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Música do Brasil

Música do Brasil

Martinho da Vila agrega cinco dos oito filhos em novo CD

 

Ao lançar seu primeiro disco em 1969, Martinho da Vila já avisou que na casa dele todo mundo era bamba. Passados 42 anos, o compositor agrega cinco dos oito filhos no CD e DVD Lambendo as Crias, editados pela MZA. Como os tempos são outros, Juju Ferreira faz um rap a partir da letra do samba Casa de Bamba.

O rap de Juju é detalhe charmoso de Lambendo as Crias. Todo mundo continua sambando na casa de Martinho. Tanto que Mart'nália, primeira "cria" do compositor a fazer sucesso, celebra  Dona Ivone Lara no samba inédito intitulado Lara. Já Analimar Ventapane - cantora que sempre atuou como vocalista nos shows do pai - cai no samba de Carnaval em Que Bom!, tema de Martinho e Dudu Nobre que encorpa a safra de inéditas de Lambendo as Crias.

Se o CD alinha registros feitos em estúdio, o DVD perpetua a roda de samba armada e captada ao vivo na sede da gravadora MZA Music.

Entre as regravações, o destaque é Jobiniando, parceria do compositor com Ivan Lins que se ajusta bem à voz de Maíra Freitas, a filha pianista de Martinho que acabou de lançar seu primeiro bom CD com fusão de música popular e erudita. Jobiniando cita na letra títulos de canções soberanas de Tom Jobim (1927 - 1994). Maíra está à vontade na faixa. Por sua vez, Tunico Ferreira tem chance de apresentar seu samba romântico Vivo pra Sentir seu Prazer. Já Martinho aproveita para registrar na sua voz o samba Na Minha Veia, dado para Simone. É coisa de bamba!

 

Fonte: Terra Música

Brazilian Day de Lisboa com Carla Visi

 

A edição 2011 do Brazilian Day Lisboa já está com a programação fechada. O evento será realizado na capital portuguesa, dia 15 de maio e terá a particpação da baiana Carla Visi (ex-Cheiro de Amor). Na mesma noite tambérm se apresentam o sertanejo Daniel, mais o angolano Abel Duerê, Rick Valen e uma Escola de Samba da cidade de Ovar próxima a Lisboa.

 

Fonte: Blog do Marrom

CPM 22 lança sétimo álbum com som renovado

 

A banda de hardcore CPM 22, dona de hits que não paravam de tocar na década passada - como "Regina Let’s Go", "Tarde de Outubro" e "O Mundo Dá Voltas" -, está com disco novo. É "Depois de Um Longo Inverno", sétimo álbum do grupo, que sai quatro anos após o último de inéditas, "Cidade Cinza" (2007).

O disco marca uma guinada no estilo e nas letras da banda. As guitarras pesadas e gritarias deram lugar ao punk-rock e ao ska, dois estilos musicais que influenciam o grupo desde sua formação, em 1995. É possível perceber, nesse novo repertório, influências de bandas como Clash, Ramones, Misfits, Pennywise, NOFX, Might Might Bosstones, entre outras.

"Escutamos de tudo, desde death metal até ska. Sempre quisemos fazer uma música nesse ritmo, mas não sabíamos se iria ficar bom", diz o guitarrista
Luciano Garcia. A primeira tiragem do álbum sairá com 10 mil cópias.

Segundo Garcia, apesar da banda ter sumido das rádios, o CPM 22 não parou de tocar. "Desde de 2007 não saímos da estrada. Estamos fazendo shows em todo o Brasil", garante. Pelo menos dois motivos, no entanto, foram responsáveis por esse hiato. O primeiro foi o desentendimento do grupo como selo Arsenal, pertencente à Universal.

"Nosso contrato nos obrigava a lançar mais um álbum com eles e não queríamos mais", diz. "Só conseguimos nos acertar agora e estamos lançando o álbum de forma independente, mas com o suporte do selo Performance Music", completa. O segundo motivo foi a saída do guitarrista Wally, também em 2007. "Parece que foi há muito tempo. Mas o tempo passa voando".

Praticamente todas as canções têm suporte de saxofones, trompetes e trombones. Os arranjos foram escritos por Daniel Ganjaman, integrante do coletivo Instituto. A canção que carrega mais no ska é a segunda do disco, "Vida ou Morte", com batidas sincopadas e saxofone bem evidente. Mas há espaço também para o bom e velho hardcore que caracteriza a banda. O estilo está presente nas canções "Filme Que eu Nunca Vi", "Hospital do Sofredor" e "Quem Sou Eu?!".

A adesão da banda ao estilo mais leve e descompromissado do ska e ao punk-rock indica um interesse deles em atingir novos públicos. Demonstra também uma maturidade musical, tanto nos arranjos, que estão mais elaborados, quanto nas letras. "Amadurecemos, sim. Agora, quando vamos compor, pensamos se fica melhor utilizar instrumentos como órgão, pianos, metais", conta Garcia. Mas a proposta é continuar tocando também hardcore.

 

Fonte: IG Música

Nenhum de Nós lança novo álbum de inéditas após seis anos

 

A banda gaúcha Nenhum de Nós, há 25 anos na estrada, lança o álbum "Contos de Água e Fogo", o 14º da carreira, só com músicas inéditas. O disco chega para quebrar um jejum de seis anos sem lançar nada novo. O último álbum com novas composições foi "Pequeno Universo", de 2005. Depois disso, em 2007, a banda gravou "A Céu Aberto", ao vivo, em comemoração aos 20 anos de carreira.
"Demoramos tanto tempo por uma questão logística. Nossa programação era lançar o disco em 2007, antes do ao vivo", diz o vocalista Thedy Corrêa. "Não temos essa ansiedade de fazer um trabalho atrás do outro. Acreditamos na consistência artística de cada projeto", completa o músico.

No caso de "Contos de Água e Fogo", essa consistência começa já no título do disco. "Traçamos um perfil do que queremos lançar em termos de letra e conteúdo.
Sempre buscamos um conceito. E no caso desse álbum, é um relato do contraditório", explica Thedy. "Falamos do positivo e do negativo. Do alívio e da dor. A própria canção 'Água e Fogo' fala disso. E a questão do 'Contos' é porque nossas letras trazem esse aspecto literário narrativo".

A faixa que abre o disco, "Correntes", remete ao ano de 1986, quando a banda fez sucesso em todo o País com "Camila, Camila". A canção tem uma pegada mais pesada, como esse hit, e coloca as guitarras em evidência. O lado mais roqueiro do grupo foi exposto propositalmente e de forma natural. E esse mesmo peso também é encontrado em "Outono Outubro".

Mas o disco também traz composições inspiradas na folk-music, como em "Pequena", com arranjos de viola e bandolim. Os gaúchos ainda contaram com a parceria do carioca Leoni (ex-Kid Abelha) em "Melhor e Diferente". "A colaboração de parceiros externos traz uma diversidade ao projeto e enriquece nossa história", garante Thedy. Além de Leoni, participaram o roqueiro baiano Fábio Cascadura, o uruguaio Socio e o argentino Pablo Uranga.

Gravado de forma independente, o disco foi lançado pelo selo Imã Records, com distribuição da Radar. "Nos comportamos como uma banda independente desde 1994", diz Thedy. "Dessa forma fazemos nosso trabalho sem nenhuma interferência", explica o vocalista.

 

 

 Fonte: IG Música

Pitty divulga novo clipe

 

Já está disponível na internet o clipe da música Comum de Dois, da roqueira baiana Pitty. O vídeo ao vivo faz parte de novo DVD da cantora, gravado no Circo Voador, Rio de Janeiro, no dia 18 de dezembro de 2010, e que deve ser lançado em breve. O novo CD e DVD de Pitty foi batizado de A Trupe Delirante No Circo Voador.

Entre no clima do projeto com o clipe de Comum de Dois:

 

 

Fonte: Axezeiro

32 anos de luta

Olodum comemora mais de três décadas de bela história

 

 

O Bloco Afro Olodum completou ontem [25.04], 32 anos de existência. A entidade carnavalesca nasceu no coração do Pelourinho em uma brincadeira, tornando-se um dos mais queridos da folia momesca. Nestas mais de três décadas, ele vem se reafirmando como importante entidade de resistência contra o racismo e pelos direitos humanos.

Expressão viva do samba-reggae, ritmo idealizado por Neguinho do Samba, o Olodum atrela elementos da cultura que descende da África à sonoridade dos tambores percussivos tocados por filhos da Bahia e, tendo esses elementos como base, se transformou em uma das bandas percussivas brasileiras de maior sucesso no internacionalmente. O grupo surgiu em 1979 e foi formado pelo amigos Carlos Alberto Conceição, Geraldo Miranda, José Luiz Souza Máximo, José Carlos Conceição, Antônio Jorge Souza Almeida, Edson Santos da Cruz e Francisco Carlos Souza Almeida.

 

Fonte: Axezeiro

Papas da Língua lança em breve novo trabalho ao vivo

A banda gaúcha Papas da Língua lança no próximo mês um novo trabalho ao vivo chamado “Bloco na Rua”. O lançamento estará disponível em CD e DVD e trará registrado cenas de dois shows realizados pela banda nos dias 26 e 27 de outubro do ano passado, no palco do Opinião, em Porto Alegre.

O título do CD/DVD é uma referência à música “Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua”, um dos grandes sucessos do cantor e compositor Sérgio Sampaio, lançada em 1972. Neste novo trabalho – o sétimo da carreira – o Papas da Língua regravou essa canção.

O repertório trará canções inéditas até então, como “Tô Fora” e “Olhos Verdes”, e músicas já conhecidas dos fãs. O primeiro ‘single’ é “Pingos de Amor”, que conta com a participação especial do cantor Buchecha.

Abaixo um trailer do DVD disponibilizado recentemente pela banda no YouTube:

 

 

Fonte: Território da Música

Veja os sete discos mais importantes da carreira de Zezé Di Camargo & Luciano

Dupla celebra 20 anos de estrada nesta terça (19); sucesso começou com É o Amor

 

 

Em 1991, antes mesmo da fama, Zezé Di Camargo era um jovem veterano da música popular.

Com 28 anos de idade, ele já tinha em seu currículo discos com duplas e também em carreira solo.

Até então, com nenhum deles havia alcançado as vendagens que esperava, apesar de, aos poucos, ter se tornado um compositor bem-sucedido, com músicas gravadas por Leandro & Leonardo e Chitãozinho & Xororó, que estavam em alta na época.

Mas logo chegaria a vez de Zezé. O sucesso veio quando ele montou uma nova dupla, desta vez com o irmão mais novo, Luciano (então com apenas 18 anos).

Em 19 de abril de 1991, a dupla lançou nas rádios a música É o Amor. A canção estourou, e começava aí uma história de muito sucesso. Nesta terça-feira (19), aliás, às 12h, as rádios populares de São Paulo vão tocá-la para homenagear Zezé e Luciano

O álbum ao qual a música pertencia foi lançado pela gravadora Copacabana, que não tinha a força das multinacionais do disco, mas mesmo assim fez sucesso.

Lógico que, em pouco tempo, uma das potências do mundo fonográfico assediou os filhos de Francisco.

Resultado: em seu terceiro álbum, Zezé Di Camargo & Luciano já faziam parte do cast de uma das maiores gravadoras do mundo: a Sony Music.

 

Conheça um pouco dos sete discos mais importantes da carreira da dupla:

 

Zezé Di Camargo & Luciano (1991)

 

cd é o amor zezé 300x

 

Além do grande estouro obtido pela hoje clássica É o Amor, o disco de estreia dos irmãos goianos enquanto dupla inclui pelo menos mais duas canções marcantes, Quem Sou Eu Sem Ela e Eu Te Amo, esta última versão em português de And I Love Her, dos Beatles.

 

Zezé Di Camargo & Luciano (1993)

 

zezé di camargo cd 1993 300x

 

A estreia de Zezé & Luciano na Sony foi bombástica, com direito a sucessos como Faz Mais Uma Vez Comigo, Saudade Bandida e Eu Só Penso Em Você, versão do hit americano Always On My Mind, que inclui a participação especial do lendário cantor americano Willie Nelson.

 

Zezé Di Camargo & Luciano (1995)

 

zezé di camargo 1995 cd 300x

 

Com seu quinto CD, a dupla beirou 2 milhões de cópias vendidas graças a sucessos como Pão de Mel, No Dia Em Que Eu Saí de Casa, Vem Ficar Comigo e uma releitura de Menina Veneno, grande estouro nos anos 80 com o seu autor, o inglês radicado no Brasil Ritchie.

 

Zezé Di Camargo & Luciano (1998)

 

zezé di camargo & luciano 300x

 

Com espírito de renovação e ousadia, Zezé Di Camargo e Luciano lançaram um disco que acabou se tornando o mais vendido de sua carreira, com quase 2 milhões de cópias e sucessos como Pra Não Pensar Em Você, Pior É Te Perder, Deus Salve a América e Dois Corações e uma História.

 

2 Filhos de Francisco- Trilha Sonora (2005)

 

trilha 2 filhos de francisco 300x

 

A trilha do filme que conquistou o país e mostrou a bela história da família Camargo foi produzida por ninguém menos do que Caetano Veloso. Inclui faixas da dupla e de artistas como o próprio Caetano, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Nando Reis e Wanessa, filha de Zezé.

 

Diferente (2006)

 

diferente zezé di camargo 300x

 

Mergulhando de vez na ousadia, Zezé e seu irmão investiram em um repertório mais sofisticado, com direito a participação especial de Chico Buarque em Minha História e releituras de clássicos do pop, como Hey Jude, dos Beatles, e How Can I Go On?, gravada por Freddie Mercury e Montserrat Caballé.

 

Duas Horas de Sucesso Vols. 1 e 2 (2009)

 

duas horas de sucesso cd 300x

 

O título não deixa margem a dúvidas: durante 120 minutos, Zezé Di Camargo & Luciano oferecem aos fãs seus maiores sucessos, em versões quentes e energizadas. É o melhor registro ao vivo da dupla goiana e equivale a uma espécie de "greatest hits live".

 

Fonte: R7 

Roberto Carlos é um camaleão da sociedade brasileira

Roberto Carlos em show no Rio de Janeiro em 1972

 

Há poucos dias, o golpe militar brasileiro de 1964 fez mais um aniversário, o 47º. Como de praxe nessas ocasiões, o nome de Roberto Carlos mais uma vez voltou à tona, aqui e ali, como se simbolizasse um posto avançado dos militares no campo cultural: “O cantor da ditadura”.

OK, o mais novo setentão da praça (que ironia, esse capixaba de Cachoeiro do Itapemirim nasceu em pleno dia do índio, 19 de abril de 1941) fez por merecer em vários momentos a associação. Mas o epíteto “o cantor da ditadura” bastaria para definir e circunscrever o mais importante artista popular de nossa história, o que mais vendeu discos, o que angariou mais seguidores, o que conquistou mais duradoura permanência? Ele teria mantido a imensa influência que exerce e resistido aos últimos 22 anos de regime democrático se fosse, mera e simplesmente, “o cantor da ditadura”?

Roberto Carlos ergueu uma montanha maciça na indústria brasileira do entretenimento, por uma razão desconcertante de tão prosaica: ele é a cara de qualquer brasileiro médio, em qualquer parte do país, pertencente a qualquer sexo, etnia ou classe social. Tal como o mais comum e banal dos brasileiros, Roberto não é muito bonito nem muito feio, muito alto ou muito baixo, nem tão genial nem tão medíocre, nem muito calado nem muito falante. Se vivesse pelado, pintado de verde, pareceria um índio daqueles que aqui viviam em 1500, como a maioria de seus leais admiradores. Roberto Carlos não é a cara da ditadura, ele é a cara do Brasil – ficou parecido com a ditadura quando o Brasil virou uma ditadura, o nosso camaleão, especialista em se confundir com a paisagem, qualquer que seja a paisagem.

O que não há como negar é que Roberto Carlos representa o status quo que governa o Brasil desde que o samba é samba. Eclodiu para o sucesso em 1961, no momento histórico traumático da renúncia do presidente Jânio Quadros. Tentava à época ser um cantor de bossa nova, mas teve de renunciar – como a maioria de seus patrícios, era provinciano, suburbano e mediano demais para ser ou ter uma garota de Ipanema.

 

 

Foi no trauma de uma renúncia que Roberto descobriu uma fórmula de sucesso: se seguir a favor da correnteza é um porto seguro, por que não fazê-lo, sempre, sempre e sempre? O ídolo que se construía foi adquirindo, sucessivamente, cara de João Goulart, de general ditador, de José Sarney, de Fernando Collor, de Fernando Henrique Cardoso.

É curioso acompanhar seu processo atual de recuperação, após uma série de crises pessoais na virada deste século. Nos últimos anos, o efeito da mimetização lhe exige que se pareça primeiro com um retirante transformado em operário (o que sempre foi, ainda que sua fábrica se chamasse palco, Sony Music e/ou Rede Globo), em seguida com uma mulher que foi maltratada pela ditadura com a qual ele se parecia nos anos 1970. Roberto até que tem se safado bem da saia-justa. Segue fazendo sucesso, mantém o trono simbólico, valoriza as homenagens partidas de dentro de seu escritório no formato dos shows e discos coletivos “Emoções Sertanejas” e “Elas Cantam Roberto Carlos”. “Elas” não são Dilma Rousseff, mas até poderiam ser.

Roberto Carlos durante show em São Paulo, em novembro de 2010

 

É notável, no entanto, que da posse de Luiz Inácio Lula da Silva para cá RC tenha lançado apenas dois álbuns com canções inéditas, um deles entremeado com regravações de temas antigos de Roberto & Erasmo Carlos (“Meu Pequeno Cachoeiro”), de Elvis Presley (“Loving You”) e do imaginário caipira paraguaio-brasileiro (“Índia”, sucesso em 1952 nas vozes da dupla afroindígena Cascatinha & Inhana). Sim, talvez Roberto Carlos encontre mais dificuldade em rebolar o quadril para a esquerda do que para a direita. Mas, mesmo aí, seria possível dizer que Roberto Carlos não seja tal e qual a imensa maioria dos brasileiros?

Titubeante, medroso, conservador, reacionário, direitista, cúmplice da ditadura – em onde Roberto se situaria de fato nessa gradação? É difícl responder, tanto quanto é fácil se valer da retórica do bode expiatório para purgar a ambiguidade ideológica de todo um país, bem mais ampla e disseminada do que a singela e solitária imagem de um (ex-)cantor de iê-iê-iê. Como o escritor Gustavo Alves Alonso Ferreira defende veementemente no novo livro “Simonal – Quem Não Tem Swing Morre com a Boca Cheia de Formiga” (ed. Record), trata-se de uma reconstrução histórica operada para vitimizar uma sociedade que, na “vida real”, se opôs à ditadura muito menos do que gosta hoje de reconhecer.

Dentro dessa lógica, simula-se que os músicos (e cidadãos) “do bem” são aqueles que há quatro décadas se colocaram contra o arbítrio e a opressão – Chico Buarque é o paradigma máximo desse tipo de herói bonito, pálido e de olhos azuis. Quem não reza exatamente nessa cartilha é tido como “do mal”. Mas, como não convém demonizar coletivamente mais da metade da MPB (ou do próprio Brasil), bodes expiatórios feito Wilson Simonal e Roberto Carlos servem bovinamente para purgar as culpas daqueles que preferem tapar o sol com a peneira da (falta de) memória.

Ora, mas se Roberto Carlos é “do mal”, “o cantor da ditadura”, por que diabos ele goza até hoje de tanta admiração, tantos contratos globais, tanta aceitação popular, tanto apoio?

A noção formulada a partir da intelectualidade dita progressista, de que artista “do bem” é aquele que luta contra ditaduras, encolhe (ou pelo menos tenta encolher) o campo de atuação da música popular. Alija, muitas vezes preconceituosamente, artistas que façam músicas ou letras “tolas”, “inconsequentes”, “alienadas” – mas só se não forem filiados à bossa nova. Finge não ver que a ditadura retratada nas músicas supostamente banais de RC era sombria, romanticamente mórbida, triste, taciturna, cabisbaixa. E, por último, mas não menos crucial, nega à música pop uma de suas funções primordiais, a de divertir.

Se o brasileiro de estatura mediana Roberto Carlos fosse padeiro em vez de cantor, seria possível que alguém esbravejasse, no 47º aniversário do golpe, algo como: “Em plena ditadura, esse padeiro se atrevia a fabricar... pães!”. Seria possível? Ou um padeiro é anônimo demais para servir de bode?

Roberto Carlos é grande (mesmo que seja de direita), também porque, do outro lado do espelho, a maioria absoluta dos brasileiros que o inventaram, fermentaram e fizeram vicejar ignora solenemente a luta maniqueísta do “bem” contra o “mal” que a MPB inventou para si. Esses preferem dar de ombros ao falatório estéril e seguir assoviando pela taba “Detalhes”, “Cavalgada”, “Eu Sou Terrível”, “Emoções”, “Quero Que Vá Tudo pro Inferno”.

 

Fonte: IG Música

A discografia de Roberto Carlos, álbum por álbum

Veja os destaques dos 44 discos do cantor, que completa 70 anos em 19 de abril

Louco por Você” (1961)
É o célebre disco proscrito por Roberto Carlos, que jamais permitiu sua reedição em qualquer formato. Jovem, ele iniciava jornada inseguro e indeciso, ora namorando o rock norte-americano, ora soando como um João Gilberto bem mais ligeiro e diluído. Destaque: “Louco por Você”

“Splish Splash” (1963)
Roberto abraça o rock e a música jovem, e assim começa a adquirir consistência e identidade. O roqueiro rebelde que incendeia comportamentos adolescentes já convive no mesmo corpo com o cantor romântico de baladas como “Na Lua Não Há” e “Professor de Amor”. Destaques: “Parei na Contramão”, “Splish Splash”

“É Proibido Fumar” (1964)
Em seu auge como roqueiro e rebelde, RC se esparrama pela sensualidade (“Um Leão Está Solto nas Ruas”), pelo soul rasgado de dor (“Nasci para Chorar”) e pelo romantismo açucarado (“Rosinha”). Destaques: “O Calhambeque”, “É Proibido Fumar”

“Roberto Carlos Canta para a Juventude” (1965)
O início influenciado pelas vertentes “adultas” da canção de fossa e da bossa nova é rapidamente apagado, e a gravadora CBS (hoje Sony) investe na estratégia, até aqui inédita, de associar a música popular com um movimento essencialmente jovem. Destaques: “História de um Homem Mau”, “Não Quero Ver Você Triste”, “A Garota do Baile”

 

 

“Jovem Guarda” (1965)

O tema “juventude” chega ao ápice com o batismo do nome do movimento, jovem guarda, imediatamente aproveitado pela TV Record para titular o avassalador programa dominical apresentado por Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa. A imagem transgressora (como no rock anticasamento “Não É Papo pra Mim”) continua a ser vendida em paralelo com a fofura romântica-juvenil de “Escreva uma Carta, Meu Amor”. Destaques: “Quero Que Vá Tudo pro Inferno”, “Mexerico da Candinha”, “Lobo Mau”

“Roberto Carlos” (1966)
No primeiro disco pós-estouro do programa “Jovem Guarda”, RC soa amadurecido, mas também calcado mais que nunca no imaginário dos Beatles. A capa, na qual posa solitário num fundo negro, imita a de “With The Beatles” (1963), mas transformando em uma só as quatro cabeças da banda britânica. Destaques: “Namoradinha de um Amigo Meu”, “Eu Te Darei o Céu”, “Querem Acabar Comigo”, “É Papo Firme”

“Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1967)
Novamente inspirado nos Beatles, Roberto faz de seu sétimo álbum a trilha sonora e o pano de fundo do filme homônimo, forrado de cores pop, empáfia juvenil, cenas de paquera e perseguições adrenalinadas. Surgem aqui algumas das mais potentes baladas românticas envenenadas do “rei da juventude”: “De Que Vale Tudo Isso”, “Por Isso Corro Demais”, “Você Não Serve pra Mim”. Destaques: “Eu Sou Terrível”, “Quando”, “Como É Grande o Meu Amor por Você”

“O Inimitável” (1968)
O título insinua preocupação com a profusão de clones de RC, mas musicalmente ele atinge novo ápice de segurança e substância. Atento para o desgaste da jovem guarda, Roberto abandonou o programa pouco antes de lançar esse disco, o primeiro fortemente influenciado pela soul music norte-americana. O romantismo já atinge piques mórbidos, nas aparentemente fofas e amorosas “Ciúme de Você”, “Se Você Pensa” e “É Meu, É Meu, É Meu”. Destaques: “Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo”, “As Canções Que Você Fez pra Mim”

 

 

“Roberto Carlos” (1969)
No primeiro de uma longa série de discos sem título, o artista ilustra solidão e tristeza na capa em que repousa abandonado numa praia vazia e, principalmente, em algumas das baladas mais desesperadas de sua história. Amplificando a linha soul que domina o disco, RC lança Tim Maia, autor do funk da pesada “Não Vou Ficar”. Destaques: “As Curvas da Estrada de Santos”, “Sua Estupidez”, “As Flores do Jardim de Nossa Casa”

“Roberto Carlos” (1970)
O desespero do disco anterior se aprofunda em seu último álbum calcado na soul music – a faixa “120... 150... 200 Km por Hora” chega a fazer leve insinuação suicida. Em contraponto, aparece pela primeira vez a veia religiosa do artista, no eloquente hino gospel “Jesus Cristo”. Destaques: “Meu Pequeno Cachoeiro”, “O Astronauta”, “Ana”

“Roberto Carlos” (1971)
Inicia-se a maior transformação de identidade da história do artista. RC abandona as personas de roqueiro rebelde e baladeiro soul (resiste apenas o incisivo soul-rock semi-religioso “Todos Estão Surdos”), rumo à construção do ícone romântico por excelência, inspirado na grandiloquência musical de cantores como Frank Sinatra. “Detalhes” surge como paradigma maior do maior dos românticos brasileiros. Destaques: “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos”, “Amada, Amante”, “Como Dois e Dois”

“Roberto Carlos” (1972)
Já a partir da expressão facial da capa, RC investe na melancolia e no desamparo com os quais qualquer brasileiro médio se identificará profundamente. Sem resquícios de rock ou soul, predominam os temas de comportamento – notadamente conflitos familiares e rupturas conjugais, em “Quando as Crianças Saírem de Férias”, “À Distância...” e “À Janela”. Destaques: “O Divã”, “A Montanha”, “Como Vai Você”

“Roberto Carlos” (1973)
Ao romantismo já habitual, RC soma o afago à alma romântica latino-americana: a partir da releitura de “El Dia Que Me Quieras”, de Carlos Gardel, a maioria de seus próximos discos incluirá uma faixa interpretada em espanhol. Destaques: “O Homem”, “A Cigana”, “Proposta”

 

 

“Roberto Carlos” (1974)
Mensagens de positividade e religiosidade falam alto aqui, em “É Preciso Saber Viver” e, sobretudo, em “Eu Quero Apenas”, o clássico no qual RC avisa que “eu quero ter um milhão de amigos/ e bem mais forte poder cantar”. Destaques: “O Portão”, “Despedida”

“Roberto Carlos” (1975)
O porta-voz do otimismo dá ares pacifistas a “O Quintal do Vizinho”, e RC toma a atitude incomum de gravar compositores da MPB (em “Mucuripe”, de Fagner e Belchior). “Seu Corpo” dá solidez a uma nova e produtiva vertente, das canções sensuais-sexuais. Destaques: “Além do Horizonte”, “Olha”

“Roberto Carlos” (1976)
“Os Seus Botões” é a canção sensual histórica num disco que, de resto, volta a flertar com o rock, naquela que é talvez a última canção rebelde de RC, “Ilegal, Imoral ou Engorda”: “Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda?”, protesta o narrador. Destaques: “O Progresso”, “Você em Minha Vida”, “Um Jeito Estúpido de Te Amar”

“Roberto Carlos” (1977)
Momento de ápice do Roberto Carlos romântico-sensual, esse disco conta com os clássicos “Cavalgada”, na vertente sexy, e “Outra Vez”, na linha das canções torturadas de abandono amoroso. Destaques: “Amigo”, “Falando Sério”, “Jovens Tardes de Domingo”, “Muito Romântico”

“Roberto Carlos” (1978)
A safra religiosa (“Fé”), a sexual (“Café da Manhã”) e a familiar (“Lady Laura”, dedicada à mãe) se somam e convivem harmoniosamente, constituindo um tripé de sustentação da popularidade crescente de RC. Destaque: “Força Estranha”

“Roberto Carlos” (1979)
A homenagem familiar da vez é ao pai, em “Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo”. “O Ano Passado” integra a linha do protesto ecológico. Destaques: “Abandono”, “Na Paz do Seu Sorriso”, “Costumes”

 

 

“Roberto Carlos” (1980)
O sucesso e o poderio do “rei” atingem ápices históricos nessa virada de década, acompanhando e conduzindo o crescimento vertiginoso do mercado fonográfico como um todo. No campo musical, o tom épico de “A Guerra dos Meninos” simboliza a hipertrofia. Destaques: “Amante à Moda Antiga”, “Não Se Afaste de Mim”

“Roberto Carlos” (1981)
Esse disco demarca recorde comercial e momento de maior grandiloquência musical de RC, expressa no arranjo épico da balada ecológica “As Baleias” e em mais um clássico absoluto de seu repertório: “Emoções”. Destaques: “Ele Está pra Chegar”, “Cama e Mesa”, “Eu Preciso de Você”

“Roberto Carlos” (1982)
Esse disco sublinha, mais uma vez, os temas de dissolução conjugal, como em “Fim-de-Semana”, sobre um pai separado que tenta aproveitar ao máximo os poucos momentos que passa com os filhos. Pela primeira vez, uma artista da MPB participa de um disco de RC: Maria Bethânia divide com ele a faixa “Amiga”. Destaque: “Fera Ferida”, “Meus Amores da Televisão”

“Roberto Carlos” (1983)
Começa por aqui a ressaca da fúria comercial dos anos anteriores: as baladas românticas de Roberto e Erasmo começam a dar sinais de cansaço. Destaques: “O Côncavo e o Convexo”, “O Amor É a Moda”

“Roberto Carlos” (1984)
O ídolo testa se popularizar ainda mais, namorando o nicho sertanejo em “Caminhoneiro”, na qual traça paralelos entre a própria solidão e a dos motoristas nômades pelas estradas do Brasil. A canção rendeu dissabores: Roberto e Erasmo não perceberam, mas se tratava da melodia de “Gentle on My Mind”, country rock gravado nos anos 60 por Elvis Presley. Destaques: “Coração”, “Eu e Ela”

“Roberto Carlos” (1985)
Movido pelo advento da chamada Nova República, RC surpreende ao arriscar identificar-se com o orgulho de ser brasileiro, em “Verde e Amarelo”. Destaques: “Símbolo Sexual”, “A Atriz”

“Roberto Carlos” (1986)
A vertente ecológica se transmuta em cataclísmica em “Apocalipse”. É desse disco a balada que, retrabalhada nos anos 90 por artistas de pagode e axé music, se tornará um clássico da fase madura de RC: “Amor Perfeito”. Destaque: “Do Fundo do Meu Coração”, “Aquela Casa Simples”

“Roberto Carlos” (1987)
RC mantém padrão de certo desleixo musical e volta a sofrer acusações de plágio, dessa vez por conta de uma canção antidrogas batizada “O Careta”. Destaque: “Tô Chutando Lata”

“Roberto Carlos” (1988)
O desgaste dá a tônica desse período de aparente “piloto automático”, do qual esse disco, juntamente com o seguinte, é exemplo máximo. Destaque: “Se Diverte e Já Não Pensa em Mim”

 

 

 

“Roberto Carlos” (1989)
O “índio” RC adota uma pena pendurada na orelha como parte do visual e volta a investir na brasilidade, na faixa ecológica “Amazônia”. Destaque: “Só Você Não Sabe”

“Roberto Carlos” (1990)
“Por Ela”, versão de sucesso do ídolo latino Julio Iglesias, é o ponto de apoio do disco. Destaque: “Super-Herói”

“Roberto Carlos” (1991)
A primeira eleição direta pós-ditadura e a era Collor repercutem em RC, na balada “Primeira Dama”, que tenta exalar romantismo através de termos emprestados da política. A veia religiosa volta mais explícita que nunca, em “Luz Divina” (“essa luz/ só pode ser Jesus”). Destaque: “Oh, Oh, Oh, Oh”

“Roberto Carlos” (1992)
RC encontra uma nova e eficaz via de comunicação em “Mulher Pequena”, a primeira de uma série de músicas fundadas no elogio aos atributos de personagens marginalizados por características físicas ou sociais. Destaque: “Herói Calado”

“Roberto Carlos” (1993)
“Coisa Bonita (Gordinha)” se dirige com sucesso a outro público minoritário, assim como faz, em outro registro, “O Velho Caminhoneiro”. Destaque: “Nossa Senhora”

“Roberto Carlos” (1994)
Após uma década vacilante, RC exibe-se revigorado por um disco de produção mais esmerada, fruto de uma vantajosa renovação de contrato com a Sony Music. “O Taxista” é a canção feita para fortificar laços entre “rei” e fãs marginalizados. Destaques: “Alô”, “Quero Lhe Falar do Meu Amor”

 

“Roberto Carlos” (1995)
As mulheres que usam óculos são o público-alvo estigmatizado da vez. Destaque: “O Charme dos Seus Óculos”

“Roberto Carlos” (1996)
Sob impacto do sucesso mercadológico do padre-cantor Marcelo Rossi, “O Terço” carrega nas tintas religiosas. A minoria afagada é a das mulheres maduras. Destaques: “Mulher de 40”, “Cheirosa”

“Canciones Que Amo” (1997)
Primeiro álbum com título em 30 anos, marca também uma novidade temática: é CD apenas de intérprete, devotado a repertório latino-americano. Perdida ali no meio há uma música brasileira, “Insensatez”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Insensatez”, cantada em espanhol por RC. Destaque: “El Manicero”

“Roberto Carlos” (1998)
Em via-crúcis junto à mulher Maria Rita, diagnosticada com câncer, RC deixa sua produtividade se truncar deste disco em diante. Com apenas quatro faixas inéditas de estúdio, o CD fica inconcluso e é completado por versões ao vivo de sucessos antigos. Destaques: “Eu Te Amo Tanto”, “O Baile da Fazenda”

“Amor sem Limite” (2000)
Com a morte de Maria Rita, 1999 se torna o primeiro ano em que RC não lança disco desde a estreia em 1961. Totalmente impregnado pela memória da mulher, o CD de volta é o primeiro desde 1963 sem Erasmo Carlos como coautor. Destaques: “O Grande Amor da Minha Vida”, “Amor sem Limite”, “O Grude (Um do Outro)

 

“Acústico MTV” (2001)
Não é o primeiro disco ao vivo de RC (já lançara um em 1988), mas é significativo por marcar o reencontro do artista com arranjos mais orgânicos e delicados de peças históricas de seu repertório. Destaques: “Além do Horizonte”, “Detalhes”

“Roberto Carlos” (2002)
A Sony tapa buraco com mais um ao vivo, maquiado com os chamarizes de uma única inédita gravada em estúdio e duas antigas remixadas, em consonância com a voga de música eletrônica do período. Destaque: “Seres Humanos”

“Pra Sempre” (2003)
A devoção a Maria Rita segue dominando mais uma leva de composições inéditas solitárias: “Acróstico”, “Pra Sempre”, “Todo Mundo Me Pergunta”. Destaque: “O Cadillac”

“Roberto Carlos” (2005)
Após mais um ao vivo em 2004, RC prepara um disco de flerte com a música caipira, incluindo uma versão de “Índia” e a participação de Chitãozinho & Xororó (em “Arrasta uma Cadeira”). Um sucesso de Elvis Presley, “Loving You”, encerra o CD, marcado também pela volta do parceiro Erasmo, em duas novas e duas regravações. Destaque: “Meu Pequeno Cachoeiro”, “A Volta”

“Roberto Carlos e Caetano Veloso e a Música de Tom Jobim” (2008)
O maior ícone da música (realmente) popular brasileira se encontra com um dos maiores ícones da MPB, para homenagear o maior compositor da bossa nova. Registro ao vivo de um show, o disco abre temporada de silêncio discográfico que se estende até hoje, só quebrada por breves aparições nos álbuns coletivos ao vivo “Elas Cantam Roberto Carlos” (2009) e “Emoções Sertanejas” (2010). Destaques: “Samba do Avião”, “Por Causa de Você”, “Corcovado”, “Chega de Saudade”

 

Fonte: IG Música

Tchau, I Have To Go Now

 

Agora é oficial. Em entrevista exclusiva concedida à jornalista Wanda Chase, o cantor Tuca Fernandes divulgou sua saída da banda Jammil e Uma Noites. Na matéria exibida no jornal Bahia Meio Dia [Rede Bahia], ele apontou o desgaste de anos como motivo da separação e deixou claro que não houve briga física.
 
Além de formalizar o que a mídia vinha divulgando a semanas, Tuca contou que está feliz por que os músicos e staff com quem trabalhou no Jammil estão com ele nesta nova fase.  O cantor também informou que já tem uma agenda de shows por várias cidades brasileiras nos próximos meses.
 
Tuca cumpre agenda como vocalista do Jammil até o final do mês de abril.

 

Fonte: Axezeiro

Simone encantou coliseus

 

Num Coliseu dos Recreios a três quartos, Simone actuou para uma plateia maioritariamente feminina. Toda vestida de branco como já vem sendo habitual na cantora, Simone entrou em palco para interpretar o tema “Tô que Tô”.

Uma plateia fria solta alguns aplausos no final do tema. Sem quaisquer palavras inicia “Love”.

Só na quarta música, “Lá vem a baiana” é que algumas pessoas da geral lateral e camarotes laterais se começaram a mexer simulando alguma dança. 

No final do quinto tema “Fullgas” é que a artista decide cumprimentar o público do Coliseu de Lisboa. Tinham já passado vinte minutos de espectáculo.

Para Simone “este país é um país de vocês, nosso. É o meu segundo país.” Justificando que não estava numa de “puxando o saco” disse “quem me conhece sabe que digo o que penso e o que sinto”.

Em “Encontros e despedidas” a plateia reagiu chegando a acompanhar a artista no início do tema.

Simone classificou o espectáculo dizendo “este show é sobre o amor, o amor entre duas pessoas”.

Com o tema “Começar de novo” começou a aquecer a plateia, decorriam pouco mais de trinta minutos de espectáculo. O tema foi aplaudido com mãos e pés tendo Simone agradecido batendo os pés em cima do palco.

Um problema que a cantora teve desde o início do concerto foi o não ter o sistema de som, que dificultou que se ouvisse, tendo-se socorrido do técnico quatro vezes. Enquanto esperava que os seus auriculares estivessem aptos sentou-se no centro do palco, à frente, para interpretar um dos seus temas mais conhecidos, “Deixa eu te amar”, que foi acompanhado apenas por piano.

O público estava praticamente cativado, e pela primeira vez se levantou para aplaudir.

Enquanto interpretava “Ame” e o técnico a ajudava a colocar os auriculares o público acompanhava com voz e palmas, tendo no final do tema surgido um aplauso forte com mãos e pés.

Com o público conquistado, a cantora interpretou “Ive Brussel”. Com a frase do refrão “você acaba me conquistando e eu acabo me entregando” Simone conquistou o público que se entregou à cantora.

O tema “Paixão” foi calmo e desconhecido uma vez que a plateia ficou fria e no final do tema poucos foram os que aplaudiram.

Em “Perigosa” os ânimos voltaram a aquecer, pois as meninas e as senhoras já conheciam a letra.

O tema “Alma” foi interpretado com alma e sentimento e embora o público conhecesse a música acompanhou a artista em sussurro. A meio do tema não resistindo surge um forte e explosivo aplauso, com algumas pessoas de pé. No final do tema, praticamente todo o Coliseu a aplaudia de pé.

O problema do som mantinha-se e a cantora saíu de palco arrancando os auriculares.

Nem dois minutos depois Simone voltou a palco para o encore interpretando “Jura secreta” e o público acompanhou-a cantarolando.
A meio do tema ouve-se uma voz vinda da plateia gritando efusivamente “aí leoa!

Na plateia a assistir ao concerto estava um convidado especial, Luis Represas. Para interpretar o tema “Iolanda” Simone chamou-o ao palco.

A cantora virou-se para Represas com ar sarcástico e pergunta-lhe “quer sofrer aqui?”, passando-lhe o seu auricular para a mão.

Os dois cantaram muito bem e em uníssono. As meninas e as senhoras gostaram bastante e demonstraram-no aplaudindo efusivamente de pé.

As filas da frente estavam ao rubro e não resistindo mais a estar sentadas ou de pé junto às suas cadeiras avançam para junto do palco.

Quase meia centena de mulheres sambava, batia palmas, gritava “amo-te” e “és a mulher da minha vida”.

Noutros locais do Coliseu o samba também era rei pois a energia da frente de palco era contagiante.

Novamente com problemas nos auriculares socorre-se mais uma vez do seu técnico. Mas não ficou por aqui...

O típico patriotismo que costuma existir nestes concertos chegou e entre as muitas senhoras que se encontravam junto ao palco uma delas colocou a bandeira portuguesa nas costas de Simone. Aceitando colocou-a meia dobrada por cima do ombro continuando a cantar, a sambar e a dar autógrafos. Com o microfone na mão direita autografou bilhetes, t shirts, CD, e outros papéis.

Terminou o concerto com “O amanhã” e decidiu distribuir flores brancas às suas fãs, guardando uma que colocou na boca e entregou a uma delas.

 

 

Fonte: Hardmúsica

Marcelo D2 na Semana Académica de Lisboa

Marcelo D2 e Expensive Soul estão confirmados na Semana Académica de Lisboa.

 

Marcelo D2 junta-se a Edward Maya e actua no primeiro dia do Festival Académico, a 12 de Maio. Os portugueses Expensive Soul tocam na noite seguinte.

A festa estudantil realiza-se no Estádio do Restelo e prolonga-se até dia 14, data em que virão a Portugal, Booka Shade e Emir Kusturica com a No Smoking Orchestra. Marcelo D2 vai também estar a 7 de Maio no Enterro da Gata, em Braga, e no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, na noite seguinte.

 

Fonte: Disco Digital

Maria Gadú regressa ao Porto a 2 de Julho

 

O regresso de Maria Gadú ao Porto acontece a 2 de Julho, um dia antes de a cantora brasileira participar no festival Delta Tejo.

O concerto na Cidade Invicta realiza-se na Casa da Música e os bilhetes já estão à venda nos locais habituais pelo preço único de 35 euros.

Esta será a terceira passagem de Maria Gadú por Portugal, depois da estreia no festival Sudoeste TMN, em 2010, e dos espectáculos no Centro Cultural de Belém (Lisboa) e Hard Club (Porto), em Março.

Maria Gadú lançou em 2009 o seu primeiro álbum de estúdio, homónimo, e, no ano passado, editou o CD/DVD «Multishow Ao Vivo», gravado em São Paulo.

Fonte: IOL Música

Simone em Boa Companhia no Coliseu do Porto: a reportagem do concerto

Com uma voz límpida e inconfundível, Simone regressou ao nosso país com o espectáculo "Simone em Boa Companhia" - evento que recebeu milhares de fãs em mais de dez capitais brasileiras. A cidade do Porto foi a primeira a acolher o espectáculo, respondendo com uma recepção bastante calorosa. Portugueses e brasileiros, todos se uniram com um único propósito: ver e admirar a diva da música brasileira, reconhecida e aclamada internacionalmente.

“Um show sobre o amor” - foi assim que a artista apresentou o espectáculo, para delícia de todos os fãs ali presentes, que sabiam a letra das canções na ponta da língua. O tema Migalhas, por exemplo, foi cantado em uníssono por uma sala que, mesmo não estando esgotada, deixou bem presente a sua marca. Visivelmente feliz, Simone não se cansava de repetir que nunca poderia agradecer todo o carinho demonstrado, retribuindo com mais um par de canções.

 

Durante a sua actuação, houve tempo para tudo, até se falou de futebol. Estando na cidade que recentemente se sagrou campeã nacional da modalidade, Simone deu os parabéns pelo triunfo alcançado, arrecadando um enorme aplauso.

Temas com diferentes sonoridades foram ouvidos durante a noite, desde o tradicional samba brasileiro às músicas mais tristes e solitárias, que todos ouviam ansiosamente, sem dizerem uma única palavra. No rescaldo destes, a cantora alegrava o momento com temas mais arrebitados, contribuindo para um alinhamento muito bem trabalhado.

Permanentemente em contacto com os fãs, Simone não esquecia ninguém, percorrendo todo o palco, de uma ponta à outra, olhando para as pessoas nos olhos, fazendo pequenas brincadeiras para as câmaras, sentando-se, inclusivé, na borda do palco, ainda assim distante da primeira fila. Com uma enorme garra, lembrou, minuto a minuto, a sua adoração pela música.

 

 

Poucos foram os que conseguiram permanecer sentados perante a enorme animação que se apoderou do Coliseu do Porto. Uma multidão amontoava-se junto das primeiras filas. A certa altura, a ordem era inexistente. Mas também desnecessária. Todos partilhavam o mesmo propósito: diversão.

Num momento mais especial, a cantora distribui rosas brancas pela plateia, que fazia os possíveis e impossíveis para levar uma recordação para casa, tentando, a todo o custo, saltar mais alto que o vizinho. Houve ainda tempo para erguer a bandeira do Brasil, bem antes da despedida, marcada pela artista a beijar o chão que a acolheu tão efusivamente.

 

Fonte: Palco Principal

Para Eduardo Costa, sertanejo estourou porque "ninguém sai de casa para ouvir música triste"

 

Em um meio dominado por duplas, o cantor Eduardo Costa não teve medo de arriscar e lançar uma carreira solo. O sertanejo de Minas Gerais começou a trabalhar profissionalmente com música há oito anos, e em 2002 lançou seu primeiro CD oficial, Ilusão.

Cinco álbuns depois, Eduardo assinou com a Universal e lançou o CD/DVD ao vivo Me Apaixonei, que vendeu mais de 500 mil cópias. Hoje, o cantor divulga seu segundo DVD, Pele, Alma e Coração – Ao Vivo, e comemora o fato de ser um dos artistas sertanejos mais populares do Brasil, mesmo tendo que competir com a onda do sertanejo universitário.

"Eu acho que tenho um diferencial, algo que as pessoas só encontram quando ouvem minha música. Tenho a voz forte, e me preocupo muito com os arranjos das canções. Foi o meu sucesso que abriu as portas para os artistas solo, eu que comecei. Hoje posso ficar feliz por ter conseguido tudo isso", afirmou ele, que acha que hoje em dia o sertanejo é a música mais apta a se conectar com o grande público.

"O sertanejo consegue passar sua mensagem para qualquer público. Sabe por que? Por ser um gênero feliz. Ninguém sai de casa para ouvir música triste. Ninguém", declarou ele.

Com o sertanejo se tornando cada vez mais pop e radiofônico, a temática da dor de cotovelo e do amor não correspondido precisou se atualizar e deixar a melancolia de lado. Mesmo assim, Eduardo Costa acha que "a música romântica continua necessária".

"Eu sou um cara que faço música romântica, e quem nunca se apaixonou aí? Pô, todo mundo. E tem mais: pode ter gente que acha que é cafona, mas quem está apaixonado é sempre brega. Quem olha de fora acha ridículo, mas faz sentido pra quem está ali naquele contexto. Tenho músicas de dor extrema, mas a maioria é feliz. É isso que a moçada quer ouvir", completou ele.

 

CARREIRA NO EXTERIOR

 

Em março deste ano, Eduardo Costa fez sua primeira mini-turnê pela Europa, passando pela Bélgica, Inglaterra e Portugal. Embora feliz com a recepção dos shows no exterior, Eduardo Costa falou que é besteira imaginar que isso significa que sua música está fazendo sucesso na Europa.

"Não existe nenhum sertanejo fazendo sucesso lá fora, isso é besteira. Quem enche nossos shows nos EUA e na Europa é exclusivamente a colônia brasileira, porque são eles que falam português. A língua é uma barreira, não adianta fingir que não existe. Nenhum inglês e nenhum belga foi ver meus shows por lá não. Se algum brasileiro disser que está fazendo sucesso entre o público gringo é mentira. Nem a bossa nova fez, é tudo conversa fiada", afirmou ele, categórico.

"O curioso foi em Portugal, que a plateia estava lotada de portugueses e tinha poucos brasileiros. Foi uma inversão divertida, e os shows foram ótimos", completou Eduardo.

 

DVD

 

Em seu segundo DVD, Eduardo Costa traz oito músicas inéditas e participações especiais de artistas como Belo, a também sertaneja Paula Fernandes e a dupla Alex e Konrado.

"Foi um DVD extremamente bem elaborado, e que mostra como foi a minha trajetória nesses últimos anos. O repertório foi escolhido pensando que o público curte releituras de canções antigas, em vez de um show baseado só em músicas novas. Fica mais dinâmico, e as pessoas se conectam mais com o artista. Cantar só coisa inédita não rola", explicou o cantor, que se sente em um momento no qual "é preciso trabalhar cada vez mais".

"Sou um apaixonado por sertanejo, um cara que realmente ama o que faz. Então tenho a obrigação de trabalhar a beça e fazer isso direito. Não é brincadeira. É profissão", completou Eduardo Costa.

 

Fonte: Virgula Música

Daniel lança nova música

 

O cantor Daniel lança nas rádios brasileiras ainda nesta semana sua nova música de trabalho, “Tá no Coração”. A canção é o primeiro ‘single’ do novo disco de estúdio, “Pra Ser Feliz”, que será lançado em maio.

Daniel liberou a nova música para audição em seu site oficial. “Tá no Coração” é uma composição de João Gustavo, Carlos Randall e Cesar Moreno e está disponível em www.daniel.com.br.

 

Fonte: Território da Música

"Não faz sentido gravar CD se não for bom", diz o cantor Marcelo Camelo, que lança Toque Dela

 

Três anos se passaram desde que Marcelo Camelo estreou na carreira solo, com o disco Sou. E muita coisa aconteceu na vida do carioca neste período. A maior foi a mudança, em 2009, para São Paulo, terra de sua namorada, a também cantora Mallu Magalhães.

 

Toda essa mutação se revela no segundo CD do cantor, Toque Dela, que chegou às lojas nesta semana e foi gravado num estúdio no bairro paulistano de Pinheiros. Em entrevista - por telefone - ao R7, Camelo filosofa em relação às diferenças dos dois trabalhos.

- Tento sempre modificar o método. Minha vida é do tamanho da diferença dos dois trabalhos. É como me diferencio hoje em dia. É o resultado dos últimos três anos, a história desta saga. É um disco sobre e durante este período.

Apesar de ainda tratar de temas melancólicos, como solidão, saudade e tristeza, o novo álbum é menos soturno que Sou. O cantor não se considera assim.

- O conceito é mais aberto do que isso. Depende muito do referencial da pessoa. Para uns, o novo CD soa calmo, apaziguador. Para outros, revela-se prostrante. Tudo depende do aparelho perceptor, da carga de cultura que se carrega. Nas minhas músicas, uso  temas recorrentes, como anjo, vida, metade vazia, cheia. Não me sinto solitário nem melancólico. Minha intenção é projetar um espelho indefinido que reflita mais a pessoa do que a própria coisa em si.

O título do álbum - que traz dez faixas totalizando pouco mais de 40 minutos de gravação -, fez ele questão de frisar, não é uma referência à namorada.

- As coisas que eu faço não são para serem entendidas. Tento refletir minha personalidade fazendo o ouvinte revelar seus próprios sentimentos. O Toque Dela é o seu toque, o toque da pessoa. Daí, pode ser também o arquétipo do toque da Mallu [Magalhães] em mim. Meu objetivo com esse título é fazer todo mundo incorporar, vestir o disco. Não sei se chego lá.

 

Mas a namorada dá uma palhinha no CD. Ela está no coro da música Vermelho.

- Não teve um convite propriamente feito. Ela estava ali. Comigo não tem essa aferição de vida particular e vida afetiva. Está tudo misturado. São meus amigos, o estúdio, a Malu. Não teve muito planejamento.

Os arranjos - e sua sonoridade - são o destaque do álbum. Instrumentos como clarones, metalofone, rabeca e flugel horn foram utilizados para dar o tom desejado pelo perfeccionista cantor.

- Não faz sentido gravar CD se não for bom, com qualidade nos arranjos. Se fizesse só no violão ficaria bom, interessante, mas gosto da qualidade do som, da boa música, de bons e diferentes instrumentos musicais. Comprei um clarone, que é muito expressivo e lembra muito o meu tom de voz. Toco ainda bateria e baixo. Para os outros, promovi a reunião de grandes músicos, como o rabequista Thomas Rohrer, e o cornet, que é um tipo de trompete, do Rob Mazurek, ambos da banda Hurtmold.

A programação visual do disco, com pinturas e gravuras de Biel Carpenter, também chama a atenção.

- O Biel fez tudo. Eu só escolhi a capa.

 

Volta do Los Hermanos está descartada

A primeira música do CD, A Noite, homenageia Tom Jobim, com a inclusão do verso Triste é Viver Só de Solidão, da canção bossa-novista Triste.

- Foi um plágio sem querer, desproposital. Um plágio inconsciente. Sou fã da bossa nova e do Tom Jobim.

A canção Despedida, de Camelo mas já gravada por Maria Rita em Segundo, está de volta.

- Gosto muito desta música. Queria uma versão completa, um registro definitivo dela.

A música de trabalho é ÔÔ, que já está tocando nas rádios de todo o país. O show de estreia da nova turnê acontece no Sec Pompéia, em São Paulo.

Ah, e a volta dos Los Hermanos - pedido frequente dos fãs órfãos - rola algum dia?

- Não tem perspectiva. Não há nada previsto quanto a isso.

Está dito.

 

Fonte: R7

Himalaia!

 

O cantor Netinho está com música nova! A escolhida para substituir Cidade Elétrica nas rádios do Brasil foi Himalaia, que também faz parte do DVD A Caixa Mágica. Na canção o astro baiano faz dueto com o cantor Jorge Vercillo. Himalaia promete conquistar o pública com sua sonoridade envolvente.

Clique aqui
e confira o vídeo.

Fonte: Axezeiro

Netinho homenageia fãs

 

O cantor Netinho arrumou um jeitinho especial para retribuir o carinho dos fãs. Agora, o site do astro do Axé conta com o espaço exclusivo Clube de Fãs, local onde os seguidores do cantor poderão mandar fotos e vídeos exclusivos, cartão virtual, baixar fotos, participar de promoções exclusivas e muito mais.
 
Para dar início ao espaço com o pé direito, quem se cadastrar e publicar uma homenagem [essa deve ser publicada na área de Promoções do Clube de Fãs], vai concorrer a um figurino completo do cantor. É válido apenas 01 vídeo por fã cadastrado, e o critério de avaliação será o vídeo mais criativo e emocionante.
 
O Clube de Fãs pode ser acessado através do site www.netinho.com.br.

Fonte: Axezeiro

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