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Música do Brasil

Música do Brasil

Com show Online, Saulo lança novo disco dia 2 de junho

Dez canções das treze faixas inéditas do seu novo  CD Baiuno  serão apresentadas pelo cantor Saulo  durante show on line que ele realizará dia de junho. dia 2 de junho.  No show. ele vai intercalar as novidades  com músicas já conhecidas do público. A ação digital marca o início de uma nova fase na carreira do cantor e repete a fórmula usada pelo próprio artista em março de 2013, quando lançou sua carreira solo em um show também para a internet que já soma quase dois milhões de views no Youtube. Saulo se dedicou exclusivamente ao projeto ‘Baiuno’ (disco e preparação da turnê) desde o final do Carnaval e volta aos palcos no dia 05 de Junho, no tradicional Festival de Alegre (ES).

 

Fonte: Blog do Marron

Maria Bethânia: aquela voz, aquele vulto

O Coliseu dos Recreios, demasiado abafado pela noite quente de Verão, encheu-se para a primeira de duas noites ao vivo de Maria Bethânia em Lisboa. O espectáculo intitula-se "Abraçar e Agradecer" e comemora os 50 anos da sua carreira, mas despreza cristalizações nostálgicas.
 
A sua turma de músicos sobe primeiro a palco, ocupando as laterais do centro rectangular do palco por conta exclusiva da grande diva brasileira viva, bem viva. Mal aparece aquele vulto de longos cabelos grisalhos, com aquela voz suprema, um sentimento de imenso respeito apodera-se da multidão (grande parte da mesma geração de Bethânia), mais forte que os grandes aplausos de recepção.
 
'Eterno em Mim' é o primeiro tema de um espectáculo composto de mais quarenta canções, dois actos e dois encores. É também a primeira canção de várias outras do irmão Caetano Veloso que Bethânia interpreta. Noutro tema de Caetano, 'Nossos Momentos', os focos de luz do chão do palco dançam ao som da música, enquanto vários candeeiros iluminam as cabeças de cada um dos instrumentistas.   
 
Grandes canções para uma grande voz sucedem-se, sem pausas. O palco vira ecrã pisado por Bethânia que fica estrelado quando canta o mui aplaudido 'Começaria Tudo Outra Vez' de Gonzaguinha, depois de recitar o primeiro de três escritos da compatriota Clarice Lispector.
 
Com 'Alegria', a batucada aumenta e o palco enfeita-se de imagens de rosas projectadas. Depois, a sala escurece para baladas quentes de Verão, fervidas pela voz carismática de Bethânia, umas sob os desígnios do piano como 'Dindi' (de Tô Jobim, só podia) ou do violão como 'Tatuagem' (de Chico Buarque), antes de 'Meu Amor É Marinheiro', de Alan Oulman sobre versos de Manuel Alegre, com guitarrada portuguesa, a merecer agradecimento especial de Maria Bethânia.
 
Durante a muda de roupa de Maria Bethânia, aproveitada por algum público para pequenas escapadelas, a banda serve um medley de versões instrumentais de músicas de Buarque, Caetano ou Gonzaga.
 
O regresso a palco de Bethânia assinala o II Acto que tem como um dos pontos altos o bem baiano 'Eu e Água' do mano do costume, a que Bethânia dá voz sobre imagens de ondas do mar. Segue-se um tríptico de Roque Ferreira concluído com o folclore de inspiração bíblica 'Folia de Reis'. Mas a introspecção toma novamente o ambiente: Bethânia canta sentada como uma adolescente na praia a balada ao luar 'Criação', minutos antes da parada samba de 'Povos do Brasil'.
 
Tal como a sua antiga rival Elis, também Bethânia quer ter uma casa no campo, assim o dá entender em 'Viver na Fazenda' que faz a ponte para a versão traduzida por Nelson Motta de 'Que Reste-t-il de Nos Amours?' de Charles Trenet, a que se segue o bilingue de 'Non, Je Ne Regrette Rien' que outro monstro imortalizou, Edith Piaf, que a cantora brasileira tanto venera. Pelo meio, citou-se Fernando Pessoa.
 
Os encores mostraram um público afinado e conhecedor que cantou de cor o folião 'O que É o que É' de Gonzaguinha, carregado de batucada nordestina da melhor, a fechar um concerto exemplar.

 

Fonte: Cotonete

Conversamos com Lucas Silveira, que comemora 15 anos de Fresno e tem um novo álbum solo guardado

Pode não parecer, mas a Fresno já está completando 15 anos de atividade. Pois é! São poucos os grupos brasileiros surgidos nas últimas duas décadas que podem se dar ao luxo de comemorar tanto tempo de existência — e, para marcar essa data, a banda está lançando o DVD Fresno — 15 Anos Ao Vivo, com um repertório que vai desde os primórdios do grupo até o seu trabalho mais recente, Eu Sou a Maré Viva, de 2014.

“A gravação do DVD foi um momento surreal de catarse coletiva”, afirma Lucas Silveira, vocalista da banda. “Eu senti ali que estava sendo a ponta da lança de todo um movimento, de todo um monte de bandas que ficaram pelo caminho. A gente ter conseguido chegar até ali foi um negócio muito foda”.

 

Lucas não esconde a experiência que tem em lidar com o público. Para ele, o segredo da carreira longa de uma banda é saber, ao mesmo tempo, conquistar fãs novos e segurar os mais antigos. “Você tem que estar sempre fazendo algo novo e relevante, que os fãs percebam uma evolução e que não enjoe”.

Além de músico, ele também é produtor e, agora, escritor. O caminho que vem seguindo dentro da música há mais ou menos metade de sua vida serviu como inspiração para o livro Eu não sei lidar, onde conta sua trajetória e suas memórias desde a infância até os dias de hoje. “Querendo ou não, tudo isso são desdobramentos do que eu faço na música”, diz Lucas sobre seus diferentes projetos.

Um deles é o Beeshop, sua carreira solo, que não ganha um álbum novo desde 2010. Mas, preparem-se: ele pode ter sua discografia aumentada em breve. “Nos últimos dois anos eu acabei fazendo um disco do Beeshop. Ele está pronto, só não encontrei ainda o momento de lançá-lo. Pretendo fazer isso nesses próximos tempos”, declara Lucas. Aeeee! Vai com tudo, Lucas, e longa vida à Fresno.

 

Fonte: Virgula

Valesca Popozuda solta funk rasteirinha com participação de Claudia Leitte. Ouça Sou Dessas

Cê é loko, cachorreira, Valesca Popozuda caiu na rasteirinha. O subgênero do funk, mais desacelerado, agora ganhou um impulso realmente popular. Sou Dessas, que nasce como hit instantâneo com direito a featuring de Claudia Leitte.

 

 

A faixa dialoga também com a música oriental, como é de praxe entre os produtores da rasterinha, como no Passinho do Faraó, do Bin Laden, feito pelo DJ Perera e ainda em hits de MCs como Livinho, Pedrinho e pelo próprio MC Brinquedo, novo queridinho do funk, ainda mais do empurrãozinho da Bjork.

A coisa fica séria e vai bem além da ZL de São Paulo, ZN, Rio, Bahia e Egito, quando quando trata-se da Popomaster e da Claudinha Bagunceira, você não acha? Decifra-me ou devoro-te. Quem aí também “é dessas”?

 

Fonte: Virgula

João Bosco & Vinícius reúnem o rodeio todo em disco de covers, "Estrada de Chão"

João Bosco & Vinícius lançam neste mês o disco “Estrada de Chão”, com covers e participações das maiores estrelas do sertanejo. A dupla recebeu no estúdio Chitãozinho & Xororó, Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, Sérgio Reis, Roberta Miranda, eRionegro & Solimões, entre outros -- basicamente todo mundo que é alguém no rodeio.

João Bosco & Vinícius lançam disco com participações de Chitãozinho e Xororó, Sergio Reis, Roberta Miranda, Rio Negro e Solimões, Leonardo, entre outros

O disco foi feito para comemorar a carreira da dupla, com foco nos dez anos iniciais, quando ainda eram universitários (mas bem antes do sertanejo universitário) e, desconhecidos, tocavam em botecos para um público pequeno.

Em “Estrada de Chão”, João e Vinícius não se preocuparam em preparar mega hits para chegar ao número 1 das rádios. Preferiram homenagear os ídolos da música que admiravam quando estavam começando e admiram até hoje.

João e Vinícius estão na estrada há 22 anos. Começaram a cantar quanto tinham 12 de 13

“Não são apenas músicas trabalhadas nas rádios. Escolhemos músicas que a gente ouvia, de discos inteiros, e tirava as que ficavam melhor com as nossas vozes”, explica João Bosco ao iG.

Isso explica a escolha do repertório com títulos praticamente desconhecidos como “Me Leva Pra Casa” (do segundo disco de Zezé e Luciano, de 1992),  “Vida Pelo Avesso” (da dupla Durval & Davi, de 1987) e “As Paredes Azuis” (de João Mineiro & Marciano, de 1984). “São músicas que nos marcaram muito e não escolhemos nenhuma clichê”, disse o sertanejo.

A favorita, segundo ele, é “Esperando Você Chegar”, cantada com participação de Roberta Miranda, mas original de Chrystian & Ralf. A dupla goiana, aliás, é dona do disco favorito de João -- “Prazer por Prazer”, de 1995. “Para mim é um dos melhores. Foi uma pena que eles não puderam gravar com a gente.”

Bem antes do universitário

João fala com saudosismo sobre a época em que cantavam nos bares de Campo Grande, quando ele estudava odontologia, e Vinícius fisioterapia. “No bar a reação é imediata. Você sabe se a pessoa está gostando ou não. Então muda, aprende a improvisar.”

Para ele, o que não mudou nesses 22 anos foram a amizade e vontade de realizar sonhos. “Poder reunir treze ídolos para cantar no nosso disco, esse tipo de coisa faz com que a gente continue. A vontade de se superar é a mesma.”

Capa do disco

Por outro lado, o sucesso nacional desafia a dupla cada vez mais. “Quando você consegue o sucesso a cobrança passa a ser maior, tanto dos contratantes, quando do público. Aprendemos isso: o artista tem que se manter sempre relevante.”

Considerados precursores do sertanejo universitário, João e Vinícius discordam que o gênero abandonou as raízes da música caipira ou do próprio sertanejo. “Nunca nos preocupamos com isso. E também nunca perdemos o tema maior do sertanejo, que é o amor”, diz João.

Ele explica que “Estrada de Chão” até surgiu apenas como um “projeto paralelo”, mas enquanto as músicas foram ficando prontas, perceberam que o potencial do disco como comercial. “A aceitação está sendo maravilhosa. Independente de ser sertanejo ou universitário, é tudo sertanejo.”

Atualmente, a João e Vinícius estão na estrada, começando a trabalhar as músicas de “Estrada de Chão” aos poucos. A primeira é a única inédita da dupla, que abre o disco, “Amiga Linda”. Depois, vão ensaiar um show completo, que deve estrear no segundo semestre. “Queremos fazer um show mais intimista, para ter uma proximidade maior com o público”, finaliza João.

 

Fonte: IG

Jovem aos 69, Gal Costa lança álbum de estúdio: "É um momento de recomeço"

Com novo disco de estúdio nas lojas na próxima segunda (25), Gal Costa se diz fascinada por recomeços. Foi assim, se reinventando, que se uniu a Caetano Veloso para moldar "Recanto", em 2011, espécie de resgate estético de sua cultuada fase tropicalista, maior ruptura em décadas.

E é também dessa maneira que ela parece definir o espírito do novo "Estratosférica", aqui apegando-se ao espaço físico que habita. "Sempre digo que este momento é de recomeço para mim. E estar aqui significa isso. São Paulo é o começar. O começo e o recomeço", filosofa a "paulista-baiana".

Com produção de Alexandre Kassin e Moreno Veloso, o álbum é musicalmente mais "moderado" que o predecessor, mas nem por isso deixa de soar atual. Mistura composições da nova (Marcelo Camelo, Mallu Magalhães, Criolo, Céu) e antiga gerações (Tom Zé, Milton Nascimento, Caetano, Johnny Alf) da música brasileira.

 

Capa de "Estratosférica", novo álbum de Gal Costa

 

Com um olho à frente e o outro no retrovisor, Gal precisou aprender a conversar com a nova geração de fãs. Gente moderna, interessada principalmente em sua época mais anárquica, de 1969 a 1972, que rendeu clássicos como "Legal" e "Fa-Tal - Gal a Todo Vapor".

De lá até a recente reinvenção, ela aquietou-se em um repertório mais reverente à MPB. Por causa disso, assim como outros colegas de sigla, foi criticada por um suposto "encaretamento". "Gravei alguns discos [nos anos 60] usando o grito como expressão de canto. Mas não acho que isso seja regra para nada. A música pode ser ou não ser desse jeito", contemporiza.

O que não muda nunca para a diva, rótulo que Gal não afasta, são os cabelos, sempre negros e cacheados, e a boca desenhada, "como se fosse de palhaço", diz. A icônica imagem de Gal Gosta estampa a capa do novo disco. "Isso não tem como mudar (risos). Lembro que, quando eu era menina, cabelo liso que era legal. Cacheado não era. Depois, cacheado virou legal. E meu cabelo é cacheado. Eu gosto", diz Gal, aos 69 anos, 50 só de carreira

Veja abaixo os principais trechos da entrevista.

UOL - "Estratosférica" tem rock, sons eletrônicos, mas também baladas e melodias inspiradas no samba. Como foi chegar a esse conceito de "meio termo", olhando para frente e para trás?

Gal Costa - Esse conceito foi o momento que me trouxe. Quando o Caetano produziu para mim o "Recanto", ele já havia percebido que os jovens estavam voltados para o meu trabalho e para minha história. E o "Estratosférica" veio para solidificar isso.

E a ideia era realmente fazer um trabalho voltado ao olhar dos jovens. Um trabalho para resgatar minha história. É como você disse, olhando para frente e para trás. Toda essa atmosfera faz parte da minha história musical. Momentos radicalmente diferentes, não só musicais, mas também comportamentais, de roupas e tudo mais.

Tentar permanecer atual é uma preocupação?

É. Acho que é uma coisa que eu tenho. E uma coisa que acompanha minha trajetória. E os momentos e épocas diferentes pelos quais eu passei. Cada uma de uma forma diferente.

Por que você mudou tanto em "Recanto"?

Na verdade, eu não estava fazendo nada. Fiquei uns quatro anos parada, fazendo um show, cantando grandes hits da minha carreira. Estava mais fazendo turnê, e não gravando. Então Caetano me chamou espontaneamente para compor o repertório e criou o "Recanto" para mim.

E foi realmente uma sacudida. E não foi nada estranho, porque tudo que foi feito ali cabia, fazia parte de mim e sentido na minha carreira. Então, a partir daí, eu resgatei uma fase da minha história rica e que veio de novo à tona.

Muitos dizem que você encaretou nos anos 1980, assim como outros artistas da sua geração.

Não acho. Acho que aquele psicodelismo que havia antes, nos anos 60, com Jimi Hendrix e Janis Joplin, aquilo que havia quando eu fiquei aqui no Brasil, enquanto Caetano e Gil estavam exilados, era um "radicalismo", digamos assim.

Gravei alguns discos, especificamente um bastante radical, em que eu usava o grito como expressão de canto. Não que eu ache que isso seja regra. A música pode ser assim ou pode não ser. Mas eu acho que a juventude se referencia muito pelo tropicalismo. Grande parte dos jovens que compõem hoje seguem esse caminho. Pela busca de uma linguagem eletrônica e diversificada.

O tropicalismo não só trouxe uma sonoridade para a música brasileira, a da MPB, vamos dizer assim. Mas resgatou também muitos compositores que não eram valorizados no Brasil.

Por que esse período marcou tanto?

Para os jovens, aquela época ficou como uma espécie de mito. Um momento importante. E de reinvenção. Acho que é isso. É historicamente importante mostrar esse momento para os jovens que não viveram isso.

Mudando de assunto. Recentemente, o Ed Motta criou polêmica ao criticar duramente o público brasileiro que vai a shows no exterior. Já passou por algum problema assim?

Nem vou me meter nessa polêmica. Mas eu canto muito fora do Brasil. Faço show na Europa, América Latina e Estados Unidos. E vai muita gente brasileira, e muito americano e estrangeiro também. Muita gente que até aprendeu a falar português por causa da música do Brasil.

Acho que meu público no exterior é relacionado a quem gosta de música brasileira. Então eu não me importo que brasileiro vá. Imagina. Eles vão porque gostam e sentem saudade da música. Até se sentem honrados e orgulhosos pela música do Brasil ser cultuada e respeitada no mundo todo.

Você nunca perdeu essa aura de tranquilidade, mesmo morando há anos em uma cidade como São Paulo. Qual é o segredo?

Tem pessoas tranquilas em São Paulo, sabia? (risos) É uma cidade difícil. As pessoas trabalham e pensam muito em trabalhar. Mas acho que trabalhar é bom. Na minha opinião, enobrece as pessoas. Lembro de meu avô dizendo, com orgulho: "Puxa, comprei a primeira casa que tive com o esforço do meu trabalho".

Gosto muito de São Paulo. É uma cidade tão bacana... Você pode tanto ficar em casa, se isolar, quanto ir pra rua, pra festa. Tem tanta coisa diferente para fazer. Uma cidade tão rica e bacana. Gosto muito dos paulistas. Eles me veem na rua e falam como se eu fosse uma velha amiga. Isso é superlegal. Claro que tem um trânsito estressante, mas em qualquer lugar no Brasil hoje é assim.

Estar em SP influencia no seu trabalho?

Acho que sim. Mesmo que eu não saiba como. Mas influencia para o bem. Sempre digo que este momento é de recomeço para mim. E estar aqui significa isso. São Paulo é o começar. O começo e o recomeço.

Você muda de estilo, muda de fase, mas o cabelo...

Isso não tem como mudar (risos). Lembro que, quando eu era menina, cabelo liso que era legal. Cacheado não era. Depois, cacheado virou legal. E meu cabelo é cacheado. Eu gosto.

E minha boca, eu nasci com essa marca. Ela é meio "palhaço", assim, tem um desenho bem definido. Com tudo, não é redonda. Então mantenho tudo isso. Eu gosto de cabelo cacheado. São as minhas duas marcas essenciais, fisicamente falando.

E para os próximos projetos, vai seguir olhando para frente?

Claro. Penso sempre nisso. Sempre para frente, como diz a música que abre o disco: "Nada do que fiz, por mais feliz, está à altura do que há por fazer".

 

Fonte: UOL

Entrevista a Maria Bethânia

Primeiro no Porto, depois em Lisboa, Maria Bethânia está de regresso a Portugal para Abraçar e Agradecer, o espetáculo de celebração dos 50 anos de carreira. Vão longe os anos em que lhe censuravam os espetáculos mas continua a cantar "pelo povo e para o povo"

Lembra-se da primeira vez que veio a Portugal?

Perfeitamente. O Caetano [Veloso] estava no exílio e eu participei num festival na televisão. Queria cantar a Tua Presença Morena, do Caetano, mas Portugal também estava em ditadura e não deixaram. Nem me lembro o que cantei.

No ano passado lançou um documentário, O vento lá fora, a declamar Pessoa. Quando o descobriu?

Foi-me apresentado por Fauzi Arap, o meu mestre e diretor teatral, em 1971, quando me fez dizer em cena o poema doMenino Jesus. Ficámos juntos até à morte dele e eu fui estudando o poeta até ao ano passado quando surgiu a colaboração com a professora Cleonice, a maior autoridade brasileira em Pessoa.

Tem um poema favorito?

Não posso escolher. A cada dia gosto de um poema, de uma ária, de uma prosa, de um verso ou de um heterónimo diferente. É igual aos dias, conforme nascem com sol ou chuva, sou eu com o Fernando.

Esteve na homenagem à Amália. Continua a acompanhar a música portuguesa?

Tenho amigos e amigas cantoras e poetas da novíssima geração que admiro muito. Mas para mim Amália é outra deusa, está junta com Piaff, Judy Garland, Billie Holiday ou Maria Callas. A Amália foi um acontecimento musical raro no Mundo. Aos 13 anos já a ouvia, eu e o Caetano assistimos a todos os concertos que fez no Rio de Janeiro. Da nova geração adoro a Mísia, o Tiago Mello, a Mafalda ... A Inês Pedrosa também é uma autora extraordinária. Adoro.

Estreou-se com uma peça muito política em 1965 com a ditadura militar acabada de instalar. Era uma menina de 17 anos, não teve medo?

Aos 17 anos não tinha medo de nada, nem de trovoada quanto mais de autoridade. Hoje é pior, crescemos, aprendemos umas coisas e ficamos meio receosos. Sofremos muito com o exílio do Caetano.

 

Fonte: DN

Três novas músicas de Saulo estão na web

O cantor Saulo disponibilizou  nesta quinta-feira (21) na internet três músicas já finalizadas do seu novo álbum “Baiuno”.  A saber; “Floresça” (Saulo /Gigi), faixa 5 do disco com participação especial de Roberto Mendes; “Veloso Cidade” (Saulo ) é a faixa 9, mais uma declaração de amor à Salvador com a participação especial do amigo Dom Chicla e “Outra Vez” , canção romântica também composta pelo artista composta por Saulo com a presença da cantora africana Júlia Sarr no coro. Essa última foi a escolhida para entrar nas rádios de todo o Brasil. Em breve o público poderá conhecer todas as canções inéditas de “Baiuno”.

 

Floresça: https://www.youtube.com/watch?v=Zae4rPZLMPU

 

Veloso Cidade: https://www.youtube.com/watch?v=XsTGU-h9v5I

 

Outra Vez: https://www.youtube.com/watch?v=Qp5-R5Guh9k

 

Fonte: Blog do Marron

Roberto Carlos lidera o Top Nacional

 O registo ao vivo de Roberto Carlos, "Ao Vivo em Las Vegas", é o que, esta semana, chega à liderança do top nacional de vendas, depois dos concertos que o cantor deu em Portugal nos dias 14 e 15 deste mês, no Meo Arena, em Lisboa, e 16 e 18 no Multiusos, em Gondomar.

 
Para o segundo lugar desceu Camané com o seu "Infinito Presente" e logo a seguir, em terceiro, encontramos "Uma Questão de Princípio", dos D.A.M.A..
 
Descendo até ao oitavo lugar encontramos "Lifeboat", de Mazgani, que corresponde à grande subida no top de 20 lugares, e Roberto Carlos repete a presença no top, no nono posto, com "Duetos II".
 
Nos DVDs os títulos infantis de Xana Toc Toc e Panda e os Caricas continuam a dominar a tabela.
 
Confira aqui ambas as tabelas completas.
 
Fonte: Cotonete

Pablo lança clipe para o hit “Homem Não Chora”

Depois de bombar na Internet, nas rádios e nos programas da TV brasileiro, o cantor Pablo lançou o clipe da música “Porque Homem Não Chora“. Nesta semana, o rei da sofrência lançou o vídeo do YouTube.

A faixa integra o disco “É Só Dizer Que Sim”, já à venda nos formatos digitais CD. Gravado em estúdio, o clipe dá destaque à voz do cantor e aos instrumentos que compõem a canção.

Dê o play e confira o resultado:

 

  

Fonte: Cifra Club

Lenine e Cinematic Orchestra no Misty Fest

Lenine e Cinematic Orchestra são os primeiros nomes anunciados para o Misty Fest. O rocker brasileiro actua no Centro Cultural de Belém [CCB], em Lisboa, a 7 de Novembro, e na Casa da Música, no Porto, no dia 10. O projecto electrónico The Cinematic Orchestra tem já três espectáculos agendados: dia 7 de Novembro no Theatro Circo, em Braga; dia 8 no CCB; e dia 9 na Casa da Música.


Com mais de trinta anos de carreira e dez álbuns de estúdio (a contar com "Carbono", a ser brevemente lançado em Portugal), Lenine tem fundido o espírito pernambucano com os padrões rock ao som do seu violão e da sua guitarra. Presença frequente em palcos nacionais, Lenine actuou pela última vez em Portugal no Rock in Rio-Lisboa de 2014, ao lado de Rui Veloso e Angélique Kidjo.

O colectivo de nu-jazz The Cinematic Orchestra destacou-se através do álbum de estreia "Motion" (de 1999). A última vez que o projecto encabeçado por Jason Swinscoe actuou em Portugal aconteceu em 2009, com espectáculos na Aula Magna, em Lisboa, e no Teatro Sá da Bandeira, no Porto.

O Misty Fest é um festival que, ao longo do seu crescimento, se tem espalhado por várias salas do país, tendo já trazido a Portugal nomes como John Grant, Lloyd Cole, Echo & The Bunnymen ou Mark Kozelek.

Já estão à venda os bilhetes para os anunciados espectáculos.

 

Fonte: Cotonete

 

Roberto Carlos recebe galardão de carreira

Depois do segundo de dois concertos na Meo Arena, Roberto Carlos recebeu das mãos de Paulo Gonzo um galardão de carreira referente a 1.5 milhões de álbuns vendidos em Portugal.

A cerimónia informal contou com a presença de alguns convidados, entre os quais o músico e compositor Paulo Gonzo, Paulo Junqueiro (Dir. Geral da Sony Music Entertainment Brasil), Fernando Cabral (Vice Presidente da Sony Music Entertainment Latin Iberia) e Paula Homem (Dir. Geral Sony Music Entertainment Portugal).

 

Fonte: Destak

Roberto Carlos confessou que não canta "com a mesma alegria que cantava no início"

 

Após nove anos de ausência, Roberto Carlos realizou ontem o primeiro dos quatro concertos em Portugal, onde faltou alma e alegria, o que tornou o concerto muito morno.

Passavam quarenta minutos da hora marcada quando a magnifica banda, dirigida pelo Maestro Eduardo Lázaro, tocou um instrumental com excertos de refrões de temas do Rei.

Roberto Carlos sobe ao palco e o Meo Arena levanta-se, em uníssono, para aplaudir. Parecia que tinham uma mola em cada cadeira e que saltou quando o musico subiu ao palco.

Vestido, como sempre, de branco disse "quero dizer uma coisa para vocês" e começa a cantar o tema "Emoções", gravado em 1981 e que faz parte do álbum "Roberto Carlos" ("Quando eu estou aqui/eu vivo esse momento lindo"). Como não seria de esperar, o público acompanhou e no final aplaudiu com entusiasmo. Neste momento os fotógrafos saem de cena e não lhes foi permitido fotografar mais.

Para cativar o público, embora não fosse necessário, Roberto Carlos proferiu palavras agradáveis de ouvir: "obrigado por essas coisas lindas que tenho recebido de vocês", acrescentando que "gostaria de dizer muitas mais coisas, mas o meu negócio, entre outras coisas, é cantar".

Foi com "Eu te amo tanto", composta em parceria com Erasmo Carlos em 1968, e que faz parte do LP "O Inimitável", que continuou o concerto para 15 mil pessoas.

Uma referência para o majestoso jogo de luzes que acompanhou cada tema de Roberto e da banda.

Numa tentativa de interacção com o público, interrompe a canção para dizer "nós os caras sabemos que não é como nós queremos, mas sim como elas querem", referindo-se a quem manda nas relações. O Rei fez questão de salientar que "não existe um amor que ja se viveu. O verdadeiro amor existe sempre".

Um dos temas mais aguardados era "Calhambeque", tema que gravou em 1964 e fez parte do seu álbum "É proibido fumar". O tema foi dividido em duas partes: instrumental nos primeiros dois minutos e depois Roberto entra em palco para cantar. Foi uma ideia que agradou ao público e que tornou o tema ainda mais agradável.

O ponto alto foi quando interpretaram "As baleias", tema que gravou em 1981 e que faz parte do álbum "Roberto Carlos". Todo o pavilão acompanhou o musico e a banda. Notou-se mais alegria e alma no público que no interprete.

Roberto Carlos explicou que há uns anos tinha descoberto que nas canções de amor que fazia, "falava de alguma coisa a mais", embora não percebesse bem o que era. Alguém na plateia grita "inocência", mas ele respondeu "inocente nunca fui". Foi então que descobriu que "faltava falar de sexo", pois "o amor e o sexo são coisas que andam juntas"

O concerto não foi extraordinário, embora tivesse optimos musicos, uma produção bem feita. No entanto faltou a Roberto Carlos alma e alegria. Mas o musico confessou "não posso dizer que canto com a mesma alegria que cantava no início".

Numa altura em que a xenofobia voltou a ser tema do dia, Roberto Carlos sublinhou que "Brasil e Portugal têm uma relação de amor", frisando "tenho a certeza que se amam".

Durante cerca de duas horas foram também interpretados "Lady Laura", "Nossa Senhora", entre outros. Mas no final do concerto o Jornal Hardmusica perguntou a alguns espectadores: "qual o tema que gostavam que ele tivesse cantado?", e a maioria respondeu "Meu querido, meu velho meu amigo".

Roberto Carlos não se poupou em elogios à sua banda: "quem tem uma banda como esta não precisa de um cantor", salientando que "já tive oportunidade de gravar e tocar com os melhores musicos do mundo. A minha banda está incluida neles".

Roberto Carlos terminou com o tema "Jesus Cristo", gravado em 1970, em que o público que estava na primeira plateia levantou-se e foi para junto do palco. Após a interpretação, mas com a banda a tocar o instrumental, foi distribuindo rosas brancas e vermelhas ao público. Mas antes de as oferecer, beijava-as. Esta acção demorou cerca de dez minutos. O musico pensou que não teria de voltar ao palco, mas o público pediu mais. Bem mandado como mostrou ser, mesmo com a sala quase a metade, voltou para interpretar mais um tema e saiu. Mas já com as luzes acesas foi, novamente 'obrigado' a regressar para cantar outro tema. Assim que saiu, mesmo com o público a gritar por mais, foram acesas as luzes do palco. Assim já não havia mais hipoteses de voltar.

 

Fonte: Harmusica

Diogo Nogueira e Hamilton da Holanda: Samba, Bossa Nova e muita alegria no Tivoli

Diogo Nogueira e Hamilton da Holanda encheram ontem o Teatro Tivoli em Lisboa para um serão com os ritmos quentes e dançantes do Brasil.

A primeira parte esteve a cargo da Sacundeia, banda que trouxe o samba e que aqueceu o público, tanto que o colocou a dançar, fazendo-o saltar das cadeiras.

Aproximadamente 40 minutos de actuação que transformaram a sala lisboeta num mini sambódromo, fazendo a temperar aquecer ainda mais, numa noite bastante amena.

Depois de aproximadamente mais 20 minutos para reorganizar o palco, chegou a vez de subirem a palco os artistas principais desta noite brasileira no Tivoli: Bruno Nogueira e Hamilton da Holanda.

Num ritmo mais calmo trouxeram a palco para além do samba, a bossa nova, choro e a alma brasileira, interagindo com o público raras vezes, não sendo também necessário muitas mais pois a plateia maioritariamente brasileira fazia a festa sozinha.

"Salamandra" e "Brasil de hoje" foram dois os temas que compuseram um vasto alinhamento onde a voz de Diogo Nogueira e o bandolim de 10 cordas de Hamilton conjugaram na perfeição. Hamilton que ainda deu uns acordes iniciais do tema "Pastor", um tema icónico da musica portuguesa.

O Tivoli recebeu assim uma noite em que a música brasileira se mostrou com a alegria de sempre com dois artistas que demonstraram uma qualidade acima da média.

 

Fonte: Hardmusica

Adriana Lua levou Coliseu do Porto ao rubro

O Coliseu do Porto esteve ontem, dia 9, ao rubro, com o concerto de Adriana Lua, marcado pelo ritmo, dança e muita cor que deixaram a plateia ao rubro.
“As fases da Lua”, um espectáculo cheio de “energia positiva”, marcou o arranque da digressão da artista luso brasileira, bem como da gravação do seu novo DVD.
Foram mais de duas horas espectáculo que começou pouco depois da hora marcada. O ambiente estava quente, mas a histeria da multidão de fãs tornou-se real, quando a cantora entrou em palco e surpreendeu tudo e todos ao descer num baloiço não deixando margem de dúvidas para a sua boa forma física.
Ouviam-se aplausos, sons entoados de quem sabia bem as letras das canções e ninguém ficou indiferente à energia em palco da cantora, aos ritmos contagiantes do seu reportório e à viagem que fez pelos seus maiores “cartões-de-visita”.
“Tenho estado super ansiosa com a chegada deste dia”, porque “ é uma realização, um sonho concretizado e, por isso, entendo que não existem sonhos impossíveis”. A viver em Portugal há cerca de 12 anos, assume um carinho especial pela cidade invicta. “Eu sou uma mulher do Norte, acho a cidade do Porto lindíssima, é nesta região onde faço mais espectáculos e me sinto muito acarinhada pelas pessoas”. Assim, “não pensei duas vezes” antes de decidir por onde queria começar esta digressão, confessa.

Adriana Lua deu os primeiros passos no Brasil ao som da MPB, forró e axé, passando pelos “trios eléctricos” da Bahia até aos dias de hoje, em que a fusão das sonoridades contemporâneas fazem da cantora uma intérprete muito acarinhada pelo público português nos últimos tempos. Define-se como uma cantora “alegre, eclética, simples, genuína e não dispensa “falar de amor” através das suas baladas.

Adriana Lua entrou em palco com o tema «A festa começou e encerrou com «Vem que eu quero-te amar».

 

Fonte: Air Informação

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