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Música do Brasil

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Arthus Fochi se reinventa em Suvaco do Mundo, seu novo disco solo

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Há mais de dez anos inspirado por ritmos e paisagens da América do Sul, Arthus Fochi trilhou caminhos de pesquisa e descoberta até chegar em Suvaco do Mundo (2017), lançado pelo selo e gravadora Cantores del Mundo. O novo disco solo do cantor fluminense, que é também compositor, poeta, intérprete, músico, professor e historiador, traça um diálogo entreo jazz e o rock, a música brasileira e a música latina, o folclórico e o moderno e o campesino e o urbano.

O resultado dessa fusão são nove belas canções, – sete delas autorais – que transmitem com exatidão as fronteiras rompidas por Fochi desde que o cantor começou a se aventurar em viagens e residências em países sul-americanos, como Argentina, Uruguai e Chile. Suvaco do Mundo é um grande experimento musical, que passeia com desenvoltura entre diferentes gêneros comprovando o amadurecimento musical do artista.

Produzido pelo produtor e pianista Guilherme Marques e também por Fochi, é a primeira vez que o autor lança um disco com o formato do seu show com banda: Gabriel Barbosa na bateria, Luizinho Alves no baixo, Gabriel Pontes no saxofone e na flauta transversa e Machi Torrez na “cuerda de tambores”. Garantindo, assim, uma narrativa única e diferente de tudo o que Arthus fez até então.

Lançado em fevereiro, o single "Riso e Rosa" tem a letra assinada pelo compositor e amigo de longa data Claos Mozi. O lançamento da sexta faixa do disco foi primeiro passo para a nova empreitada de Arthus Fochi, agora consolidada com Suvaco do Mundo na íntegra, disponibilizado para streaming e também em versão física.

Feita em Bariloche, na Argentina, “Ovo da Vovó”, faixa de abertura do disco, é fruto de estudos de Fochi de diferentes formas de tocar candombe (ritmo típico afro uruguaio) no violão. Escrita enquanto o cantor fazia uma de suas viagens sozinho, foi pensando em uma omelete, na ufologia, no sentimento de querer ter uma filha e em uma vida sem expectativas, que surgiu os versos da canção.

O som, ora dançante, ora calmo, mas sempre suave e com uma delicadeza ímpar, invade todas as faixas do álbum, como é possível notar em "Fardo Amigo", "Citadina", "Mamã", "Canteiro de Obra", "Candombe Lágrima", "Destempo" e "Nó Cego".  Esta última, inclusive, apresenta em sua estética referências da influência de Jards Macalé, cantor e compositor brasileiro, na música de Fochi.

 

Sobre Arthus Fochi

 

Arthus Fochi é compositor, poeta, músico pesquisador, professor e historiador. Desde 2007 investiga ritmos da América do Sul, em viagens e residências artísticas realizadas. É articulador e fomentador da cultura hispano americana no Rio de Janeiro, onde produziu, em 2016, o evento chamado Peña Cultural Auá, com edições na Sala Funarte. Ao lado de Guilherme Marques, desenvolve como diretor geral o selo e gravadora Cantores del Mundo, cedido a Arthus em 2015 por Tita Parra (neta da folclorista icônica Violeta Parra). Com apoio técnico e parceria da editora Cozinha Experimental, lançou dois livros independentes: Afasia (2010) Poema Poeira (2012). Já participou de peças teatrais como diretor musical e ator (entre elas, “Xambudo”, dramaturgia de Aderbal Freire Filho, vencedora do Festival de teatro do Rio 2010). Em 2015 atuou e fez trilha sonora para o curta metragem "Sopro, Uivo, e assovio" de Bernard Lessa. Em 2013, iniciando a carreira musical, lançou o primeiro disco intitulado Êxodo Urbano, gravado em Madrid (a convite de Juan Alcón na IEMF Los Carmeles). Em 2017 lança o seu segundo disco Suvaco do Mundo, que apresenta de forma delicada e contagiante uma fusão entre a música brasileira e a música latina.

 

Ouça Suvaco do Mundo

Spotify: https://open.spotify.com/album/26xObAEpCngpRRI4h8XX0F

Deezer: http://www.deezer.com/album/40960451

Apple Music: https://itunes.apple.com/br/album/suvaco-do-mundo/id1231700069

Google Play: https://play.google.com/store/music/album/Arthus_Fochi_Suvaco_do_Mundo?id=Buouchg6nq624is5eqtxhk4vbiy&hl=pt_BR

 

Vzyadoq Moe: álbuns seminais ganham relançamento digital

Pós-punk, rock industrial e música brasileira se encontram nos clássicos e cultuados “O Ápice” e “Hard Macumba”, dois primeiros álbuns da banda sorocabana Vzyadoq Moe. Lançados respectivamente nos anos de 1988 e 1991, os trabalhos anteciparam e influenciaram futuras vertentes do rock nacional, como o mangue beat de Chico Science e Nação Zumbi. Agora, novos públicos podem conhecer com os relançamentos nas plataformas de música digital, através do selo Believe Digital.

Prestes a completar 30 anos de idade, “O Ápice” abre as comemorações e oferece para um novo público a oportunidade de se impressionar com a mistura de diversas vertentes do rock oitentista com o samba de raiz, junto de influências da  literatura simbolista, histórias em quadrinhos e do cinema expressionista alemão.

A banda retomou o contato com essas músicas em 2010, quando se apresentou no Usina Festival, em Sorocaba. Em seguida, passou meses ensaiando e o resultado foi uma releitura de algumas faixas, colocando teclados e criando novos arranjos. Embora não haja definições para futuros shows, a Vzyadoq Moe considera a possibilidade de subir novamente aos palcos, celebrando os 30 anos de um disco tão atual como “O Ápice”.

A primeira formação da banda, com os músicos ainda na adolescência, contava com Marcelo Raymundo (guitarra), Marcos “Peroba” Stefani (bateria) e Marcelo “Fausto” Marthe (vocal e letras). Algumas semanas depois dos primeiros ensaios, Jaksan Moreira (guitarra) se juntou ao time. A formação clássica se completaria logo em seguida, com a chegada de Edgard “Degas” Steffen (baixo). O original nome da banda foi criado no quarto de Marthe, por meio de um sorteio dadaísta levemente adulterado para que o resultado repleto de consoantes ficasse menos impronunciável.

A invenção estava também no som. Na bateria, havia um kit de percussão composto de latas velhas e caixas de papelão – uma versão com jeitinho brasileiro para emular o som dos alemães do Einstürzende Neubaten. O repertório da época nasceu do amálgama produzido pela mistura de suas batidas com o baixo cheio de efeitos de Degas, mais as guitarras da dupla Marcelo Raymundo e Jaksan, que mesclavam distorção e riffs melódicos. O frescor e a sensação de redescoberta presentes no som da banda abrem a porta para novas surpresas e planos para o futuro.

“Para o ano que vem, estamos planejando também lançar uma versão estendida do disco ‘O Ápice’, com versões ao vivo e completamente remasterizado”, revela Raymundo.

 

Ouça os álbuns:

 

Spotify: https://open.spotify.com/artist/3eYXaUpfgxp7Nbamai866r

Deezer: http://www.deezer.com/artist/12432270

Google Play: https://goo.gl/qEhc9X

iTunes: https://itunes.apple.com/br/artist/vzyadoq-moe/id1232287163