era uma boa ideia e que seria mais fácil para me darem autorização para cantar as músicas deles. Mas, quando apresentei a maqueta à Sony, convenceram-me a fazer um apanhado do pop português, numa abordagem geral dos compositores. Aí fiquei cega com o vasto universo da música portuguesa e pedi para me enviarem uma lista de 40 músicas para eu escolher 10. Fui eliminando as que não davam e foram ficando as que davam.

Qual lhe deu mais trabalho?

Tudo o Que te Dou, do Pedro Abrunhosa, por causa da língua. É um português muito português. Falar «tu me dás a mim» no Brasil não faz sentido, é uma repetição, porque se tu me dás, já se sabe que é a mim! Mas depois na sonoridade da Bossa encaixou bem, com um ar mais swingado.

Qual é que encaixou na bossa na perfeição?

A que encaixou perfeitamente foi o Bairro do Amor, de Jorge Palma, até pelo que a música diz. Também gosto muito do Não Sou o Único, dos Xutos, e de Fala-me de Amor, dos Santos e Pecadores. A que me surpreendeu enormemente foi a dos Madredeus, que eu achava que não ia ficar bem. Peguei n’O Pastor e depois adorei.

Senti que teve a preocupação de se manter fiel aos originais.

Não se pode alterar muito a melodia de outro compositor. Não se pode mexer assim na criação dos outros.

Teve medo de desvirtuar temas que estão tão presentes na memória dos portugueses?

A grande evolução do fim do século passado foi a globalização da música. A fusão de ritmos, dos Nouvelle Vague a Thivery Corporation. Não podemos ter medo de criar, se não não fazemos nada. Temos de dar asas à nossa criatividade.

Estar a viver há tanto tempo em Portugal ajudou-a a fazer este trabalho?

Sem dúvida. Se não estivesse a morar cá, nem teria acesso à música portuguesa. O problema é a língua.

Acha que os brasileiros têm dificuldade em perceber o português de Portugal?

O português é o mesmo, mas os brasileiros não percebem. Espero que este projecto chegue ao Brasil e que dê a conhecer aos brasileiros a música portuguesa.

Faz sentido este disco passar para o palco?

Sem dúvida. Temos ideias espectaculares para concertos ao vivo, ao pôr-do-sol. Em breve teremos as datas marcadas para o ano todo.

 

 

Fonte: Destak

Cantora sensação do Brasil estreia-se hoje em Portugal

 

Mallu Magalhães, a cantora sensação de São Paulo de apenas 16 anos, estreia-se em Portugal. A jovem cantora, que colaborou com Marcelo Camelo no disco Sou, vai dar dois espectáculos. Hoje estará em Lisboa no MusicBox, e amanhã na Blue Store TMN no Porto, para apresentar o seu disco de estreia homónimo

 

Cantora sensação do Brasil estreia-se hoje em Portugal 

 

Foi nas novas formas de lançamento musical, como o MySpace e o YouTube, que Mallu Magalhães encontrou expressão para mostrar ao mundo o seu talento para a música, tendo contado com milhões de visitas em apenas 9 meses.

A cantora virou moda nos blogs por causa do seu hit em inglês Tchubaruba, e numa rápida progressão, saiu do nicho do MySpace para ocupar um lugar na música e ser reconhecida como uma revelação folk nacional, pronta para ‘exportação’.

 

 

 

Cantora, compositora e multi-instrumentalista, a brasileira Mallu tornou-se famosa pelas suas músicas, muitas da sua autoria, outras, versões de artistas como Belle & Sebastian e The Melody Peaches.

A jovem de São Paulo, que até já conquistou a cobiçada alcunha de 'Garota de Ipanema', numa referência ao clássico de Tom Jobim, lançou em 2008 o seu primeiro álbum, Mallu Magalhães, com o dinheiro dos pais e dos avós.

Saiu do mundo virtual com o seu primeiro disco e agora vai subir ao palco em Portugal hoje no Music Box, em Lisboa, e amanhã na Blue Store da TMN, no Porto.

 

 

 

Os dois espectáculos serão destinados, única e exclusivamente, aos clientes TMN inscritos na respectiva guest list e aos participantes na iniciativa ‘sensações t’. De resto, as actuações serão transmitidas via telemóvel pela TMN e, na Internet, em www.sapo.pt.

Para o concerto de hoje a lotação está esgotada, mas para o espectáculo no Porto as inscrições ainda estão abertas, por enquanto.

 

Fonte: Sol

«Sou», Marcelo Camelo

Será «Sou»? Será «Nós»? Em qualquer dos casos, há um universo ao redor de Marcelo Camelo que é infinito e belo. É favor esquecer preconceitos antigos com os Los Hermanos.

 

Ele é Marcelo Camelo, um dos pontas-de-lança de um novo Brasil que não é do Bonde do Role nem sequer o das Cansei de Ser Sexy. Em linguagem corrente, dir-se-ia que é um upgrade à história da MPB, facção Chico Buarque. Camelo pisa os mesmos terrenos que Domemico, Moreno e Kassin.

A capa do disco tem duas leituras: «Sou» e «Nós», provavelmente porque há uma ideia de partilha que nasce da riqueza de texturas desenhadas por aquele um dia foi um dos «carolas» dos Los Hermanos. Este é o seu primeiro caso de solidão, em registo contemplativo e até instrospectivo. O que não será sinal de depressão.

«Sou» é um disco que nos faz reflectir. Demasiado longo – talvez – questiona-nos sobre a época em que vivemos. A ambiguidade de estarmos próximos e, ao mesmo tempo, cada vez mais sós. Fechados no nosso umbigo. E nesse contexto, é também um objecto de abertura a realidades sonoras improváveis.

Se é verdade que a credibilização crescente dos Los Hermanos (por via da admiração dos Strokes ou dos «nossos» Pontos Negros), abre uma janela de simpatia para com Camelo, também parece claro que este «Sou» é a melhor coisa que este carioca nos deu. «Sou» é um bloco mas o eu não estou sozinho.

 

Marcelo Camelo
«Sou»
Zé Pereira/Universal

 

Fonte: Disco Digital

Marcelo Camelo edita «Sou» dia 26

O músico brasileiro Marcelo Camelo edita segunda-feira em Portugal o primeiro álbum a solo, «Sou», um «retrato do momento» feito com violão e descontracção num intervalo dos Los Hermanos.

 

Marcelo Camelo explicou que o álbum é uma declaração daquilo que foi compondo em 2008, numa altura em que os Los Hermanos, grupo que lidera, decretaram uma licença sabática.

«Nada foi intencional, fui fazendo tudo de uma forma relaxada, mais em casa», disse, sem querer dar explicações muito elaboradas sobre as suas músicas, alegando que elas se apresentam a si próprias, existem para serem escutadas.

Não é por acaso que o título do álbum tem uma dupla leitura. Pode ler- se «Sou» ou «Nós», a partir de um poema visual de Rodrigo Linares, o que significa que é em nome próprio, à margem dos Los Hermanos, mas não foi trabalhado a sós.

«Sou» apresenta 12 temas para voz e violão de Marcelo Camelo, mas conta com a participação de vários músicos convidados, como o baterista Domenico Lancelotti, o trompetista Rob Mazurek e a cantora Mallu Magalhães.
 

A toada de «Sou» é sobretudo acústica e espelha influências do pós-rock e da música popular brasileira, partilhando alguma da geografia musical dos Los Hermanos.

Destaque para «Doce solidão», «Téo e a gaivota», o samba «Copacabana», «Menina bordada» e «Santa Chuva», tema que Maria Rita se tinha apropriado num dos seus álbuns e que Marcelo Camelo interpreta com uma formação de cordas.

Marcelo Camelo apresentou algumas destas novas canções em Dezembro no Teatro Tivoli, em Lisboa, no festival Super Bock em Stock, acompanhado dos Hurtmold, que também tocam em «Sou».

Em Lisboa teve uma recepção aplaudida, mas discreta, comparando com a euforia dos concertos no Brasil, muito por culpa ainda do fenómeno Los Hermanos, considerada uma das mais importantes bandas pop-rock brasileiras da última década.

«É muito legal pode tocar em sítios assim [em Lisboa], é mais silencioso, é outro jeito de ouvir», disse.
 

Quando esteve em Lisboa em Dezembro, Marcelo Camelo passou pelo Bairro 6 de Maio, na Amadora, onde gravou com crianças um vídeo do tema «Doce solidão», que já contabilizou mais de 50 mil visualizações no Youtube.

Marcelo Camelo, que completa trinta anos em Fevereiro, é um dos compositores dos Hermanos, mas já muitos dos seus temas serem apropriados por nomes como Adriana Calcanhotto, Maria Rita, Ney Matogrosso e até o antigo Beatle George Harrisson.

«Sou» foi editado no Brasil pela Zé Pereira, uma editora independente criada por Marcelo Camelo e cujo nome transpira portugalidade ou não fosse o músico neto de portugueses.

Na verdade, Marcelo Camelo tem há três meses a nacionalidade portuguesa e não descarta a hipótese de um dia se mudar para este lado do Atlântico.
Por ora, Marcelo Camelo anda em digressão a apresentar «Sou» e fala-se ainda numa reunião dos Los Hermanos, em Março, para o Festival Just a Fest, no Brasil.

 

Fonte: Disco Digital

Marcelo Camelo lança disco de estreia a solo

Vocalista dos Los Hermanos edita «Sou/Nós» na próxima segunda-feira

 

Marcelo Camelo

 

O músico brasileiro Marcelo Camelo edita segunda-feira em Portugal o primeiro álbum a solo, «Sou/Nós», um «retrato do momento» feito com violão e descontracção num intervalo dos Los Hermanos.

 

Em entrevista à agência Lusa, Marcelo Camelo explicou que o álbum é uma declaração daquilo que foi compondo em 2008, numa altura em que os Los Hermanos, grupo que lidera, decretaram uma licença sabática.

«Nada foi intencional, fui fazendo tudo de uma forma relaxada, mais em casa», disse, sem querer dar explicações muito elaboradas sobre as suas músicas, alegando que elas se apresentam a si próprias, existem para serem escutadas.

Não é por acaso que o título do álbum tem uma dupla leitura. Pode ler-se «Sou» ou «Nós», a partir de um poema visual de Rodrigo Linares, o que significa que é em nome próprio, à margem dos Los Hermanos, mas não foi trabalhado a sós.

 

Disco maioritariamente acústico

«Sou/Nós» apresenta 12 temas para voz e violão de Marcelo Camelo, mas conta com a participação de vários músicos convidados, como o baterista Domenico Lancelotti, o trompetista Rob Mazurek e a cantora Mallu Magalhães, namorada de Marcelo.

A toada de «Sou/Nós» é sobretudo acústica e espelha influências do pós-rock e da música popular brasileira, partilhando alguma da geografia musical dos Los Hermanos.

Destaque para «Doce Solidão», «Téo e a Gaivota», o samba «Copacabana», «Menina Bordada» e «Santa Chuva», tema que Maria Rita se tinha apropriado num dos seus álbuns e que Marcelo Camelo interpreta com uma formação de cordas.

 

Passagem recente por Portugal

Marcelo Camelo apresentou algumas destas novas canções em Dezembro no Teatro Tivoli, em Lisboa, no festival Super Bock em Stock, acompanhado dos Hurtmold, que também tocam em «Sou/Nós».

Em Lisboa teve uma recepção aplaudida, mas discreta, comparando com a euforia dos concertos no Brasil, muito por culpa ainda do fenómeno Los Hermanos, considerada uma das mais importantes bandas pop-rock brasileiras da última década.

«É muito legal pode tocar em sítios assim [em Lisboa], é mais silencioso, é outro jeito de ouvir», disse.

Quando esteve em Lisboa em Dezembro, Marcelo Camelo passou pelo Bairro 6 de Maio, na Amadora, onde gravou com crianças um vídeo do tema «Doce Solidão», que já contabilizou mais de 50 mil visualizações no YouTube.

 

 

 

Marcelo Camelo, que completa trinta anos em Fevereiro, é um dos compositores dos Hermanos, mas já muitos dos seus temas foram apropriados por nomes como Adriana Calcanhotto, Maria Rita, Ney Matogrosso e até o antigo Beatle George Harrisson.

 

Nacionalidade portuguesa

«Sou/Nós» foi editado no Brasil pela Zé Pereira, uma editora independente criada por Marcelo Camelo e cujo nome transpira «portugalidade» ou não fosse o músico neto de portugueses.

Na verdade, Marcelo Camelo tem há três meses a nacionalidade portuguesa e não descarta a hipótese de um dia se mudar para este lado do Atlântico.

Por ora, Marcelo Camelo anda em digressão a apresentar o novo disco e fala-se ainda numa reunião dos Los Hermanos, em Março, para o Festival Just a Fest, no Brasil.

 

Fonte: IOL Música

Netinho abre o jogo e fala tudo sobre sua carreira


 

Netinho volta com tudo para a axé music e desenvolve novos projetos

Netinho volta com tudo para a axé music e desenvolve novos projetos

Restando pouco mais de um mês para o Carnaval, o cantor Netinho recebe o Carnasite e concede uma entrevista exclusiva. Netinho conta tudo sobre sua carreira na axé music e no MPB, sobre seu "desaparecimento" da mídia, como chegou a ofender seus fãs, sobre seu retorno à música baiana e ainda sobre sua relação com Ivete Sangalo.

 

Carnasite: Após um grande sucesso na axé music, você resolveu tentar carreira com o POP/MPB... Depois ficou por quase três anos parado e ressurgiu com a gravação do seu DVD em parceria com a Caco de Telha. Fale um pouco sobre essa transição, e sobre seus quase 20 anos de carreira.
Netinho: Olha, primeiro essa historia do pop é equivocada. Na verdade eu dei um tempo na minha careira como um todo, não só no axé. Há cinco anos por motivos pessoais, por estar de saco cheio de tudo, não queria mais viajar, não queria mais fazer shows, não queria mais nada, e não entendia o motivo disso, que era um motivo meu, de sentir um vazio, eu era um artista que tinha tudo que o sucesso pode dar pra uma pessoa naquela época, e me sentia vazio ao mesmo tempo, me sentia infeliz, triste e pelo meu volume de trabalho eu não percebia isso no meu dia-a-dia, então eu resolvi parar tudo, parar de fazer show, parar de ir a TV, parar de gravar disco, parar com rádio, dar um tempo na minha carreira para rever e repensar minha vida toda sem data pra voltar.

Nesse momento eu cometi um erro muito grave, que foi não dar nenhuma nota à imprensa. Eu que era um artista, que sempre habituei as pessoas a estar sempre na mídia, nos programas de TV, sempre dando nota a imprensa. Tomei essa decisão por um motivo pessoal, desapareci, fiquei nove meses fora do Brasil. Voltei pra cá e não saia de casa, então esse erro deu margem ao surgimento de muito boato ao meu respeito. Que eu tava morando em Portugal, que eu tava com AIDS, que eu tinha largado o axé, que eu não ia mais voltar pro carnaval e pronto.Fiquei dois anos e meio sem fazer nada, morando em Guarajuba, e comecei a me reunir com alguns amigos compositores, Tenison Del Rey, e outros amigos, e começava a fazer música. Tem um detalhe que muita gente não sabe, eu, enquanto compositor, não sei fazer música de axé, não tenho esse dom, já tentei, não consigo, minha música ou vai pra um lado mais MPB que é a base da minha formação musical ou para música pop, fica entre esses dois estilos, então fizemos 60 canções naquela época, e comecei a gravar um disco de brincadeir. Aí meu empresário, vendo aquele movimento em minha casa, ligou pro presidente da EMI Music, naquela época que era Marcos Mainá e disse, "o Mainá, Netinho está gravando um disco em casa", sacanagem dele né?

Porque eu não queria aquilo, era uma coisa de brincadeira e era uma realização minha. Resultado, Marcos Mainá foi a Guarajuba, em minha casa, viu o meu trabalho, ficou louco com as músicas, e disse: "não, vamos gravar, temos que fazer um disco, borá pro Rio, borá pro Rio"... Aí, eu disse: "Rapaz, eu não to cantando, não to fazendo show", e ele: "Netinho vamos lançar esse disco, vai ser massa, um disco pop seu, projeto especial".

Fui pro Rio, ele me convenceu, quando eu vi já estava no Faustão no domingo de tarde sem boné, vestido todo de preto, de calça Jeans com o violão na mão, cantando Abra a sua Cabeça, uma música minha. Aquela imagem meio que chocou as pessoas, porque eu estava há quase dois anos desaparecido da mídia e aquela imagem ali não era o Netinho que as pessoas queriam ver, as pessoas queriam ver o Netinho de bermuda, de boné, um Netinho alegre dos carnavais, cheio de roupa colorida. Então aquilo gerou uma polêmica muito grande, primeiro a rejeição por parte das pessoas, o disco vendeu 30 mil cópias, pra mim foi uma vitória naquela época, e era a realização de um sonho e gerou aquela confusão, Netinho está fora do carnaval e eu disse realmente pro Faustão que tava fora do carnaval, e estava fora do carnaval há dois anos, não vou mentir, mas não foi uma opção pela música pop, aí pronto, teve aquela confusão toda, o próprio Marcos Mainá presidente da EMI, naquela época me convenceu a gravar um DVD, disse: "Netinho, a mídia DVD explodiu no Brasil todo, você sabe, e você com a história que tem, precisa registrar tudo num DVD". Eu tinha dois VHS, um filmado em São Paulo e um em Portugal, mas não tinha nada em DVD. Aí pronto, o DVD que eu gravei há dois anos e meio atrás "Netinho por Inteiro" marcou a minha volta. E tinha uma forma mais feliz e equilibrada, por quê? Porque nesses dois anos e meio eu consegui criar a vida pessoal que eu não tinha, não tinha, só trabalhava. Hoje eu viajo, faço show, se dar vontade passo no hotel depois do show tomo um banho e vou no barzinho, vou numa boate, saiu com meus amigos, saiu com o fã clube, quer dizer, curto minha vida. Quando eu não quero fazer show, aviso ao escritório, reservo duas, três semanas, viajo pra onde eu quero. Essa parada que eu vivi há cinco anos atrás foi após 16 anos de carreira, de muito trabalho.

 

Netinho faz exercícios antes do show

Netinho faz exercícios antes do show

Carnasite: Você sente falta do seu sucesso no passado? Gostaria que as coisas voltasse a ser como eram antes?
Netinho: Eu não sou hipócrita, não vou dizer a você que eu não quero isso, porque a meta de todo artista na verdade é essa, o artista não quer ser artista pra ficar dentro de casa cantando pra sua mãe, pra seu filho e pra seu pai, não quer! Ele quer que seu trabalho seja reconhecido pela maior quantidade de pessoas, que seja admirado, que seja gostado, eu quero isso pra mim, já conheço sucesso, já tive no pico mais alto que se pode ter no Brasil, foi maravilhoso. Mas isso hoje não é prioridade pra mim, hoje eu sei aonde eu quero chegar, claro que eu quero sucesso, quero ser reconhecido mais uma vez pelo trabalho que eu faço, mas não é uma prioridade diária. Quero colocar minhas idéias pra fora, eu estou me sentindo começando do zero, cheio de idéias, cheio de projetos pra fazer, alguns a gente já estou colocando em prática, o projeto Luau Mix é um projeto, o Cara a Cara é outro projeto que são sucesso absoluto. Graças a Deus aonde eu vou sou muito bem recebido, sou muito bem querido não é? Eu até brinco às vezes, comento que essa coisa do diminutivo Netinho às vezes gera até certo carinho por parte das pessoas, porque as pessoas se sentem mais íntimas, não sei, mas todo mundo tem me recebido bem, to feliz demais cara, e o sucesso virá como conseqüência disso aí!

 

Carnasite: Qual sua visão atual do mercado da axé music?
Netinho: Uma visão boa, na época em que eu parei, eu tinha uma visão muito ruim do mercado do Axé, estava até meio desgostoso, porque depois de passarmos a década de 90 inteira dominando as áreas do Brasil inteiro, começamos a misturar, nós eu digo muitos artistas, letras pejorativas dentro de uma história que tinha como marca letras bonitas, letras que falavam de amor ou falavam da Bahia, do carnaval de salvador, do povo da Bahia, conquistamos o Brasil com isso, então teve uma época que surgiu o pagode baiano e os artistas de Axé, que eu faço separação, pra mim axé é uma coisa e pagode baiano é outra, então, com o sucesso local visado do pagode baiano de Salvador, alguns artistas de axé começaram também a colocar letras duplo-sentido nas suas músicas tipo: "Boquinha da garrafa e etc."

Eu não gosto disso, eu não acho saudável, e meio que entre aspas, denegriu a música baiana naquela época. Lembro até que um advogado amigo nosso de Brasília na época disse: "Netinho, eu sempre tive os disco de vocês todos numa prateleira no meu escritório em Brasília e quem chegava lá achava bonito, era exótico a música da Bahia, Banda Mel, Banda Beijo, Banda Eva, Chiclete com Banana, e depois disso eu tirei, porque ta virando uma coisa, como é que se diz, deixou de ser sensual para ser sexual, apelativa", ele tirou da prateleira, eu acho que isso queimou um pouco a musica baiana no Brasil, e eu acho que de cinco anos pra cá está havendo uma nova consciência, não só por parte dos artistas do axé, mas principalmente dos empresários, está todo mundo gravando letras melhores, tem músicas lindas nas rádios gravadas por artistas de axé, e estamos voltando a conquistar as rádios do Brasil, está voltando a tocar aos pouquinhos no Brasil, não exatamente como na década de 90, porque foi a nirvana para os baianos, mas estamos reconquistando esse público e as artes com qualidade, eu acho que estamos ganhando qualidade vamos retomar esse mercado de rádio com qualidade, com letras bacanas e melodias bacanas, é isso que estamos fazendo agora, o que ta todo mundo fazendo.

 

Carnasite: Você e Ivete Sangalo têm uma boa relação desde o tempo da Banda Eva. Hoje pode-se dizer que ela também faz parte de sua volta ao axé? A que se deve o seu desligamento da Caco de Telha?
Netinho: A Caco de Telha foi fundamental pra mim, foi quem investiu no DVD junto comigo, e fiquei lá durante dois anos. Ela conduzindo a minha carreira, os meus projetos todos, os programas de TV, enfim, toda a minha carreira.

Netinho canta com fãs durante show

Netinho canta com fãs durante show

A Caco é uma empresa muito grande, muita gente trabalhando e Ivete é um grande produto lá dentro, e eu, sou canceriano agoniado, ansioso demais, eu quero fazer tudo ao mesmo tempo, então o tempo todo eu to fazendo projetos, e lá tinha aquela coisa de "vamos planejar", "vamos devagar", então eu já não tava agüentando isso, como eu te disse eu to me sentindo no começo, cheio de projetos de coisas pra fazer, e a Caco de Telha não tinha como me dar a atenção que eu necessitava, então eu preferir logo depois do carnaval de 2008, abrir a minha própria produtora que é a Bem Bolado produções. Trouxe pra cá a condução da minha carreira, todo o marketing da minha carreira, divulgação, e mantive também na Caco a venda de shows, como a Bem Bolado vende, e outros parceiros também vendem, além da parceria em alguns eventos do Cerveja e Cia com a Ivete Sangalo.

 

Carnasite: Como é hoje sua relação com seus fãs? Você foi perdoado pelo desaparecimento da música sem satisfação?
Netinho: Totalmente perdoado, e não foi só pelo desaparecimento não, não sei se vocês sabem, mas há na internet uma carta minha que eu escrevi na época que eu estava pensando em parar, porque eu não agüentava mais encontrar fã-clube em aeroporto, eu saia desesperado quando chegava ao aeroporto e saia correndo pra a van, não queria falar com ninguém, e machuquei muita gente nessa época, porque como eu te disse, adquiri esse amadurecimento que eu tenho hoje depois dessa parada que eu dei e naquela época eu não enxergava que o artista quando ele cativa uma pessoa ,ele as vezes ocupa um lugar tão importante na vida dessa pessoa quanto um pai, uma mãe, um irmão, um esposo, uma esposa, hoje eu sei exatamente essa importância e tenho essa noção.

Na época eu mandei uma carta horrível para os meus fãs, e como eu estava num processo pessoal muito complicado, não fui nada sutil e delicado nessa carta, disse realmente que eu não queria ver ninguém, que estava cansado de tudo, que eu não agüentava mais tirar foto, que não era aquilo que eu queria. Mandei via internet essa carta, e digo a você com a maior sinceridade, meu maior agradecimento hoje nesse momento na minha carreira é a todos os fãs meus que souberam me receber de braços abertos quando eu voltei, nem aquele cartão de crédito famoso paga, não tem preço isso aí, eu acho que apesar de tudo, eu sempre fui verdadeiro na minha carreira, eu sou meio controverso em algumas coisas, então, quando eu quis parar eu parei, quando eu disse que não queria ver ninguém, não queria ver, quando eu quis lançar um disco pop eu lancei, então eu acho que a verdade por mais que às vezes você possa machucar alguém em algum momento é o que lhe dá o reconhecimento das pessoas com o passar do tempo, eu acho que é por aí, então fui muito bem recebido, todos os meus fã-clubes estão de volta, fã-clubes novos nascendo, gente jovem que influenciados até por aquelas pessoas daquela geração estão indo nos shows e gostando do trabalho, eu não tenho como agradecer essas pessoas, é muito amor, muito carinho.

 

Carnasite: Quais são as dificuldades que você vem enfrentando desde o recomeço de sua carreira?
Netinho:
Uma delas é em relação ao carnaval de Salvador, nesse tempo que eu fiquei parado o bloco Beijo ficou parado também, eu me desinteressei pelo bloco, não é mais o meu bloco Beijo hoje, e eu sou um artista baiano que adora fazer carnavais, que faz um carnaval maravilhoso por aí, mas não tenho um bloco em Salvador, temos uma parceria com o bloco Trimix há três anos, uma parceria maravilhosa que iremos manter, nesse carnaval vou estar no bloco Trimix mais uma vez sexta e sábado, mas não tenho um bloco em Salvador. Essa é uma dificuldade que eu vou ter que vencê-la, e a outra é em relação aos grandes eventos de axé no Brasil que estão nas mãos das produtoras que agiram nesse tempo em que eu fiquei fora. Então é o que eu estou fazendo hoje, procurando criar os meus próprios eventos, devagarzinho, tenho dois projetos hoje que é o Cara-Cara, e o Luau Mix, que já é um projeto maior e vamos chegando lá aos pouquinhos. É uma maneira de furar esse mercado que está ai, sem machucar ninguém, sem incomodar ninguém, indo devagarzinho, ganhando as pessoas pela qualidade do meu trabalho e por tudo que a gente faz.

 

Carnasite: Fale um pouco sobre seu último CD. É realmente sua praia? Você assina a direção e produção musical?
Netinho: Esse disco é o 18º da minha carreira, com 90% de músicas inéditas e o nome "Minha Praia" veio porque nesse disco estão estilos musicais que eu gosto de cantar e interpretar, tem axé na sua maioria, tem duas canções pop, dois riscais pop bem pra frente, e tem duas baladas românticas, daí o nome "Minha Praia". Tive uma idéia maluca que foi misturar gravações de shows com gravações de estúdio porque meu show hoje é um show de axé, é um show todo pra cima, estou com algumas músicas do repertório da música pop brasileira, mas tudo em ritmo de axé também, então é um show dançante do início ao fim, totalmente quente, e no disco de estúdio você não tem como mostrar pra as pessoas o que é isso, enfim, coloquei quatro faixas ao vivo nesse disco, e está um disco lindo, a receptividade ta fantástica.

Fizemos uma coisa maravilhosa, que é um pioneirismo no Brasil, foi um dos requisitos meus pra assinar com a Som Livre. Eu iria lançar esse disco independente, como a maioria dos artistas, porque hoje em dia as gravadoras não têm dinheiro, não tem poder mais, então, hoje se o artista não se associar a gravadora, ela não tem condições de divulgar o trabalho dele, assim como Ivete Sangalo faz com a Universal. Então eu fiz um contrato com a Som Livre, com a condição de colocar o disco na loja a menos de R$ 10, que pra mim é um preço que o consumidor pode pensar duas vezes em comprar um pirata por R$ 5, R$ 4, sem capa, com a qualidade ruim, no CD ou comprar o original, lançamento, na loja, tudo bonitinho, com encarte, com a qualidade bacana. Agradeço até, e parabenizo a Som Livre que estão sendo pioneiros nisso no Brasil.

 

Fonte: Carnasite

Mallu Magalhães em Portugal


A revelação brasileira Mallu Magalhães estreia-se no nosso país nos dias 22 e 23 de Janeiro.

A jovem cantora, que colaborou com Marcelo Camelo no disco "Sou", vai fazer dois showcases no MusicBox em Lisboa (22) e na Blue Store TMN no Porto (23), para apresentar o disco de estreia homónimo.

Com apenas 18 anos, Magalhães chamou a atenção através do MySpace e tornou-se um fenómeno mediático que levou muitos a chamar-lhe 'Garota de Ipanema', numa referência ao clássico de Tom Jobim.

 
De acordo com o site da TMN, o concerto no MusicBox em Lisboa já se encontra esgotado. Para mais informações sobre o acesso ao espectáculo no Porto, basta seguir este link.

 

 

Fonte: Cotonete

MPB, samba e jazz abrem programação brasileira na Casa da Música em Portugal

O Brasil é o país tema da programação da Casa da Música na cidade do Porto, norte de Portugal, em 2009. Nos anos anteriores, a direção artística da Casa inspirou-se na Espanha e nos Países Nórdicos para desenvolver o calendário de concertos e shows. A programação de 2009 teve início com o Concerto de Ano Novo da Orquestra Nacional do Porto, com obras tão variadas quanto o clássico popular "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu, e a música erudita de Villa-Lobos.

Na noite do último domingo (18), a Casa da Música recebeu o grupo brasileiro Cello Samba Trio, idealizado pelo violoncelista Jaques Morelenbaum, que conta com o guitarrista Ricardo Silveira e com o percussionista Robertinho Silva. Além do trio, participou do show o brasileiro Vinicius Cantuária e o guitarrista norte-americano Bill Frisell. A MPB e o samba foram celebrados com elementos do jazz, que proporcionou liberdade de criação nos momentos de improviso.

Divulgação

O músico Jaques Morelenbaum, idealizador do Cello Samba Trio, que abriu a programação brasileira da Casa da Música em Portugal
 

 

A primeira música, "Matuto", foi executada pelos cinco músicos e anunciou um som vibrante e alegre, mas não o suficiente para contagiar o público, que assistiu a todo espetáculo sem demonstrar entusiasmo e alegria. Também foram interpretados clássicos, como "Eu vim da Bahia" e "Procissão", de Gilberto Gil, "Samba de uma nota só", de Tom Jobim, e "Coração Vagabundo", de Caetano Veloso. A voz do show foi de Vinicius Cantuária.
 

O Cello Samba Trio proporcionou unidade aos músicos à volta do samba e da MPB. Em conversa com o UOL, Morelenbaum, que já se apresentou com diversos músicos portugueses, como Dulce Pontes, Madredeus e Mariza, contou como o seu trio teve início: "Tudo começou com um projeto chamado Samba em Concerto, que reunia nomes da música popular instrumental brasileira com grupos de escola de samba. Fui agraciado a tocar com 12 ritmistas da Mangueira. Na época, chamei o Luis Brasil para tocar comigo. Este foi o embrião desta formação de cello, violão e percussão".

Conhecido em Portugal, Jaques Morelenbaun tocou com nomes emblemáticos da música brasileira, e quando foi questionado sobre o show que mais o marcou, lembrou-se até da data, "29 e 30 de Março de 1985 no Carnegie Hall. O Tom Jobim me chamou para ensaiar e disse que depois de um mês teríamos dois shows no Carnegie Hall. Eu nunca tinha tocado lá, foi ótimo para mim. É o tipo de coisa que você nem sonha."

No show que abriu oficialmente a programação para o ano de 2009 dedicada ao Brasil, na Casa da Música, os artistas tocaram somente uma música no bis, "Só Danço Samba", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Bangalafumenga e Elza Soares em Portugal
Em 21 de fevereiro, o Concerto de Carnaval da Casa da Música recebe a banda brasileira Bangalafumenga ou Banga, grupo que nasceu como bloco de Carnaval em 1998. O grupo mostrará em Portugal sua mistura de samba com baile funk, reggae e rap. Uma voz fundamental do Brasil e grande convidada da banda para a noite de Carnaval na Casa da Música é a cantora Elza Soares.

No dia 26 de fevereiro, se apresetam o percussionista brasileiro Cyro Baptista e o músico norte-americano John Zorn se apresentam dentro da programação do espaço Ciclo Jazz.

Em março, no dia 15, os brasileiros João Donato, Joyce e Emílio Santiago tocam juntos no mesmo local.

Veja abaixo o setlist do show do Cello Samba Trio
"Matuto"
"Strange Meting"
"Samba de uma nota só"
"Eu vim da Bahia"
"Pra que discutir com madame"
"Você e Eu"
"Coração Vagabundo
"Tim-Tim por Tim-Tim"
"Sambou Sambou"
"Salvador"
"Ar livre"
"Retrato em branco e preto"
"Este seu olhar"
"Triste"
"Quase Choro"
"Julinha de Botas"
"What is going on"
"Vanderley"
"Perritos"
"Fla x Flu"
"Procissão"
"Só danço samba"
 

Fonte: UOL Música

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