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Música do Brasil

Música do Brasil

Férias

Estou de férias e quase sem acesso à internet!

Tentarei actualizar sempre que puder, principalmente sobre os shows que irão acontecer em Portugal!

Quando voltar, irei actualizar outras notícias!

 

Um óptimo Verão para todos!

E mts concertos/shows!

"Esta é a banda Cê tocando para o Porto"

Num Coliseu do Porto completamente lotado, anteontem, à noite, Caetano Veloso terminou a digressão em Portugal (tinha actuado em Lisboa na segunda e na terça-feira).

 

Apresentou-se com três músicos da banda Cê, num espectáculo que homenageia o Rio de Janeiro através de alguns temas do mais recente trabalho "Zii e Zie" (tios e tias, em italiano). Com uma asa delta verdadeira como cenário e, ao fundo, uma tela gigante onde eram projectadas imagens do cineasta Miguel Przewodovski, que ilustravam temas como "Lapa", "Base de Guantanamo" e "Água", Caetano esteve imparável. Ao longo de uma hora e meia, cantou, tocou, dançou, desafiou a assistência, chegando mesmo a provocar com poses mais sensuais e deixou a banda brilhar.

Com um pólo vermelho, jeans e sapatilhas, o brasileiro entra em palco ao som das palmas, a cantar "Tem que ser viola...", numa homenagem ao músico Paulinho da Viola. Segue-se o bonito "Sem cais", ilustrado por imagens do Rio de Janeiro. Recebe aplausos de braços abertos e apresenta os músicos: Pedro Sá, na guitarra; Ricardo Dias Gomes, teclados, e Marcelo Callado, bateria. E as palavras: "Esta é a banda Cê tocando para o Porto". "Maria Bethânia please send me a letter", entoa Caetano depois, uma música escrita e cantada quando estava exilado em Londres, como um "pedido de socorro à minha irmãzinha", segundo o próprio, que a dedicou a Augusto Boal, homem do teatro brasileiro. Muito aplaudido, faz uma pausa para agradecer, e diz que "este Coliseu do Porto já meu deu algumas das maiores alegrias da vida".

Tempo ainda para desfilar temas como "Volver", "Menina da Ria", dedicada aAveiro, e "Não identicado", em que termina escondendo-se na asa delta. No fim, tudo de pé a pedir bis. E os músicos regressam, com "Eu sou neguinha?" e "A luz de tieta". A assistência dança, aplaude e os leques abanam cada vez mais furiosos, devido ao calor insuportável que se sentia na sala, que tornava o ar quase irrespirável.

 

Fonte: Jornal de Notícias

Entrevista com Caetano Veloso: Esgotados só os concertos

No regresso a Portugal, Caetano Veloso abreu o baú e relembra histórias vividas na primeira pessoa. Mas nem tudo é saudade: a acompanhá-lo, está uma banda de músicos nascidos depois de ter começado a cantar.

 

Esta é uma entrevista para Internet. Como é que se relaciona com a tecnologia e os novos canais de comunicação?

Leio e escrevo e-mails. Consulto o Google. Vejo vídeos no YouTube. Converso pelo Skype. Às vezes uso o GarageBand para complementar meu trabalho de composição. Mas ainda faço o básico das canções com o violão na mão e papel e caneta.

 

Como é que tem sido a experiência de envelhecer?

Igual a tudo nessa vida. Sinto saudade da juventude física. Mas não ponho toda a conta pelas dificuldades ou infelicidades na velhice. É uma etapa da vida em que pode-se até ser mais feliz do que aos 19 ou aos 43.

 

Depois destes anos todos, o que é que ainda lhe falta fazer?

Alguma música ou algum disco que me satisfaça.

 

O palco ainda é um prazer?

Sim. Muito grande.

 

Como é que se sente no fim de um concerto? O cansaço físico é maior do que no passado?

É. Mas ainda me sinto excitado como sempre. Não dá para sair do palco e ir dormir.

 

  A banda que o acompanha tem músicos mais jovens. Essa renovação é intencional?

Planejei criar uma banda com Pedro Sá. Ele sugeriu os outros dois componentes - que são quase 10 anos mais novos do que ele. As escolhas mostraram-se as melhores possíveis. Se Pedro tivesse sugerido músicos de 50 anos e eles tivessem a capacidade e o conhecimento que esses dois garotos têm, estaria muito bem para mim. Mas sei que é difícil alguém com 50 anos ter a atenção a coisas novas. Eu tenho - e já estou com 67. Mas não é comum. Já os garotos da banda Cê conhecem Nelson Cavaquinho ou Noel Rosa, Lou Reed ou Lupicínio Rodrigues, como poucas pessoas da minha geração.

 

Ainda lhe dá prazer ouvir música nova ou sente que já foi tudo inventado?
Nunca ouvi nada que causasse em mim o que João Gilberto causou quando gravou «Chega de Saudade». Ou quando o mesmo João Gilberto, décadas mais tarde, gravou «Pra que discutir com madame». Mas posso chorar ouvindo o disco novo da Adriana Calcanhotto.  

 

O que é que costuma fazer durante as viagens?

 Em geral chego à noite numa cidade, faço o show no dia seguinte e, depois de conversar num restaurante onde como depois do show, volto a deitar para pegar outro avião (e sobretudo outro aeroporto) ao acordar. Mesmo assim, gosto de ver algo das cidades por onde passo. Nem que seja uma volta na tarde antes do show. 

 

Quando vem a Portugal, costuma encontrar-se com o velho companheiro de batalha Sérgio Godinho?


 Às vezes calha. E se acontece, é muito bom. Cantamos juntos na Casa Fernando Pessoa na última vez que estive em Lisboa e isso me deu grande alegria.

 

Que histórias guarda de Portugal?
São tantas. São demasiadas. Portugal é um dos meus lugares no mundo. E de modo especial: é a pátria da minha língua, é o pedaço da Europa que inventou o Brasil. Dificilmente não me comovo em algum momento nas minha visitas a Portugal.

 

O que é que Aveiro teve de tão especial para o ter inspirado a escrever «A Menina da Ria»?


Eu fazia o «Cê» ao ar livre, ao lado da Ria de Aveiro e cantei o «Menino do Rio». Veio-me à cabeça a graça que é passar todas essas palavras para o feminino. Prometi ali mesmo que faria uma canção chamada «Menina da Ria». Calhou de eu encontrar uma amiga brasileira e saímos para ver a linda cidade na madrugada. Tudo o que está dito na letra é minuciosamente documental. Fomos ver os sobrados art-nouveau à beira-ria, veio uma linda moça portuguesa preta que me pediu para tirarmos juntos uma foto, tudo.

 

Fonte: Disco Digital 

Caetano Veloso aquece Coliseu em noite emotiva

No primeiro dos dois concertos prometidos para Lisboa, Caetano Veloso conseguiu aquilo que parecia impossível: aquecer ainda mais uma noite de Julho abrasadora. Num espectáculo sóbrio mas que entusiasmou um Coliseu dos Recreios quase cheio, o cantor percorreu vários estilos musicais, mostrou toda a força do seu rock, cantou em inglês e espanhol, sem nunca perder o balanço do samba. E, acima de tudo, apresentou ao público o seu mais recente trabalho discográfico – o inspirado ‘Zii e Zie’, de 2009.

 

 

O concerto começou com dez minutos de atraso – com o público já a ficar impaciente – e arrancou morno, apesar dos fortes aplausos com que Caetano Veloso foi recebido.

 

Na plateia, camarotes ou galeria, havia gente de todas as faixas etárias, muito atenta e bem comportada. Apesar da rápida sucessão de canções ritmadas – mesmo a pedir um pezinho de dança – o público manteve-se sentado, como que hipnotizado pela figura magra de Caetano, que, aos 68 anos, mantém uma forma invejável.

 

Mas a partir do momento em que Caetano Veloso cantou ‘Maria Bethânia’ – o tema que compôs em 1971 altura em que estava exilado em Londres e que descreveu como “um pedido de socorro à minha irmã Maria Bethânia” – o concerto entrou numa nova fase.

 

Recordando temas bem conhecidos – e amados pelo público – como ‘Irene’, ‘Desde que o Samba é Samba’ ou ‘Objeto Não Identificado’, o brasileiro acabou de derreter os corações presentes. Nem os leques – que se viam a abanar por toda a sala – os salvaram.

 

Antes do encore, ainda houve tempo para ouvir o divertido ‘Odeio Você’ e três das melhores canções do disco ‘Zie e Zii’: ‘Tarado ni Você’, ‘Lapa’ e a altamente politizada ‘A Base de Guantanamo’. 

Caetano despediu-se do público com ‘A Luz de Tieta’ e no fim não houve como reclamar de um concerto impecável. Soube a pouco.

 

Fonte: Correio da Manhã 

Amor, saudade, caboclo e Maria Bethânia

Ver a Rua Passos Manuel movimentada num sábado à noite é algo ao qual a movida da baixa já nos habituou. No entanto, ver uma invasão de pessoas que percorrem a rua, antes das 22h00, só pode significar o avizinhar de um grande concerto no Coliseu do Porto. Desta vez, foram os ritmos brasileiros que trouxeram a enchente à sala de espectáculos mais emblemática da Invicta.

 

 

Maria Bethânia era o nome que se ouvia na boca do público que esperava pacientemente para entrar no anfitreatro, durante a noite de anteontem, dia 24 de Julho. Pessoas de todas as idades, mas principalmente adultas, aguardavam por aquele que seria um concerto pautado por ritmos quentes e baladas, falando sobre o amor, a saudade e o caboclo.

Vestidos a rigor, falando em sotaque português ou brasileiro, continuavam a entrar no Coliseu, mesmo depois do espectáculo começar. O público das tribunas começou a bater palmas, pontualmente às 22h00, hora para a qual o início do concerto estava agendado. Minutos depois, as luzes ficaram a meio tom e, assim que a sala ficou repleta, ouviu-se a voz de Maria Bethânia, que começou a cantar o tema Vida, mesmo antes das cortinas se abrirem.

Ao levantar o pano, o palco ficou iluminado e o público pôde deslumbrar a intérprete vestida com umas calças pretas e uma camisa branca, na frente de rosas vermelhas, pisando um chão de pétalas, com seus pés descalços. Em cada extremidade do palco tocava uma parte da banda que, durante uma hora e meia, acompanhou a “Abelha Mestra”.

Antes de cantar Encanteria, canção que dá nome ao último álbum da cantora, lançado em 2009, Maria Bethânia leu o poema de Wally Salomão, “Olho de Lince”. A artista leu o texto com convicção, empunhando uma folha de papel na mão, que deixou cair no chão antes de pronunciar a última frase do poema “Quem fala de mim tem paixão”. Ao som de Encanteria, surgem umas luzes por entre a faixa de rosas, personificando a luz da lamparina que Bethânia canta num dos versos.

Depois de Linha de Caboclo chega a vez das baladas que cantam o amor. Para dar voz a É o Amor Outra Vez e Nosso Amor, Maria Bethânia senta-se numa cadeira. A onda de aplausos depois destas músicas deu origem à primeira interacção da cantora com o público, ao agradecer a ovação.

Maria Bethânia cantou os primeiros versos de Explode Coração “a capella”, logo depois de o público aplaudir, ao reconhecer de imediato o tema retirado do álbum “Álibi”, lançado em 1978. De seguida, volta a sentar-se, desta vez para cantar uma música do seu irmão, Caetano Veloso. Queixa não foi a única canção de Caetano cantada por Bethânia. A intérprete deu também voz a Não Identificado, depois de ter saído do palco e regressar toda vestida de branco. Na sua ausência os dois guitarristas, dois percussionistas, o baterista e o teclista e acordeonista entretiveram o público com um medley de seis músicas.

Para fazer a transição de Não Identificado para Estrela, a cantora explicou, em jeito ensaiado, que o tema de Caetano era um dos preferidos de seu pai, que o dedicava a sua esposa em silêncio, tal como ela dedica o seu canto à sua mãe.

Chega a vez de cantar o Brasil caboclo com as músicas Serra da Boa Esperança e Guaritã. Maria Bethânia explica que gosta de evocar o Brasil mais profundo e tradicional, para que este sobreviva ao progresso.

Foi ao som É o Amor que o público mais vibrou, cantando com a artista e aplaudindo de pé. A música seguinte, Bom dia, traz de volta a faixa de rosas vermelhas que desaparecera no final de A Serenata do Adeus.

A fechar o alinhamento do concerto estiveram as músicas Reconvexo e Encanteria, cantada novamente, mas já durante o encore. Maria Bethânia fez o tempo voar, principalmente por não se alongar nas interacções com público, quase nulas, e encadeando as canções umas nas outras, sem dar tempo ao público para suspirar. Apesar da idade avançada, a cantora provou ser ainda muito jovem, dançando, cantando e encantando a plateia durante um concerto que encheu as medidas de todos.

Confere aqui o alinhamento do concerto de Maria Bethânia no Coliseu do Porto:

1-Vida
2-Olho de Lince (poema de Wally Salomão)
3-Encanteria
4-Linha de Caboclo
5-
É O Amor Outra Vez
6-
Nosso Amor
7-Explode Coração
8-Queixa (Caetano Veloso)
9-
Fera Ferida
10-
A Serenata do Adeus
11-Balada de Gisberta
12-Não Identificado (Caetano Veloso)
13-Estrela
14-Serra da Boa Esperança
15-Guriatã
16-
Saudade Dela
17-
Saudade
18-
É o Amor
19-
Bom dia
20-
Andorinha
21-Domingo
22-Reconvexo

Encore
23-
Encanteria

Fonte: Palco Principal

As subtilezas de Celso e a força teatral de Bethânia

Numa noite em que canta Bethânia dificilmente há um duplo concerto, apesar do que sugeriam os cartazes. Celso Fonseca, compositor talentoso e cantor de tons delicados, herdeiro das colorações da bossa mas aberto a novos rumos, teve assim no Hipódromo de Cascais a ingrata tarefa de assegurar a primeira (e mais curta) metade da noite, na companhia de um único músico (Alexandre Fonseca, baterista e programações) e de alguns “japoneses”, como ele apresentou os pedais colocados a seus pés.

 

Mas se em 2005 Celso apostara mais em canções suas (como “Febre”ou “Meu samba torto”, a que regressou neste concerto), desta vez centrou-se sobretudo em versões que, apesar de gravadas por ele em diferentes discos, não chegam para o revelar por inteiro. Assim, cantou MC Leozinho (“Ela só pensa em beijar”), Marino Marini (“La più bella del mondo), Jair Rodrigues (“A voz do morro”), Banda Eva (“Beleza rara”), Rita Lee (“Caso sério”) e encerrou os 60 minutos de concerto com uma versão dispensável e pouco inspirada de “The more I see you”, de Peter Allen. Antes, porém, brilhou numa versão instrumental alargada do afro-samba “Consolação”, de Baden e Vinicius (onde até simulou no violão, o som da cuíca) e pôs a plateia a cantar o refrão de “Sorte”, que ele escreveu com Ronaldo Bastos para Gal Costa. Em suma: um bom concerto, cheio de subtilezas, mas num registo morno, perdido numa noite ventosa e fria.

Maria Bethânia, habituada aos elementos da natureza a ponto de se fundir com eles, depressa fez esquecer o frio: a sua voz ecoou no recinto em alta, logo desde o início, com três temas de Roque Ferreira (compositor do recôncavo baiano que Bethânia acha genial; ainda este ano ela publicará na sua etiqueta Quitanda um disco dele, “Tem Samba no Mar”), “Santa Bárbara”, “Feita na Bahia” e “Coroa do Mar”, juntando-lhe pelo meio “Vida”, de Chico Buarque”, e um poema de Wally Salomão. Esta montagem de canções, cuidada filigrana que dá uma forte componente teatral aos espectáculos de Bethânia praticamente desde o início da sua carreira, faz com que temas desagúem noutros em tumultuosa harmonia. Uns na íntegra, outros reduzidos a simples vinhetas.

Entre as 35 canções e textos que passaram pelo palco em hora e meia, sobressaíram as dos seus mais recentes discos, “Encantería” e “Tua”, permitindo confirmar a qualidade das suas canções. Do roteiro estreado no Rio, em 2009, foram deixados de parte alguns temas do final do primeiro acto (como “Drama”, de Caetano) mas, em contrapartida, entrou “Fera ferida”, da dupla Roberto e Erasmo Carlos, que é já quase um cliché no reportório da cantora e que é sempre recebida calorosamente pelas plateias. Bethânia não precisava disso, viu-se antes: voz magnífica, senhora de cada modulação ou tom, é como se o tempo a beneficiasse a cada ano (e ela já tem 64). “Explode coração”, de Gonzaguinha, cantada a capella do princípio ao fim como se a própria voz estivesse à beira de explodir, foi um pequeno exemplo do que ela ainda é capaz. Outro, a fechar o primeiro acto, foi a excelente versão de “Balada de Gisberta”, de Abrunhosa, fazendo do amor condenado e trágico da personagem um apelo dilacerado e intemporal.

O segundo acto, depois de um muito aplaudido instrumental (com os músicos em pleno e Jaime Alem, como sempre, no comando), seguiu escrupulosamente o roteiro carioca. “Não identificado”, de Caetano, foi pretexto para Bethânia elogiar com devoção a mãe, Dona Canô, já com 102 anos (“Meu canto é teu, minha senhora!”) e o que se seguiu foi uma viagem por entre memórias de palavras e sons da Bahia (de Caymmi a “Batatinha roxa”), iniciada com a eloquente e bela “Estrela” de Vander Lee. “Saudade dela”, em tributo à cantora baiana Dona Edith do Prato (que morreu em 2009 com 94 anos, já depois de Bethânia ter conseguido convencê-la a gravar um disco), abriu caminho a “É o Amor”, de Zezé Di Camargo, em versão despida dos maneirismos do original e a que Bethânia colou “Vai dar namoro”, da dupla popular sertaneja Bruno e Marrone.

No final, antes de encerrar com uma versão fortíssima de “Reconvexo”, de Caetano, Bethânia cantou Vinicius de Moraes (“Bom dia”), Dalva de Oliveira (“Andorinha”), Max Nunes (“Bandeira Branca”) e Roque Ferreira, com a crespuscular “Domingo”. O único “encore”, como já vem sendo habitual, foi reservado para a feérica “O que é, o que é”, de Gonzaguinha: “Viver!/ E não ter a vergonha/ De ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser/ Um eterno aprendiz...” E a plateia ficou a repetir o refrão, já mesmo depois de Bethânia ter abandonado de vez o palco. Não fossem os inclementes ventos frios que varreram o recinto, a festa podia ter-se estendido na noite. Mesmo assim, Maria Bethânia e, a uma outra escala, Celso Fonseca, valeram todas as penas.

 



Fonte: Público

Gilberto Gil tem álbum novo

«Fé na Festa» é o primeiro álbum que o músico edita depois de ter assumido a tutela da Cultura no Governo de Lula da Silva. O trabalho é inspirado nos «ritmos nordestinos» dando origem a um disco «repleto de maxixe, baião, xote, forró e muita sanfon», adiantou a editora Universal.

O novo disco tem duas referências: Gonzagão e Jackson do Pandeiro, dois compositores nordestinos de baião e forró e sambas e forró, respectivamente.

Revisto por críticos de jornais como O Globo e Folha de São Paulo, o álbum é caracterizado como sendo um álbum «perfeito» e «inesperado». A editora acrescentou que o novo trabalho de Gilberto Gil apresenta um «músico revigorado».

O novo álbum do músico brasileiro Gilberto Gil está previsto para 26 de Julho em Portugal.

Djavan vai lançar em agosto seu primeiro disco apenas como intérprete

Três anos depois de seu último disco de inéditas, "Matizes", Djavan vai lançar em agosto seu novo trabalho. Intitulado "Ária", o álbum vai trazer pela primira vez um registro do cantor exclusivamente como intérprete.

O repertório terá canções que influenciaram o alagoano ao longo da carreira, como "Brigas Nunca Mais" (Vinícius de Moraes e Tom Jobim), "Fly Me To the Moon" (Bart Howard), "Sabes Mentir" (Othon Russo) e "Disfarça e Chora" (Cartola e Dalmo Castello).

"Ária", que ainda não tem data definida para sair, será lançado pela parceria entre o selo de Djavan, Luanda Records, e a gravadora Biscoito Fino.

 

Fonte: UOL Música

Ivete Sangalo lança vídeo de Acelera, que fala de DJs e balada

Ivete Sangalo soltou nesta terça (20) um vídeo para sua mais nova música, Acelera.

O vídeo mostra uma sessão bem informal com Ivete e seus músicos, ela até canta sentada. Acelera estará no repertório do DVD que a cantora baiana gravará no dia 4 de setembro no Madison Square Garden, histórica casa de shows em Nova York´.

 

A letra de Acelera é cheia de referências à balada e à música eletrônica. Fala em DJ, "todo mundo ligado", "vou ficar até amanhecer" e "o beat é bom". A sonoridade, porém, está mais para axé-rock do que para eletrônico, apesar da frase de teclado meio dance no começo.

Será que foi o sucesso das experiências de Daniela Mercury e Parangolé que inspirou Ivete a flertar com o mundo da música eletrônica?

 

 

Fonte: Virgula Música

Blá Blá Blá!

 

Começou a ser tocada hoje [20.07], nas rádios de todo o país, a nova música de trabalho do Jammil e Uma Noites. Composição do baixista Manno Góes, Blá Blá Blá tem a pegada do Ska, relembrando o início da banda comandada por Tuca, Manno e Beto.

Em sua linha de baixo guia, Blá Blá Blá mostrando todas as vertentes do Jammil, além do ska, o Rock e o tradicional Pop Axé, características da banda. A nova aposta foi lançada pelo Twitter na noite de segunda-feira [19], onde centenas de pessoas curtiram uma twitcam com o Jammil no estúdio WR, onde Tuca, Manno e Beto mostraram como a música foi criada desde as guitarras até o baixo, bateria e voz.

Blá Blá Blá está disponível para download no hotsite: www.portaldojammil.com/bla-bla-bla.

 

Fonte: Axezeiro

Lucas, do Fresno, fala sobre novo CD da banda

A banda Fresno lançou recentemente o CD Revanche. Uma das grandes novidades do novo trabalho é a evolução sonora do grupo que, segundo os próprios integrantes, abandonou de vez o som adolescente do início da carreira - herança dos tempos em que os rapazes ouviam hardcore californiano.
 
Agora, os gaúchos usam e abusam das experiências musicais que assimilaram ao longo dos dez anos de carreira.

Em Revanche, os arranjos se mostram elaborados, com direito a teclados, violões e cordas. Mas o peso das guitarras ainda permanece.
 
O R7 conversou com o vocalista Lucas Silveira para saber mais detalhes sobre o CD.

Veja.

R7 – Você considera o novo álbum, Revanche, como uma grande evolução no som do Fresno?
Lucas Silveira (vocalista) -
Sim. Hoje a gente é uma banda que passou por uma evolução natural, como todo grupo já teve. E o Revanche mostra uma liberdade que nós conquistamos ao longo dos tempos.

R7 – Mas o que ele traz de tão diferente?
Lucas -
É um disco bem rock. Trouxemos as guitarras para o papel de protagonistas. Temos baladas com piano, mas ele é bem rock. O Brasil está com uma carência de guitar heros. Por isso, quando as guitarras aparecem em nosso CD, aparecem mesmo...
 
R7 – Então, o Brasil está carente de rock?
Lucas -
As rádios não tocam rock de verdade. Elas tocam apenas bandas brasileiras que fazem uma versão adaptada para a rádio, senão, eles não serão aceitos. Temos um mar de R&B e sertanejos... As grandes bandas internacionais do momento, como Muse, são alternativas por aqui. Lá fora, eles tocam em estádios! As bandas de rock daqui não têm o respaldo das rádios e TVs.

R7 – No começo, o Fresno era influenciado pelo hardcore californiano. Hoje, com a evolução da banda, como podemos definir o som de vocês?
Lucas -
Não ouço mais nada de punk e hardcore. Desde nosso 3° disco, deixamos isso de lado e agora fica claro que estamos mais para um rock alternativo. Na verdade, fazemos o nosso som.

R7 – E isso também tem a ver com a idade?
Lucas –
Primeiro, o importante é fazer um som que seja conivente com o que você acredita. E que tem a ver com tua idade, sim. Tem gente que faz punk rock durante toda a vida, mas a gente se abriu para um universo de influências e fomos agregando isso ao nosso som.

R7 – Quais as bandas que agradam o Fresno de hoje?
Lucas –
Muse, Keane, Queen... O Freddie Mercury foi um cara que me fez querer estudar piano, me aprofundar no instrumento. Uso piano em várias composições novas.

R7 – Os fãs antigos poderão se assustar com a "nova" banda?
Lucas –
Se eles nos conhecem desde o começo, sabem que nós estamos sempre evoluindo. Então, os fãs já estão acostumados.

 

Assista ao novo clipe Deixa o Tempo.

 

 

Fonte: R7

Fresno mostra rock mais agressivo em novo álbum

 

É batata: coloque o novo disco da Fresno e tenha uma surpresa. Vale até tirar o disco e conferir se está ouvindo o CD certo. Revanche é o segundo álbum dos gaúchos por uma gravadora, a Arsenal Music. O som do grupo está maduro, agressivo.

 

Lucas Silveira, vocalista do grupo, dá maiores detalhes.

- O título remete a uma revanche pessoal. Uma superação, mesmo, de uma banda de rock que acabou sendo reduzida a algumas músicas que tocam nas rádios.

 Em Revanche, não se encontra músicas alegres.

- Até as faixas mais alegres são tristes. Isso faz parte do nosso estilo.

Mais do que isso. No novo disco, as letras são raivosas.

O estilo também soa maduro. Hoje a banda tem status de gente grande do rock brasileiro. Principalmente depois de um 2009 recheado de prêmios - Artista do Ano do Multishow e Melhor Banda Pop e Artista do Ano no Vídeo Music Brasil, da MTV - e um início de ano com o lançamento do excelente disco solo de Lucas, o The Rise and Fall of Beeshop.

Com moral, a Fresno agora pode arriscar. Em Revanche, eles tiveram abertura suficiente para isso.

Depois de Redenção, álbum bem pop, lançado em 2008 e que levou o disco de ouro, as guitarras ganharam mais ruído. O que então era contido, dessa vez extravasa numa sucessão de riffs pesados.

- Esse nosso som me faz lembrar o disco Ciano (2006), lançado de maneira independente.

A primeira faixa, que dá nome ao CD, surpreende. Enquanto Deixa o Tempo e Esteja Aqui são mais leves e dão um tempo aos ouvidos, Die Lüge tem maior peso sonoro.

Influenciada pelos riffs da banda alemã Rammstein, a faixa até pouco antes de finalizarem as gravações do disco não tinha um nome definido.

- Queríamos colocar Rammstein. Como não poderíamos, fizemos uma brincadeira nossa. Colocamos Die Lüge, que significa 'a mentira', em alemão", conta Lucas que, na música, arrisca até alguns falsetes para contrastar com o peso sonoro da faixa.

 

Fonte: R7

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